terça-feira, 5 de abril de 2011

Um sorriso

O 3º teste escrito do 9º Ano foi feito com base num dos Exames de anos anteriores. A proposta de escrita era:

O texto B apresenta uma reflexão sobre o valor do sorriso. Um sorriso pode ser muito especial.

Redija um texto narrativo em que recorde ou imagine uma situação na qual um sorriso tenha tido um papel fundamental.
Construa a narrativa, desenvolvendo a acção num espaço e num tempo determinados e descrevendo a personagem ou as personagens interveniente(s).
Publicamos, de seguida, dois dos textos que foram escritos durante o teste. O primeiro foi escrito por  Josias Duarte do 9º B e o segundo por Mariana Ferreira do 9ºC
Nova-Zelândia, dia 29 de Dezembro de 2009. Estava eu em Wellington, na famosa capital, alojado num motel situado perto de um rio quase congelado, em que a temperatura poderia ser negativa. Deitado na cama, estava eu a olhar para a fotografia da minha mãe que ainda estava em Portugal, e que por acaso só não me acompanhou a mim, à minha irmã e ao meu pai por uns meros trabalhos domésticos que tinha a fazer.
Todos os dias me punha à janela, sentado de frente à lareira, a pensar no dia em que chegaria a minha mãe. Reflectia também sobre o porquê de ter ido para os confins do mundo, mas tudo tem uma razão e uma consequência. Por vezes, escorria-me uma lágrima de alegria, de felicidade, cheia de emoção. O mais sobrenatural que podemos fazer é pensar, ir buscar boas e más recordações, e eram assim os meus dias, sentado, a sorrir por ela.
Numa noite, já se fazia tarde, ouvi um motor lá fora a trabalhar, seria ela? Era mesmo. Entrou de rompante e surpreendeu-me, inexplicavelmente, fez-me acreditar que existia um elo de ligação entre o seu sorriso e o meu, foi um sorriso com um papel fundamental. Definitivamente que foi.
 Josias Duarte, 9º B


Ele… A primeira conversa!


Olá. Eu sou a Mafalda Ferreira e hoje foi o dia mais feliz da minha vida. Nunca imaginei que isto alguma vez me fosse acontecer! O João Costa, o rapaz mais lindo da escola, veio falar comigo, eu que sou uma rapariga simples, gorda e feia. Fiquei tão esquisita. Ele disse-me assim:
- Olá, és a Mafalda, certo? – com aquele olhar azul e aquele sorriso brilhante (quase que ofuscava).
- Sim… - disse eu com figura de “parva” e tímida.
- Acho que este livro é teu, deixaste na aula de Biologia.
- Ah, pois é… Muito obrigada.
- De nada, adeus.
Eu sei que foi uma conversa rápida e simples, mas isso para mim não é importante. Ele falou comigo! IUPI… Agora, sempre que passo por ele, lembro-me daquele sorriso encantador, que, para dizer a verdade, deixa qualquer rapariga caidinha por ele.
Na segunda-feira, eu fiz questão de me sentar ao lado dele, para ver como ele reagia e sabes o que ele fez, querido diário? Agarrou-me e deu-me um beijo. Já sabes qual foi a minha reacção! Ia desmaiando. Ele depois disse:
- Mafalda, tu és única. Nunca conheci uma rapariga como tu. Para ti o mais importante é “curtir” a vida.
Boa noite, querido diário, sei que em ti posso sempre confiar e sei que não contas nada a ninguém! Ah Ah… Vou dormir com o que me aconteceu hoje marcado no meu pensamento, com um sorriso na cara. :D

Mariana Ferreira, 9ºC