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quarta-feira, 1 de junho de 2016

DiNotícias, 2ª Edição (2015/16)

Na 2ª Edição do DiNotícias, n.º 12 (maio de 2016), foram publicados cinco trabalhos escritos decorrentes de atividades desenvolvidas nas aulas de português. Três nas aulas do sétimo ano (turmas A e B) e um a nível do nono ano. Fazemos ainda referência a uma notícia que apareceu na última página sobre resultados da participação num concurso de escrita.
O primeiro trabalho é um texto de opinião. O segundo texto e o terceiro são exemplos de textos jornalísticos, o primeiro uma entrevista e o segundo a reportagem do 4.º Concurso de Palavras Cruzadas. Todos os trabalhos resultam de propostas de atividade feitas em sala de aula. Os dois últimos foram feitos fora da sala de aula.
No último caso, os textos são apreciações críticas - "Um olhar sobre o DiNotícias" -, tratando-se de uma rubrica que tem vindo a ser proposta em sala de aula quer para utilização do jornal escolar como recurso pedagógico quer com treino para a escrita da crítica / apreciação escrita.
Por fim, fazemos referência à última imagem e que é a foto possível dos prémios recebidos pelas alunas que receberam o 1.º e 2.º lugares do respetivo escalão do 2.º Concurso de escrita promovido pelo Festival "Livros a Oeste", promovido pela Câmara Municipal da Lourinhã. Decidimos publicar os textos vencedores. 

Digital versus papel

   Na minha opinião, o papel está a ser substituído por tecnologias de hoje em dia.
   Algumas pessoas ainda utilizam o papel para escrever, ler e até outras coisas, porque estavam habituadas ou porque não utilizam tecnologias.
  
Eu uso muito as tecnologias para ir à internet, escrever textos no word e muito mais, mas na escola e noutros sítios também utilizo o papel para escrever, leio revistas e alguns jornais que a minha avó costuma comprar nos quiosques ou papelarias.
   Quando não existiam tecnologias, as pessoas usavam mais o papel e davam-lhe mais importância e quando elas apareceram, as pessoas aprenderam a usá-las e muitas delas já não passam sem as tecnologias, o que é um pouco mau, pois se os computadores, telemóveis modernos e outros dispositivos desaparecessem por uma razão qualquer, as pessoas que estavam habituadas a esse tipo de ferramentas teriam de voltar ao papel e davam-lhe mais importância.
   Hoje em dia, existem muitas redes sociais onde se podem trocar mensagens com as outras pessoas e dantes, para se comunicar com alguém que estivesse mais longe, mandava-se uma carta e elas depois respondiam.
   As tecnologias também são importantes, porque desenvolveram o mundo e é um meio mais rápido e mais utilizado por as pessoas.
   Concluindo, tanto o papel como as tecnologias, são importantes.
Beatriz Leitão (7B)


Entrevista a Paulo Lima

No âmbito do projeto - Construir um jornal -, proposta de trabalho nas aulas de português das turmas A e B 7ºAno, uma das tarefas era fazer uma entrevista. O nosso grupo, cujo jornal tinha como tema a própria turma (7notíciAs), decidiu fazer a entrevista ao professor de físico-químicas, Professor Paulo Lima, pela particularidade de ter uma banda de música, onde é vocalista. A Banda chama-se Manifesto e atuou recentemente na AMAL (Associação Musical e Artística Lourinhanense).

Há quantos anos é professor?

Sou professor em modo contínuo há cerca de 16 anos, sendo que a primeira experiência foi ainda em acumulação com a Universidade, enquanto estudante… em 1998.

Ser professor era aquilo que sonhava ser quando era criança?

Nem por isso. Só se tornou evidente que esta era uma vocação possível, entre outras, já no 3º ano da faculdade. Na altura, o curso onde se entrava era de Física ou Química e só no 3º ano tínhamos de escolher uma via, sendo a via de ensino uma das alternativas. Quando entrei no curso pretendia obviamente algo relacionado com ciência, mas nunca me tinha ocorrido a docência. No entanto, quando escolhi esta via pareceu-me uma decisão lógica, evidente e inequívoca. Como se esta decisão se tivesse configurado ao longo do meu percurso escolar e académico, sem que eu tivesse consciência disso.



Do que é que mais gosta na sua profissão? E do que é que gosta menos?
Gosto da autonomia, da riqueza proveniente da diversidade das iterações e das relações interpessoais com toda a comunidade educativa e principalmente… gosto da importância e da responsabilidade social desta mais do que profissão.
Gosto menos da burocracia inerente à profissão, da aparente inevitável necessidade de classificar.

O que é que o preocupa mais na escola?

O que mais me preocupa é a desvalorização que a escola tem sofrido numa sociedade que tende para um materialismo crescente e onde a escolarização vai deixando de ser garantia de sucesso profissional.

Quais são os seus hobbies?

A música é o meu hobbie de eleição, como ouvinte e não só. Mas tenho outros hobbies, como o futebol e o cinema (nestes casos apenas como espetador) e a leitura.

Como surgiu o seu gosto pela música?

O meu gosto pela música vem desde os meus 15 ou 16 anos de idade, altura em que conheci algumas das minhas bandas favoritas e em que organizávamos nas Associações de Estudantes concertos, concursos e festivais da chamada Música Moderna Portuguesa. Este período ficou conhecido como o “Boom do rock português”, pois houve uma ‘explosão’ de bandas por todo o lado, muitas delas ainda referências da melhor música portuguesa de hoje. Sublinho que poucas bandas de rock existiam antes deste período e que até esta altura havia um forte preconceito em relação à utilização do português na música rock.

Há quantos anos tem a banda Manifesto e qual é o género musical que toca?

Os Manifesto existem desde 2011 (têm 5 anos), mas antes dos Manifesto tive, de 1992 até 2009, uma outra banda com aquele que também é o baterista dos Manifesto e que foi meu colega de turma no ensino secundário. Os Manifesto são, apenas e só, uma banda de rock.

O que sente quando está a atuar em palco?

Nos primeiros tempos sentia fundamentalmente um misto de nervosismo e adrenalina. Hoje sinto sempre uma pequena ansiedade inicial que ao longo do concerto se vai convertendo numa simples e quase infantil felicidade. A adrenalina hoje vai variando de concerto para concerto, dependendo da interação, da proximidade, da cumplicidade do público.

1.    Se só pudesse escolher entre ser professor ou músico qual escolheria?

Nenhum de nós é uma coisa só, por isso não consigo conceber um cenário em que tivesse de fazer uma escolha dessas. Se não puder dedicar algumas horas por semana à música, dedico alguns minutos. Se não puder dedicar alguns minutos, dedico alguns segundos J
Escolhi ser professor e em nenhum momento equacionei ser músico, porque nunca me imaginei na música sem ser de forma completamente livre. Além do mais, porque acho que este hobbie torna-me inquestionavelmente melhor professor, acredito que são duas atividades que se complementam.

Quais são os seus projetos futuros?
Os meus projetos futuros passam por dar continuidade ao presente, ou seja, estar sempre à altura da importância e da responsabilidade da profissão que escolhi e continuar na música de forma livre e solidária.


Beatriz Estêvão (7A)
Beatriz Ribeiro (7A)
Camila Canôa (7A)
Catarina Sampaio (7A)


4º Concurso de Palavras Cruzadas DiNotícias
Ao longo da primeira e segunda semanas do 3.º período, e no âmbito das atividades do Projeto “A Hora das Palavras” da disciplina de Português, os alunos do 3.º ciclo do agrupamento D. Lourenço Vicente participaram no 4.º concurso de Palavras Cruzadas.
Esta atividade é dinamizada pelos professores de 3.º ciclo de Português do nosso agrupamento, João Ferreira, Sandra Barbosa, Helena Araújo e Rosalina Simão Nunes. Para participarem os alunos criaram grupos de três a quatro elementos, tendo sido inscritas 58 equipas, num total de 211 alunos. No 7.º ano inscreveram-se 20 equipas, no 8º ano inscreveram-se 23 equipas e no 9.º ano inscreveram-se 15 equipas.

As palavras cruzadas são um quebra-cabeças que estimula o enriquecimento de vocabulário, a compreensão da língua portuguesa e a cultura geral. Para além disso tratando-se de um concurso é uma forma diferente e criativa de aprendermos e aplicarmos os conhecimentos, onde o convívio e o espírito de equipa entre os alunos estão sempre presentes. A prova realiza-se na aula de Português e as equipas têm 45 minutos para a completar, tendo 15 minutos de tolerância.
Nesta 4ª edição deste concurso a classificação final foi a seguinte:
7º ano | 1º Lugar - Equipa formada por: Beatriz Ferreira, Beatriz Leitão, Emília Silva e Filipa Emídio do 7ºB;
8º ano | 1º Lugar - Equipa formada por: Margarida Fernandes, Daniela Vitorino, Inês Fonseca e Lara Marques do 8ºF;
9º ano | 1º Lugar - Equipa formada por: Inês Gomes, Jessica Oliveira, João Lopes e Mariana Ribeiro do 9ºA.
As equipas vencedoras receberão um prémio e todos os alunos participantes um marcador de livros.
Os resultados totais serão publicados no site do Agrupamento.
Esta foi a primeira vez que participei, o que constituiu uma experiência muito estimulante e divertida. Das opiniões que ouvi dos meus colegas e do ambiente que tive a oportunidade de vivenciar durante esta atividade, estou certa de que, independentemente dos resultados, todos os alunos gostaram de participar neste concurso. Fazemos votos de que para o ano se possa realizar a 5ª edição.
Ah, e, já agora, até lá, boas palavras cruzadas para todos. Divirtam-se e cuidem bem da Língua Portuguesa!
                                                                                            Catarina Sampaio (7A)


Na minha opinião, o jornal escolar é importante para dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelos alunos e professores do Agrupamento, ao longo do ano letivo.
O seu conteúdo tem notícias acerca de muitas atividades que são desenvolvidas no Agrupamento durante cada trimestre, como: o desporto escolar, os concursos, os textos dos alunos, palavras cruzadas para fazer com base nos jornais anteriores, etc. Gosto em especial das palavras cruzadas, pois considero uma atividade lúdica interessante.
Há aspetos que poderiam ser melhoradas, por exemplo, seria interessante existir um espaço, no jornal, dedicado às Artes (que se fazem nas várias escolas do Agrupamento) e outro da responsabilidade dos auxiliares, já que eles também fazem parte do nosso Agrupamento.
O jornal “Dinotícias” é cativante e motiva os alunos a participar em atividades nele anunciadas, como por exemplo o Desporto Escolar.
Leio sempre o Editorial, texto escrito em todos os jornais pelo diretor. Gosto da maneira como se dirige a nós (alunos) e da simplicidade da sua escrita.

Maria Arsénio, (9B)


O jornal escolar da minha escola chama-se DiNotícias, acho o título adequado para a região onde vivemos, o jornal é importante para estarmos sempre a par das actividades engraçadas que decorrem no agrupamento.
Penso que a maneira como está organizado é bastante boa, pois a capa e a contracapa estão a cores e o jornal por dentro está a preto e branco, logo aí dá-nos uma motivação porque é um jornal diferente e pelo menos eu nunca vi um jornal assim em qualquer outra escola ou lugar.
Em cada jornal, há um pequeno texto do diretor, o editorial, logo assim que o abrimos e, particularmente, este é um texto interessante principalmente porque termina muitas vezes com questões por descobrir.
De todo o jornal, gosto particularmente dos textos e penso que podia haver ainda mais textos escritos por alunos.
Os títulos dos artigos como se destacam, temos maior motivação para lermos os textos. O jornal tem sempre alguns poemas escritos por alunos e na edição de janeiro saíram poucos. Os poemas são escritos por alunos e neste jornal aquele de que mais gosto é o que fala da “Amizade”, na página treze, escrito pela aluna Carolina Fernandes. É um poema muito curioso!
Maria Vítor, (9A)


Besouro
- Já estou atrasada! Mãe, onde está a minha camisa preta? – perguntou Ema.
- Mas será possível?! Nunca sabes de nada... és uma desarrumada! Está em cima da tua cama! – gritou a mãe, cansada de repetir sempre o mesmo.
- Já a encontrei! Obrigada mãe. Constança, já estás pronta?
- Quase mana, falta só vestir o casaco.
Ema de catorze anos e Constança de nove são irmãs. Ema sempre foi uma rapariga muito educada mas à medida que o tempo foi passando, o desinteresse pela escola tem vindo a aumentar. Já, Constança é uma excelente aluna, quer sempre mostrar o quanto boa aluna é tem bastante interesse em obter os melhores resultados. Constança, tem uma maturidade muita acima dos meninos e meninas da idade dela. Foram para a escola.
- Mais um dia nesta triste escola. – reclamava Ema, como era o habitual.
- Se continuares a pensar assim, com esse desinteresse todo, vais obter resultados muito inferiores àquilo que consegues obter quando te esforças. – diz Constança à sua irmã.
No final do dia, ao jantar, surgiu um diálogo entre a mãe e a Ema.
- Hoje, a diretora de turma informou que dia 27 de Janeiro iremos realizar os exames psicotécnicos. Preciso que assine aqui.
- Está bem! Já tens uma vaga ideia daquilo que pertendes ser ou as áreas que queres ter no próximo ano?
Ema encolheu os ombros... Na realidade, não pensava normalmente no futuro. Cada dia, deveria ser vivido com a máxima intensidade tal como se fosse o último. Afinal, que tempo lhe dava a escola para se concentrar no que haveria de ser um dia? A mãe, preocupada e desiludida, continuou as suas tarefas e não disse mais nada.
No dia seguinte, Ema acordou mais bem disposta que o habitual e nem ela própria percebia o porquê. Depois de um pequeno almoço a correr, as irmãs despediram-se da mãe e seguiram para a escola.
Atravessaram um belo jardim, situado perto de casa, quando vindo do meio do nada surgiu um besouro que mais parecia um furacão. O olho direito de Ema serviu de aeroporto para uma aterragem inesperada. Ema sentiu  uma enorme dor e a irmã contactou de imediato a mãe que levou Ema para o hospital.
- Aquele bicho só poderia estar a fugir da escola... Não vejo outra explicação! Tal era o pavor que nem viu para onde ia! – exclamou Ema.
Após algumas horas de espera  e a realização de alguns exames, a mãe foi informada de que a filha deveria ficar internada para salvaguardar qualquer problema que pudesse surgir nas horas seguintes.
Ema não ficou descontente. Afinal, iria faltar às aulas sendo um maravilhoso presente. Contudo, essa alegria desvaneceu-se quando constatou que o seu parceiro de quarto era um idoso com ar carrancudo. Ao observá-lo pensou se o melhor seria estar sossegada e não referir qualquer palavra ou, pelo contrário, iniciar um diálogo para descomprimir um pouco daquela situação constrangedora.
Na verdade, não foi necessário iniciar a conversa. O seu parceiro de quarto observou-a fixamente e perguntou-lhe num tom algo arrogante:
- O que vês?
Pensativa e hesitante saltou da boca de Ema uma só palavra:
- Nada...
- Exatamente... nada!
Ela, sem saber uma vez mais o que dizer, manteve-se calada... O nada pode ser muito. Perante, o seu silêncio o idoso continuou:
- Apesar de seres uma adolescente, acredito que já estejas a construir caminhos que te possam ajudar a conquistar os teus sonhos. Sabes... eu não o fiz e por isso... não há frutos sem sementes. O esforço e a magia de querer alcançar os objetivos não estavam presentes na minha cabeça.
Mais tarde, é que me apercebi do que eu poderia ter feito e concretizado mas..., enfim, agora já é tarde de mais. Quando olho para o espelho vejo o reflexo de um vazio, de uma alma sem memórias, de uma pessoa triste, doente, fria e só. No que me tornei...
De repente, Ema sentiu-se inundada por uma enorme tristeza mas, ao mesmo tempo, por uma luz interior que lhe transmitia uma força até então desconhecida.
Pousou delicadamente a sua mão na do idoso e referiu:
- O nada pode ser muito! No que se tornou? Tornou-se num exemplo! Simplesmente porque o seu exemplo não pode servir de exemplo à história que quero escrever.
O idoso sorriu e fechou os olhos. Ema sentiu que naquele preciso momento devia algo à vida e que a vida não poderia ser posta de parte. Há pessoas, palavras, gestos... que levamos eternamente na bagagem porque merecem lá estar e porque nos ajudam a construir os tais caminhos que, por vezes, só um simples e minúsculo ser como um besouro conseguirão explicar.
Cíntia Guerra (9B),
3.º lugar no Concurso de escrita "Livros a Oeste", 
escalão | 3.º ciclo, 2.ª edição

As Cores da Minha Música
Que terra era aquela? Já não me lembro do nome, era uma terra diferente de todas as outras, tinha um nome inglês qualquer, mas não pertencia a Inglaterra, era uma terra de sonho, mas já não existe.
Naquela terra, nada parecia ser real… Era tão colorida, cheia de flores de várias espécies, árvores e vastos campos verdes. Mal punhas lá os pés ouvias o som das tuas músicas preferidas, misturadas com o som dos passarinhos a cantar.
Que terra agradável! Quem me dera poder estar lá sempre que quisesse. Mas a mãe diz que é perigoso, diz que não deveria andar naquelas terras, diz que sou muito nova para as perceber, para perceber as pessoas e o seu espírito. Mas a mãe é que não percebe, não sabe o que eu já sei e naquela terra colorida, para sempre ficarei…
Por muito que procurasse, não conseguia encontrar o problema de que a mãe tanto falava, sobre aquela terra.
Todos os dias lá ia e todos os dias voltava…
A mãe estava sempre a ver as notícias, preocupada com a poluição no mundo, e com os desastres naturais que poderiam vir a acontecer e, todos os dias, me voltava a dizer para parar de ir àquela terra. Mas porquê? Porque é que eu iria parar de ir a um local que me fazia feliz? Onde toda a gente era simpática e todos mostravam amor uns pelos outros?! Não percebia do que é que a mãe me estava a avisar, mas também não me queria explicar.
Um dia, voltei e estava a mãe a dançar sozinha na sala, com a televisão acesa no canal do noticiário. Que estranho, a mãe estar feliz a ver o noticiário… Ela costumava estar preocupada, mas por alguma razão, a mãe estava feliz. Perguntei-lhe o que é que se tinha passado e ela disse-me que há umas semanas a trás previram uma grande tempestade perigosa e forte como nunca antes, mas que agora tinham encontrado uma solução. Fiquei bastante feliz, apesar do mundo não ser o meu local preferido e ter a possibilidade de me esconder na minha terra especial, eu não queria ver ninguém a morrer, pois ninguém sabia da existência desta terra fantástica, a não ser eu e a mãe, por isso, estava feliz! Ora boa! Uma solução para a tempestade! Mas qual seria a solução? Perguntei à mãe, mas ela não me quis dizer. Estaria a mãe a esconder algo de mim?
Dia após dia fui notando aquela terra especial, cada vez menos colorida,  as pessoas mais tristes, cada vez menos passarinhos a cantar e, já não ouvia o som da música. O que estava a acontecer? Tentei perceber mas ninguém me soube explicar.
Cada vez que voltava a casa, já não estava feliz como antes, voltava triste, a ver a minha terra preferida a perder a sua magia, sem saber o que o estava a provocar.
Até que um dia voltei lá, com esperança de ajudar, mas a terra já não existia. Agora era um espaço branco sem portas, sem janelas, com linhas por pintar. Já não havia ninguém, já não havia amor naquela terra, já não havia nada!
Regressei a casa a chorar, como se o mundo estivesse a acabar, como se já não houvesse razão para viver. Entrei na sala, mas a mãe não estava lá. Ouvi uma voz a chamar por mim… Vinha do jardim. Lá cheguei e, lá estava a mãe com um sorriso na face, sentada numa cadeira, com o seu melhor vestido. A mãe recebeu-me de braços abertos, sem me perguntar porque estava eu a chorar. Começou a falar de como o dia estava belo e como estava feliz. Porque é que a mãe falaria disso, antes de perguntar a razão pela qual eu estava triste? A mãe nunca foi assim. A mãe nunca falou do quanto feliz estava. A mãe estava provavelmente a esconder algo de mim, parecia estar a disfarçar algo. Perguntei-lhe novamente o que se estava a passar, mas antes da mãe responder, a campainha tocou. Acompanhei-a à porta, onde esperava um polícia alto, com um envelope na mão. O polícia abriu a boca para dizer o pior que eu esperava ouvir. “Queremos agradecer pela sua grande ajuda, para encontrar a solução para a tremenda tempestade que aí vinha. Todos nós temos um grande ‘obrigado’ a dizer-lhe, pois sem si nunca teríamos o conhecimento da tal terra chamada “Pepperland” e nunca teríamos conseguido direcionar a tempestade para lá, o que nos salvou a todos. Por isso, muito obrigado! Esta é a sua recompensa.”
A mãe olhou para mim, com ar de quem queria pedir desculpa, mas pedir desculpa não ia mudar nada. Fui a correr para o meu quarto. Lágrimas escorriam pela minha face, já não sabia para onde fugir, já não sabia em que pensar. A minha música apagou-se. A minha querida terra, vejam o que lhe fizeram! Esta terra podia nos salvar a todos! (Se calhar salvou, um dia saberei). E agora? Como é que a vou pintar de novo?
Rita Mesquita (9B),
2.º lugar no Concurso de escrita "Livros a Oeste", 
escalão | 3.º ciclo, 2.ª edição






quarta-feira, 17 de junho de 2015

DiNotícias, 2ª Edição (2014/15)

Na 2ª Edição do DiNotícias, n.º 10 (maio de 2015), foram publicados três trabalhos escritos decorrentes de atividades desenvolvidas nas aulas de português. Faremos ainda a publicação de um quarto texto: texto que fiou em 1.º lugar na Categoria A do Concurso de escrita do Festival "Livros a Oeste". 
O primeiro texto foi sugerido nas turmas do sétimo ano e pretendia-se saber o que os alunos entendiam sobre "poesia". Tratava-se, pois, de redigir uma breve nota, observação.
O segundo texto aconteceu numa das muitas propostas de escrita sugeridas num dos testes escritos: texto de opinião/argumentativo sobre dar presentes ou não, tendo a proposta sido feita numa turma do oitavo ano.  Na terceira publicação, aparecem várias observações de crítica ao número anterior do jornal, tratando-se, assim, de vários olhares sobre o DiNotícias.
Por fim, publicamos o texto vencedor, na categoria A do Concurso de escrita "Livros a Oeste".

O que é a poesia?

 
Para mim a Poesia é um oceano cheio de temas , pois eu digo isto pelo facto de usarmos na poesia os temas , os sentidos, as palavras, afinal, tudo o que quisermos.
Para mim, um bom poeta é quem tem uma grande imaginação, porque com isso tudo é possível;  basta estar inspirado e de um sentido saem palavras e logo quatro versos ou mais!
A poesia é a beleza da vida e é também os desabafos das pessoas quando não conseguem falar de outra forma.
(Daniela Ribeiro, 7E)



Acerca de dar e receber presentes – Uma reflexão
Como escolhemos os presentes que damos? O que sentimos quando recebemos presentes?

Normalmente, só costumo dar presentes quando alguém faz anos, ou em alguma data especial, não sou muito de dar presentes, sou mais daquelas pessoas que gosta de receber.
Gosto de dar presentes quando já sei o que quero dar, por exemplo, quando já tenho uma ideia em mente.
Adoro ver as pessoas felizes quando eu dou um presente que elas não esperavam mas de que gostaram bastante, ou quando dou, de vez em quando, presentes de surpresa.
Toda a gente gosta de ser surpreendida e eu que o diga, adoro ser surpreendida!!! Mas também gosto de surpreender, sinto-me feliz com a felicidade das outras pessoas.
Ter uma má experiência propriamente não tenho mais tenho sempre aquele receio de que quando vou oferecer algo a uma pessoas e não sei os gostos dela, penso sempre que ela não gostou, penso sempre logo em quando eu recebo presentes e não gosto e digo à pessoa que gostei, só para ela não se sentir mal, penso logo que é isso que me pode acontecer...
(Jessica Oliveira, 8A)




O Jornal escolar para muitos é apenas papel, mas para outros é uma forma de se comunicar, saber o que acontece no Agrupamento.
O DiNotícias tem a primeira e última páginas a cores o que, na minha opinião, dá um ar mais “vivo” ao jornal.
(Daniel Mouta, 8B)

Atualmente, é distribuído aos alunos do Agrupamento, gratuitamente, um exemplar de cada edição do jornal escolar – DiNotícias. E isso é muito positivo, já que assim todos ficamos a saber de todas as atividades que acontecem no Agrupamento inteiro, o que de outra forma não saberíamos.
(Carolina Vicente, 8B)

Um aspeto que também me aprece útil é o facto de quase todas as páginas terem publicidade, porque, às vezes, encontramos “coisas” que procurávamos.
(Rodrigo Gomes, 8A)

Acho que é muito bom, na primeira página, haver uma amostra do que se pode encontrar nas páginas do jornal.
Outro aspeto positivo é facto de haver palavras cruzadas. Acho interessante terem-nas incorporado no jornal.
Para mim, a única parte menos positiva é o tamanho das letras. Considero que sejam pequenas.
No geral, o jornal é muito satisfatório. Há mais aspetos positivos do que negativos, o que é bom.
Seria importante todos os Agrupamentos terem um jornal para mostrar todas as atividades que são feitas. Eu, por exemplo, antes de ler o jornal de mais de metade das atividades que tinham sido realizadas.
(Joana Pimenta, 8A)

Para mim, o DiNotícias é bastante bom, mas há aspetos de que gosto menos. Por exemplo, há alguns textos que são escritos ou pelos alunos ou pelos professores que são demasiado extensos. Acho que ao ler um texto muito longo, num jornal, se perde um pouco do interesse. Não digo que devam ser curtos, mas sugiro que sejam menos extensos.
(…)

Gosto bastante do facto da capa ser a cores e o interior ser a preto e branco, porque a primeira página é o mais importante e nela destacam-se os acontecimentos mais importantes.
(Jessica Oliveira, 8A)

Com a leitura do DiNotícias paercebemo-nos de imensas atividades que foram realizadas e que não nos tínhamos apercebido.
(…)
Podemos também participar na construção do jornal, por exemplo, escrevendo artigos. Sim, porque o jornal é feito por alunos e por professores o que é algo de bom os alunos poderem também participar.
(Maria Lopes, 8A)

Na minha maneira de ver, o facto do jornal ter um tamanho relativamente grande, é algo positivo, pois chama mais a atenção e torna-se mais engraçado de ler.
(Mafalda Abreu, 8A)


A princesa do futuro
Era uma vez uma princesa que vivia numa torre, que era tão alta que chegava às nuvens, estava a passear pelo seu jardim, a colher flores. A princesa tinha cabelos castanhos encaracolados, vestia um vestido azul comprido até aos pés com uma fita de seda branca à volta da sua barriga.
Esta princesa chamava-se Jacinta e não era como uma qualquer princesa. Além de bonita, era teimosa e rebelde. Sonhava todos os dias com o futuro, pois queria mudar o mundo. De dia, ia para o jardim apanhar flores, rebolava na relva e olhava para as nuvens; de noite, olhava para as estrelas e contava-as uma a uma. E era feliz assim.
A Jacinta dava-se muito mal com a sua irmã, porque esta era muito controladora e, por isso, estava sempre a discutir.
Num belo dia, a princesa decidiu sair do seu jardim para ir ver como eram as aldeias do seu reino, uma vez que nunca tinha saído do seu palácio e isso acontecia, porque a sua irmã estava sempre a controlá-la para que ela não saísse.
Mas naquele dia conseguiu fugir à vigilância da sua irmã e logo que saiu dos portões deparou-se com uma máquina gigante. Ficou curiosa e apressou o passo para descobrir o que era aquilo ali no meio do caminho.
Trata-se de uma máquina grande e cheia de botões. Uns azuis, outros amarelos e houve um que lhe chamou particularmente a atenção: era um botão grande, maior que os outros, e vermelho. Quase sem pensar a Jacinta levantou o braço e carregou no botão grande e vermelho. Logo de seguida apareceu uma luz branca e intensa. A princesa ficou assustada mas isso não lhe “matou” a curiosidade, já que tornou a levantar a mão para, desta vez, tocar na luz branca e intensa. Deixou de ver a sua mão. Experimentou pôr a perna também na luz e aconteceu o mesmo. Sentia essas partes do corpo, mas não as conseguia ver. Então, encheu-se de coragem e soltou toda para dentro da luz.
Desmaiou.
Passado, não se sabe quanto tempo, a princesa Jacinta acordou deitada num chão de cimento e perguntou:
- Onde estou?
- Estás em Maralo – respondeu-lhe uma rapariga de olhos verdes e com roupa do futuro que estava de pé a olhar para ela. Os cabelos eram loiros, e calçava umas botas compridas até aos joelhos e por cima trazia um vestido preto. A Jacinta que não conhecia aquele local nem tão pouco percebeu que roupa aquela rapariga trazia, e, por isso, perguntou:
- Mas onde é esse local? E porque estás vestida dessa forma?
- Isto é o futuro. Estamos no ano de 2015 e eu estou vestida assim porque é o que está em moda.
Jacinta levantou-se e começou a olhar à volta. Aquele mundo era cinzento. Não havia campos de relva, pois estavam todos ocupados com edifícios e pontes. Para onde quer que olhasse, só via o seu reflexo porque as paredes dos prédios eram autênticos espelhos envidraçados. Não havia carroças, nem carros, nem vestidos compridos…Estava tudo tão diferente.
Então, de repente, a rapariga dos olhos verdes e roupa do futuro disse:
- Chamo-me Carlota. E tu?
- Jacinta . - respondeu a princesa. E logo a seguir a Carlota fez a pergunta que a Jacinta não estava mesmo nada à espera.
- Jacinta, diz-me, como é que eu volto para casa? A Jacinta pensava que a menina dos olhos verdes morava naquela terra, por isso, ficou muito admirada com aquela pergunta. E respondeu fazendo outra pergunta:
- Então, tu não moras aqui?
- Não, só me lembro de uma luz brilhante. E estou a ficar assustada porque ainda há cinco minutos, esses edifícios altos e carroças modernas não existiam.
A Carlota pressentia que algo estava mal com a Jacinta. Parecia que nunca tinha visto nada. Por seu lado a Jacinta parecia uma alucinada. Olhava para tudo como se estivesse só a fazer descobertas muito importantes.
A certa altura do seu percurso, ambas caminhavam lado a lado, a Carlota deu um berro. Acabara de ver o arco gigante. Logo a seguir, procurando na máquina, encontrou o botão vermelho. Depois explicou à Carlota que tinha sido por causa daquela máquina e principalmente por causa daquele botão que tinha ido parar àquele sítio. A Carlota garantiu que nunca tinha visto nada como aquilo. Mas mesmo assim, resolveu começar a pesquisar sobre o que seria aquela coisa monstruosa.
Analisou ao pormenor todos os botões. E a certa altura encontrou um autocolante que dizia: Não tocar, equipamento altamente perigoso.
A Carlota pensou, pensou e pensou até que chegou uma ideia à cabeça.
Aquela máquina era parecidíssima com uma cujos planos ele tinha ajudado a fazer. Por isso, podia dizer sem medo de dizer que aquela máquina era uma máquina do tempo. E a Jacinta, meio confusa, perguntou:
- O quê? Uma máquina do tempo?!
- Uma máquina do tempo é uma máquina através da qual podes recuar ou avançar no tempo. E eu sei isso porque só me lembro de ver desenhos animados ou de ler nos livros. Porém nunca tinha visto uma ao vivo. A nossa tecnologia é avançada, mas não tanto, para construir uma máquina destas. No teu caso deves ter avançado no tempo e isso quer dizer que és daqueles tempos dos reis e rainhas, certo?
- Sim, - respondeu a princesa Jacinta cada vez mais confusa. – Mas agora não existem reis?! – perguntou incrédula.
Mas a Carlota não lhe respondeu. Naquele momento estava mais preocupada em conseguir enviar, de novo, a princesa Jacinta para casa. Por isso, resolveu tentar arranjar a máquina. Com algum tempo e muita paciência lá conseguiu descobrir o problema que demorou cerca de dois dias a resolver.´
A Jacinta ficou sem saber a razão pela qual tinha ido parar àquele local tão estranho cheio de pessoas aparentemente normais, mas muito diferentes. 
Vanessa Ramos (8B)


sexta-feira, 12 de junho de 2015

3º Concurso de Palavras Cruzadas | DiNotícias

No início do 3º Período, realizou-se, nas aulas de português, a Prova  para o 3º Concurso de Palavras Cruzadas - DiNotícias.

Estiveram envolvidas 44 equipas de dois a quatro elementos, num total de 157 alunos do 3º ciclo do Agrupamento .

A Prova consiste na resolução de um exercício de palavras cruzadas feito, tendo por base, essencialmente, a primeira edição do DiNotícias publicado no presente ano letivo (janeiro/2015).

Trata-se de uma iniciativa que vai já na 3º edição e tem tido aceitação por parte  dos alunos, particularmente, nos 7º e 8º Anos. Assim, de uma forma lúdica, além de se desenvolver a competência da compreensão, promove-se a leitura do jornal escolar.

Pelo Regulamento, é premiada a primeira equipa de cada um dos anos do 3º Ciclo: 7º, 8º e 9º Anos.
Os prémios e certificados de participação serão entregues aos alunos pelos  respetivos professores de português, sendo os prémios oferta da Porto Editora.

Resultados (clicar).

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Vanessa Ramos do 8ºB - 1º lugar da categoria A no Concurso Literário ("Festival Livros a Oeste")

O júri do Prémio Livros a Oeste já anunciou os vencedores da primeira edição do Concurso Literário destinado a alunos do 7º ao 12º ano de escolaridade. Por se tratar da primeira edição, os jovens autores acabaram por participar fora de horas, o que inviabilizou a validação dos seus trabalhos.
Ainda assim, foram encontrados os vencedores dos dois escalões a concurso: Vanessa Ramos do 8º B da Escola Básica 2,3 Dr. João das Regras, AEDLV, do 12º ano da Escola Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado.
Os jurados decidiram igualmente que os dois trabalhos premiados ficarão em suporte digital, no Blog do Festival Livros a Oeste, para consulta livre."
Parabéns aos vencedores.
Que seja o primeiro de muitos prémios, Vanessa!

O conto da Vanessa pode ser lido aqui.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Cíntia Guerra - 1º Lugar em Concurso de escrita promovido pela Biblioteca

No passado dia 7 de janeiro, pelas 14:30, na biblioteca da Escola Dr. João das Regras, realizou-se uma pequena cerimónia de entrega do prémio respeitante ao 1º lugar (trabalho individual), no concurso "Conto de Natal", promovido pela equipa da Biblioteca do Agrupamento e dinamizado pelos professores de português do 3º Ciclo.

A Cíntia Guerra do 8ºB ganhou o 1º Prémio da Escola Dr. João das Regras. Acompanharam-na neste momento tão importante os colegas de turma, a professora de português, professora Rosalina Simão Nunes, a diretora de turma, professora Ana Paula Bastos e a mãe, Edite Rodriguez. Estiveram ainda presentes colegas de outras turmas.

O evento foi apresentado pela professora bibliotecária, professora Alexandra Bernardo, que enalteceu o trabalho da aluna pelo facto de destacar o verdadeiro espírito do Natal. 

Antes da entrega do prémio, o livro O Velho que lia romances de Amor de Luis Sepúlveda, o texto vencedor foi lido pela aluna. Transcreve-se, de seguida, o texto que também pode ser lido aqui, tal como os restantes textos vencedores: 

O Natal mais especial
Catarina era uma menina de dez anos que, como tantas outras crianças, vivia o Natal intensamente. Para ela, o Natal significava toda a magia e união na família.
Todos os anos, ainda em Novembro, ela começava a imaginar como decorar cada canto da casa. Apesar de tudo, quanto já tinha guardado do ano anterior, havia sempre novos pedidos para fazer: mais fitas coloridas, mais luzes (de diferentes cores e formas) mais velas de intensos e deliciosos aromas… Enfim, tudo aquilo que daria um ambiente maravilhoso ao seu lar.
Para além da decoração, ela preocupava-se também em definir tarefas. Contactava os seus familiares e ficava a par do que cada um poderia trazer. Por vezes, era ela que lançava ideias… Não poderia faltar nada. Até se preocupava com as músicas de Natal que iriam ouvir!
Quando olhava para os adultos à sua volta, reparava que eles não viviam com o mesmo espírito e alegria aquela festa tão especial e importante. Nesses momentos, pensava baixinho que o menino Jesus não deveria estar muito satisfeito com aquela reação. As pessoas crescidas estavam mais preocupadas com os gastos das prendas do que propriamente em festejar.
Certo dia, já próximo do Natal, a Catarina sentiu, pela primeira vez, um sentimento estranho enquanto montava o presépio. O Menino Jesus olhava fixamente para ela como se lhe estivesse a pedir alguma coisa. Estaria ele com frio? Pois… Na realidade, estava ne e em Dezembro as temperaturas eram baixas. Continuou a observá-lo, tentando perceber aquele olhar que lhe atingiu o coração.
A certa altura, ouviu o toque da campainha.
Levantou-se, ainda pensativa, e dirigiu-se até à porta de entrada. Ficou sem palavras, quando observou um menino descalço e mal agasalhado. Tinha um ar triste e vinha de mão dada com uma senhora que mais tarde veio a saber que era a sua mãe. Pediram-lhe pão, pois tinham fome.
Catarina foi, de imediato, chamar a mãe que logo contribuiu com alguns alimentos essenciais.
Quando fecharam a porta, a mãe explicou à Catarina que uma pessoa sozinha não pode mudar o mundo, mas se todos contribuíssem só um pouco o mundo poderia sorrir.
Catarina ficou a pensar nas palavras da mãe e o olhar de Menino Jesus voltou à sua memória. Aquele Natal não poderia ser igual aos outros! Teria de fazer algo de diferente…
Dos pensamentos passou à ação. Falou com os seus familiares e todos concordaram em organizar uma festa onde todos aqueles que, na sua pequena vila não conheciam a verdadeira magia do Natal, pudessem, finalmente, vivê-la.
E assim foi… Naquele Natal, uma grande família nasceu! A partilha, a alegria, a união, o amor a solidariedade ganharam um novo significado na vida de Catarina.
Esse Natal foi, sem dúvida, o Natal mais especial de todos.

A finalizar esta breve nota, umas palavras de apreço da professora de português, professora Rosalina Simão Nunes:
Cíntia, foi com muito orgulho e satisfação que estive presente nesse momento especial e espero que tenha sido apenas um entre muitos semelhantes a viver no futuro! Muitos Parabéns!

NOTA FINAL: Em breve será publicado o texto lido pela aluna.

Dia do livro || 2025


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