A importância do sorriso

Na primeira proposta de escrita para o nono ano (turma B), pedimos aos alunos que redigissem um texto narrativo em que recordassem ou imaginassem uma situação na qual um sorriso tivesse tido um papel fundamental.
Tinham de construir uma narrativa, desenvolvendo a ação num espaço e num tempo determinados e descrevendo a personagem ou as personagens interveniente(s).

Passamos a publicar alguns dos resultados finais desse trabalho:

Teresa, uma rapariga misteriosa, dirigia-se, como era habitual, para a praia mais próxima, sentava-se na rocha do costume – a que tinha a melhor vista para o horizonte, para o extenso mar. Realizava este “ritual” todos os dias, era um costume que Teresa tinha.
Gostava de ouvir os sons, por vezes tumultuosos do mar; gostava da maresia a invadir o seu todo; gostava que a brisa marítima lhe obrigasse a aconchegar-se nas suas roupas. Não sabendo porquê, sentia-se feliz naquele lugar, livre…
Num dia frio de Outono, nublado, a ameaçar tempestade, Teresa reparou numa figura desconhecida, lá ao longe, naquela praia tão bem estudada pelos seus olhos.
Viu o vulto aproximar-se. Agora transformara-se num jovem com ar triste, de olhos distantes de um azul penetrante.
O rapaz aproximou-se de Teresa, sentou-se ao seu lado e fez como ela, observou o oceano. Os dois não proferiram uma única palavra.
Dia após dia acontecia o mesmo: sentavam-se lado a lado e ficavam apenas a olhar para o mar. O único contacto que tinham era uma intensa troca de olhares seguido de um sorriso envergonhado. Esta era a sua despedida, todos os dias.
Apesar de não falarem estavam a apaixonar-se. O sorriso que tocavam todos os dias era o espelho dessa paixão.
Certo dia, Teresa não apareceu, mas deixou um bilhete em seu lugar que dizia: «Amo-te. Qualquer dia voltarei ao nosso sítio.». Desenhado no final estava um sorriso, o último que receberia dela. A derradeira despedida…
Maria Carolina Matos (9ºB)


Era mais um dia assim, passavam um pelo outro e ninguém dizia nada. Catarina podia ser muito querida, muito simpática e para ela podia estar sempre tudo na boa, mas tinha bem a noção que o que o Martim lhe tinha feito não se fazia a ninguém. Ele também podia não gostar de estar “chateado” com as pessoas mas o orgulho falava sempre mais alto. Na verdade, ambos morriam de saudades um do outro…
«Algo tem de mudar! Estou farta de estarmos os dois assim! Tenho de fazer alguma coisa.» Pensou Catarina.
Então, um dia, quando passaram um pelo outro ela fez um sorriso triste e encolheu os ombros, ele sorriu também, e segundos depois ele puxou-a pelo braço.
- Desculpa – disse ele baixinho.
- Acho que não ouvi bem… Podes repetir? – perguntou ela rindo.
Ele deu-lhe um abraço, mesmo daqueles que ela gostava, aqueles que ela sentia o seu perfume e que ambos ficavam bem juntinhos.
- Estou desculpado? – perguntou ele.
- Sim, tonto – disse ela sorrindo.
Assim se viu o poder daquele sorriso, apesar de ter sido triste mas fez a diferença. Certamente, se ela não o tivesse feito ainda estariam chateados mais algum tempo. 
Carolina Bonifácio 9ºB

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