terça-feira, 19 de junho de 2012

O cavaleiro da Dinamarca - comentários



Uma vez mais, nas turmas do 7ºAno (turmas A e B), foi feita a leitura orientada de O Cavaleiro da Dinamarca de Sophia Mello Breyner. 
Parte da leitura foi feita em sala de aula. Depois, e porque já tinha sido proposta a mesma atividade com o conto de Luis Sepúlveda -  A História de uma gaivota e de um gato que a ensinou a voar -  o trabalho foi concluído de forma autónoma pelos alunos. Com um prazo alargado, com a sugestão de estrutura de ficha de leitura e orientações para elaboração do comentário.
Publicamos, de seguida, alguns desses comentários.




Ao longo da história passamos por quatro Natais.
Logo no primeiro Natal, o Cavaleiro decide comunicar a sua família que no próximo Natal não iria estar presente, pois iria fazer uma peregrinação até a Terra Santa Jerusalém.
A personagem do Cavaleiro é uma personagem misteriosa, corajosa, fiel, segura e amigável.
É uma personagem misteriosa, pois naquele tempo não era muito normal uma pessoa tomar a decisão de viajar quase meio mundo; corajosa porque teve a coragem e a valentia suficiente para as fazer sozinho; fiel pois tendo oportunidade de ter uma vida melhor nunca o fez pensando sempre na mulher, nos filhos e nos amigos; segura porque o fez sempre com a convicção de que ia conseguir, mesmo nas situações mais complicadas e amigável pois em todos os locais onde parou fez amizades
Do meu ponto de vista, por aquilo que se lê nesta história, a personagem do cavaleiro é uma personagem muito corajosa, pois foi uma personagem que apesar das adversidades, nunca desistiu daquele que era o seu objetivo principal: ir a Jerusalém passar lá o Natal e regressar antes do Natal seguinte.
Durante a sua viagem o Cavaleiro ouviu histórias como, por exemplo, a história sobre Dante e sobre Cimabué contadas por Filippo ou a de Guidobaldo e Vanina contada pelo mercador de Veneza.
De todas elas a que mais me marcou foi a de Guidobaldo e Vanina, é uma história em que Vanina é uma pobre jovem bonita e esbelta, que esta pressa dentro de um palácio porque a sua mão estava prometida a um homem do qual ela não gostava e como tinha tutor muito mau e severo não podia namorar com ninguém e nem sequer podia sair de casa a não sequer que fosse acompanhada pelo seu tutor para ir a missa.
Mas um dia um lindo e jovem capitão chamado Guidobaldo que foi destemido e não teve medo de enfrentar o tutor de Vanina e pediu-lhe a sua mão em casamento; uma vez que este não quis saber do pedido de Guidobaldo, este decidiu fugir com a sua amada e nunca mais visto.
Não consigo explicar muito bem o porque de está ser a história que me marcou mais, mas acho que se deveu ao facto de ser uma história de amor e de felicidade em que o bem vence o mal e em que amor quebra todas as barreiras e todos os tipos de preconceito.
Para o cavaleiro encontrar o seu caminho de volta para casa passou por muitos perigos e por pessoa que lhe perguntavam sempre se ele não gostaria de ficar a viver com eles. Já na floresta da Dinamarca o cavaleiro também correu perigos pois como era de noite e estava muito nevoeiro não se conseguia ver nada, o que fez com que o cavaleiro tivesse muitas dificuldades em encontrara a sua casa. Este vem a encontrá-la de uma forma um pouco irónica até. Quando no meio da escuridão se acendeu uma luz muito forte o cavaleiro pensou que seria uma fogueira de um lenhador que também estaria perdido como ela, mas quando se aproximou viu que afinal não era nenhuma fogueira, mas sim um pinheiro cheio de luzes e viu também que ali era a clareira das bétulas, a sua clareira, tinha finalmente chegado.
Eu teria todo o prazer em fazer uma viagem do género, pois acho que viajar e conhecer outros países e outros povos é uma grande mais valia para qualquer pessoa de qualquer parte do mundo.
O narrador nesta história é sempre narrador ausente ou não participante como por exemplo: “Mas quando chegou em frente da claridade viu que não era uma fogueira”e “Então desceu sobre ele uma grande paz e uma grande confiança e, chorando de alegria, beijou as pedras da gruta.”.
Neste conto há mais do que um narrador, pois ao longo da história os amigos do Cavaleiro também contaram as suas as histórias e nesses momentos eles passavam a ser os narradores.
“Rezou pelo fim das misérias e das guerras, rezou pela paz e pela alegria do mundo. Pediu a Deus que o fizesse um homem de boa vontade, um homem de vontade clara e direita, capaz de amar os outros.” Esta frase marcou pois esta é uma coisa que muitos de nós pedimos quando rezamos, mas também demonstrou por outro lado a bondade e simplicidade do Cavaleiro porque ele não pede nada de luxurioso nem pede riqueza mas sim coisa simples como a paz e como a felicidade.
“Nunca o Cavaleiro tinha imaginado que pudesse existir no mundo tanta riqueza e tanta beleza.” Esta foi outra das frases que me marcou porque com ela ficamos a ter a noção de como o Cavaleiro era uma pessoa delicada e sensível a beleza ao mesmo tempo que era uma pessoa pobre vinda do campo e de um país muito menos desenvolvido.
Carlota Pina, 7ºA

Nesta história passam-se três Natais, em quais no primeiro o Cavaleiro passa junto dos seus familiares, parentescos e criados. E mesmo nesse Natal decide ir passar o próximo Natal à Terra Santa. Pois queria ir rezar na gruta onde Jesus nasceu e onde os pastores., os Reis Magos e os Anjos rezaram.

O Cavaleiro era um homem de família, pois dedicava tempo à família, carinho e amor. Este Cavaleiro era um homem cheio de coragem, pois fazer naquela altura uma viagem até à Terra Santa não era nada fácil. As viagens eram longas, não podiam comunicar e raros eram os peregrinos que iam e voltavam. 
Nesta história o cavaleiro retrata duas histórias pelas quais me interessei bastante. Uma foi a de Vanina e Guidobaldo e outra foi a de Dante e Beatriz. A de Vanina e Guidobaldo porque era uma linda história de amor, depois de ter passado muito. Ter sido órfã de pai e mãe e viver com Orso que era um tutor horrível. E a de Dante e Beatriz porque foi uma história que me fez odiar mais o mal e a desejar mais o bem, fez-me ver as coisas com outros olhos. Fez-me distinguir ainda mais o mal do bem, as coisas erradas das coisas certas… Esta história fez-me realmente refletir sobre as atitudes de nós “seres humanos”. Podemos ai ser novinhos, mas esta história de Dante e Beatriz faz muito sentido que nós tenhamos o conhecimento dela. Porque faz com que conseguimos distinguir o mal do bem. Pois muitas vezes achamos que isto só diz respeito aos nossos pais e avós. 
Outro aspeto que me marcou muito nesta história foi a maneira de como o Cavaleiro encontrou o caminho para a sua casa. Fez-me confiar ainda mais em Jesus. Pois foi através dele e dos seus anjos que encontrou o seu lar.
Com esta história aprendi imensa coisa que nunca tinha pensado em aprender. Gostava de fazer uma viagem destas, pois acho que me ia fazer crescer não sou fisicamente, como psicologicamente e interiormente.
Este livro marcou-me muito, fez-me ver a razão das escolhas, a promessa que foi cumprida. O Cavaleiro prometeu à sua família que ia lá estar lá dois anos a seguir e apesar de todos os obstáculos ele conseguiu e esforçou-se muito por isso. Percebi que o mais importante na vida é a família e quem nós mais amamos, pois sem elas não somos nada!
Cíntia, 7ºA


Este livro fala de um Cavaleiro que vivia no norte da Dinamarca com a sua familia numa floresta em que principalmente o Natal era uma altura muito feliz para eles onde tinham a tradição de contar sempre as mesmas histórias, havia grandes banquetes mas principalmente muita ALEGRIA! Acho esta parte em que fala do Natal uma das partes mais gira da história, pois eu, especialmete adoro o Natal e tudo o que esteja relacionado com este pois  é uma altura de partilha e entreajuda e é muito engraçado, neste texto haver referências das tradições, pois no Natal em quase todas as familias existem tradições, por mais pequenas que sejam.
 Depois nessa noite o Cavaleiro diz à familia que vai partir para passar o Natal onde Cristo nasceu, mas que no próximo Natal, se deus quiser já estaria de volta. E entretanto parte.... e aqui começa realmente a história, pois é aqui que o Cavaleiro começa a sua AVENTURA!
A sua viagem de ida correu muito bem chegou antes do tempo por isso pode visitar um pouco do país,a noite de Natal passou-a onde tinha previsto a rezar muito por toda a familia, mas depois a viagem de volta já não foi tão fácil. Foi um gesto muito bonito da parte do Cavaleiro ter rezado por toda a familia e não só por ele, pois mostra que tem coração e gosta muito da familia.
Entretanto a viagem de barco durou cinco dias e quando chegaram a Ravena o barco estava em mau estado e só daqui a uns meses poderia partir, a sorte é que encontrou um mercador com o qual travou amizade, o mercador de Veneza que o convenceu a ficar em sua casa. O Cavaleiro ficou encantado com aquela cidade. Numa certa noite, o mercador contou-lhe a história de uma rapariga chamada Vanina que era a rapariga mais bonita de Veneza. Estas histórias das cidades são sempre  giras porque com elas ficas a saber um pouco mais da história da cidade e dão sempre para um pouco de romantismo.
Continuou a viagem, pois não aceitou a proposta do mercador de ficar lá e criar um negócio, até que chegou a Florença, outra cidade que o Cavaleiro achou bela e onde ficou em casa de um amigo do mercador, o banqueiro Averardo.
Ao jantar, em casa de Averardo ouvia-se falar de astronomia, matemática, politica e de muitas outras coisas. Também se ficou a saber a história de artistas muito importantes como Giotto, Dante e Cimabué. O Cavaleiro ficou espantado com tanta sabedoria. Este jantar revela a cultura incrível de algumas pessoas que mesmo com tão poucos instrumentos conseguiram fazer grandes invenções e discutir ciências tão pouco conhecidas, o que revela muita coragem. Depois partiu novamente, até que ficou doente e teve de parar dois meses e meio num convento onde foi muito bem tratado pelos frades. Aqui se faz referência onde existia ajuda naquele tempo, os conventos era maioritariamente onde os peregrinos ficavam quando tinham de descansar ou de se curar e por isso acho que a Igreja teve um papel muito importante neste tempo.
Continuou viagem até que chegou a Flandres e novamente foi para casa de outro amigo mas desta vez de Averardo, ao jantar chegou um capitão que lhe mostrou pérolas, oiro e pimenta, que deixou o Cavaleiro muito impressionado, depois falaram sobre as viagens do capitão e numa dessas viagens o capitão fala de Lisboa, do tempo dos descobrimentos e de um senhor muito conhecido desse tempo, Pêro Dias. Achei muito importante falarem da altura dos descobrimentos no texto e de Portugal pois foi uma altura muito importante para o nosso país, com nomes muito celebres.
Por fim queria só referir que essa viagem serviu-lhe não só para peregrinação à “Terra Santa”, mas também para conhecer cultutas novas, gente nova, países novos, um turbilhão de novas aventuras que nunca teria descoberto se não tivesse ido.
Filipa Silva, 7ºA


Este livro fala sobre um Cavaleiro que vivia numa floresta com a sua família na Dinamarca, a frente da sua casa situava-se o pinheiro mais alto da floresta. Num certo natal, o Cavaleiro anuncia à sua família que no natal seguinte não estaria com eles porque iria estar na gruta onde nascera Jesus, em Belém, mas prometeu que no Natal a seguir estaria lá de novo. Todos ficaram muito preocupados, pois as viagens daquele tempo eram muito duras e longas, no entanto ninguém o tentou impedir. O Cavaleiro foi muito corajoso pois, as viagens naquele tempo eram muito perigosas, ele também aparenta ser muito religioso pois estava a arriscar a sua vida para ir a um lugar Santo, coisa que muita gente nesta altura não faz mesmo com as viagens muito mais seguras.
Na noite de natal já estava na gruta onde Jesus nascerá a rezar pelo fim das misérias e das guerras, pela paz e pela alegria do mundo. Pediu ainda a Deus que o fizesse um homem de boa vontade. Dá que pensar esta parte do texto, a maioria das pessoas que se encontrassem num lugar daqueles a primeira coisa que pediam, tenho quase a certeza, era para ficarem ricos e não para que o Deus fizessem deles pessoas melhores ou para que as guerras acabassem.
O Cavaleiro passou por vários lugares, entre eles, Veneza, onde ficou na casa Do Mercador de Veneza, Florença, onde ficou na casa do banqueiro Averardo Flandres, onde ficou na casa do negociante Flamengo. Estes três homens tinham uma coisa em comum, todos queriam que o Cavaleiro se junta-se aos seus negócios, mas o Cavaleiro disse sempre que não pois queria cumprir com a promessa que tinha feito á sua família. O Cavaleiro mostra-se um homem de palavra, pois muitos homens de agora se vissem uma oportunidade de negócio não recusariam e ficariam pouco interessados para com o que tinham prometido.
Carolina Bonifácio, 7ºB

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