Como se (a)prende um novo paradigma? - III (PORT_3D)

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Era minha intenção, tal como menciono aqui, apresentar esta nova estrutura da prática pedagógica que desenvolvo apenas quando concluísse a análise de todo o meu processo formativo, uma vez que acredito que seja nesse processo que se encontre a chave que sustenta toda a transformação deste momento. 
No entanto, vou antecipar esse momento, fazendo já hoje uma sinopse da nova pedagogia adotada precisamente porque numa formação que frequentada neste momento se proporcionou fazer menção a esse aspeto.

Pese embora seja apenas uma breve referência, fica para já o anúncio. Posteriormente, irei, certamente, ter oportunidade de fazer outro post ou vários... onde apresentarei de forma mais estruturada o trabalho desenvolvido até agora.

Surgiu essa oportunidade numa das tarefas a cumprir no âmbito da formação promovida pela DGE. "Autonomia e Flexibilidade Curricular (II)". Na 5.ª tarefa do Módulo 1, foi-nos pedido que  refletíssemos sobre o seguinte:

- Que mudanças organizacionais poderá a escola promover para garantir que todos os alunos atinjam o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória?
Para materializarmos as nossas reflexões, tínhamos de participar em dois fóruns. No primeiro Fórum pediam-nos que respondêssemos à seguinte questão: Do Perfil dos Alunos à minha sala de aula – Por onde devo começar?

Respondi da seguinte forma:
"Por onde começar? - Português 3D
Todos nós, professores, já começámos. O que nos está a ser pedido não é que utilizemos um novo currículo com novos conteúdos e objetivos. O que nos está a ser exigido, neste momento, é que usemos um novo paradigma. Ora, não é um processo simples. Isso implica uma mudança que, como diz Peeter Mehisto, no vídeo disponibilizado, não é fácil. Nós registimos à mudança. Por isso, esta não acontece de um dia para o outro. Vai-se construindo. E por isso, também, todos iniciámos já esse processo de mudança, porque estamos lá todos os dias. Lá, na escola, na sala de aula.

No meu caso, em particular, tenho procurado ao longo dos anos adaptar-me e adaptar as práticas pedagógicas propostas em sala de aula às alterações que decorrem nas necessidades da formação / educação dos alunos que "passam por mim". Esse processo tem sido gradual. Lento. E também é certo que nos últimos anos, como resultado de todas as orientações emanadas do Ministério da Educação e que têm inundado as escolas com a necessidade de repensar a forma de estar na escola, em sala de aula, iniciei um processo claro de quase "ruptura" com o que fazia antes. Não com o que "dava" antes, sublinhe-se. Sem dúvida, com a forma de estar em sala de aula.

Associada a essa mudança surgiu uma necessidade de partilhar. Dizer aos meus colegas, pares o que estava a fazer. Isto porque as dúvidas têm sido muitas. As incertezas também, os momentos de reflexão imensos. Mas não é fácil. Lá está. Existe a resistência. Ainda assim, no Agrupamento onde exerço funções, o diretor tem promovido um espaço próprio para que possamos ir partilhando o que fazemos em sala de aula e esse aspeto tem ajudado a tornar o caminho mais "doce". Paralelamente, comecei a publicar online o resultado de todo este processo. Podem espreitar aqui. É recente esse trabalho e ainda faltam muitas reflexões.

O processo chama-se Português 3D, porque assenta em três dimensões:
+Responsabilidade | >Autonomia = *Aprendizagem. Tenho consciência de que se trata de algo ainda muito incipiente e que tem sido alterado quase semanalmente, às vezes, diariamente. No entanto, não tenho dúvidas de que seja este o caminho. O meu, pelo menos. :)

[+] mais [>] maior [=] igual [*] melhor

Entretanto, e porque esta ideia começa cada vez a ganhar mais forma, publica-se um pequeno vídeo com a sinopse do projeto PORT_3D:

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