quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Os amigos sabem ajudar
Conto de Verão



Não podia ser! Tinha mesmo soado o toque de saída para as férias.

Ouviu-se um barulho tremendo dos alunos a saírem. E, sem excepção, saiu um grupo de amigos: a Joana, o Pedro, a Raquel, o André e a Nádia.

Já ao portão da escola, os amigos começaram a falar:

- Não acredito que estejamos de férias! - exclamou a Raquel.

- E o que vão fazer? - perguntou o Pedro.

- Eu vou ficar por cá, a aproveitar o calor do Algarve e a água quente do mar. - respondeu o André.

- E tu, Nádia? - perguntou a Joana.

Nádia era a mais tímida do grupo, e até da escola... Parecia que era obrigada a ficar calada e a não poder fazer coisas simples. Parecia que tinha um segredo entalado na sua mente.

- Eu vou ficar por cá, com o meu pai e com... - fez uma pausa - a minha madrasta. - disse a Nádia.

- Qual é o mal? - perguntou o Pedro.

- Nada, é só que eu queria era passar o Verão com a minha mãe.

Conversaram mais um pouco.

- Amanhã, como é o 1º dia de férias, querem ir comer um crepe ao café do Sr. Alberto? - perguntou a Joana.

Joana era a mais detestemida dos 5. Já tinha passado por situações muito más, por isso era a mais valente. Também custumava resolver e ajudar nos problemas dos outros.

Estes aceitaram e combináram encontrar-se às 17horas no café do Sr. Alberto.

No dia seguinte, às 17h, lá estavam os 5 amigos. A Raquel e a Joana já tinham ido à praia as duas, naquele dia, por isso apareceram juntas. Os outros vieram sozinhos. Mas quem não apareceu foi a Nádia.

A Raquel mandou-lhe um SMS para saber onde é que ela estava ou se não tinha esquecido do encontro.

Mas a Nádia, que até gostava do seu telemóvel e não o largava, não respondeu.

Pensando que se tinha esquecido, os outros comeram os crepes do costume (chocolate) e depois foram dar uma volta pela praia.

- Aquela não é a Nádia? - perguntou o André.

- Parece. E aliás, está ali a madrasta dela. - acrescentou o Pedro.

- Vamos perguntar-lhe porque não veio ao café. - disse a Joana.

Quando chegaram ao pé dela, ela assustou-se:

- Malta, o que estão aqui a fazer?

- Estávamos a passear depois de comermos uns deliciosos crepes...

- Desculpem, mas esqueci-me completamente do que combinámos.

- Não faz mal. Queres ir dar uma volta pela praia? - perguntou a Raquel.

- NÃO! - respondeu a madrasta da Nádia sem hesitar. E parecia muito decidida.

E foi-se embora com a Nádia.

Estes foram, a seguir, para casa da Joana.

Quando chegaram:

- O episódio de hoje na praia foi muito esquisito. - disse a Raquel.

Seguidamente, a campainha tocou.

A Joana foi abrir a porta.

Estava a Nádia a chorar. Entrou e contou-lhes a situaçao, porque chorava e porque não tinha ido ao encontro. Tudo por causa da madrasta. A Nádia também explicou que o pai não lhe ligava nenhuma, deste modo, não poderia reparar no comportamento da sua mulher.

Falaram mais um pouco e combinaram que, no dia seguinte, iriam esclarecer as coisas com os pais da Nádia.

Assim como prometido, no dia seguinte, foram falar com o pai dela e este esclareceu à madrasta de que não tinha o direito de tratar a filha dessa maneira.

A madrasta, de tão furiosa, fugiu de casa e nunca mais a viram.

E a Nádia pôde desfrutar de umas férias em paz e sossego. E até ficou menos tímida.

A amizade foi mais forte que o medo.



Helena Ferreira, 7º F

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