quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Viagem


Naquela manhã de Janeiro

Parti além mar

Em busca de tudo e nada

Mas não sabia o que ia encontrar



Ansiava apenas por saborear

Sentir, ver e cheirar

O mar, o sol, o vento

Todo o elemento

O mar de Portugal



Naveguei, naveguei…

Mas sempre a pensar

Que será que verei?

Que será que irei encontrar?



Até que vi e encontrei

Aquilo que queria ver

Aquilo que queria encontrar

Aquilo que me esperava

O que me aguardava



Ao longe a avistei, um raio luminescente

Bela como o mar

O qual sem ela seria

A lua em fase decrescente



Uma sereia…



Em breve, os marinheiros que ali se encontravam

Também a assustaram

Mas eu estava enfeitiçado

Pois nossos olhares se encontraram

Mas a bela tivera-se assustado



Tudo caiu por terra

Minha fantasia

Meu sonho

Minha alegria



- Marinheiros, seus estúpidos!

Afugentastes, minha deusa.

- Mas que deusa, Senhor?

- Minha sereia…



Cruéis marinheiros

Não compreendem minha dor

Talvez um dia encontrem uma sereia

Que os faça conhecer o amor



Mas minha sereia tivera fugido

Partido…

Desistido…



Caiu a noite

Bom seria dormir

Da minha cabeça não sais, bela sereia

Será que me estas a ouvir?



- Sim, meu marinheiro, estou aqui…



Uma voz espectacularmente bela

Ouvi sim

Será minha bela sereia

Que veio para mim?



Sim, meu amor

Estou aqui sim…

Esperei pelo anoitecer

Mas até que enfim

Posso agora te ver!



Um longo beijo se deu entre nós

Podia sentir o aroma do sal no seu cabelo

A delicadeza do seu corpo

Mas o que temia era perdê-lo.



Era inevitável

O pior viria a acontecer

Minha sereia, fugira de novo

E agora quando a voltaria a ver?



Em breve tivera que voltar

Portugal já se podia avistar

Minha bela sereia ficastes para trás

Mas no meu coração sempre ficarás.



Paula Moreira, 9ºC

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