Na 1ª Edição do DiNotícias deste ano letivo foi publicada uma crónica da Maria Carolina Matos do 9ºB, texto resultante de uma proposta de escrita, na disciplina de português.
No jornal, recorte que deixamos aqui do lado esquerdo, pode ser lida na página 14. Deixamos em baixo o texto para facilitar a leitura.
Não tenho a certeza da idade,
mas sei que tinha a suficiente para poder andar sozinha e ser independente,
cerca de dez anos.
Amava andar de um lado para o
outro nos subúrbios. Um lugar maravilhoso, tudo verde, bem cuidado, com um céu
mágico ao pôr e ao nascer do sol.
Andava sempre suja, esfolada e
arranhada. Ia chamar os meus vizinhos logo depois da escola, para brincar.
Mas o que eu mais admirava no
meu bairro era o extraordinário sobreiro que havia, não no meu quintal, mas no
terreno que alguém havia abandonado. Era o exemplar mais bonito que alguma vez
tinha visto. Enorme, gigantesco, com a vista perfeita para o mar e de onde se
via os barquinhos à pesca. Cheguei a dizer aos meus pais que ia brincar com os
meus amigos, mas o que realmente fazia, naqueles dias em que o céu está limpo e
o mar clamo, era subir àquela árvore. Cheguei a casa em farrapos, de tantas
vezes que tinha caído ao tentar subi-la pela primeira vez.
Quiseram abater o sobreiro, onde
passara tantas tardes a brincar…
Nessa altura já era mais velha,
o suficiente para ter algumas economias e impedir que aquela linda árvore fosse
abatida.
Eu amava tanto aquela árvore,
que quando eu vi que iam cortar a árvore alarmei toda a vizinhança. Acabei por
falar com o proprietário e comprei o terreno.
Maria Carolina Matos (9ºB)