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terça-feira, 11 de julho de 2017

"Ladino" - Comentário

No sétimo ano (turmas E e F), foi estudo o conto de Miguel Torga, "Ladino". Um das tarefas propostas foi a da elaboração de um comentário (orientado).
Publicamos dois comentários.

O Pardal Manhoso
  O conto que vou comentar e referir a sua síntese chama-se ''Ladino'' do autor Miguel Torga.
  Ladino era manhoso, comilão, falso, hipócrita, velho, preguiçoso, fugitivo, medroso e um pardal que queria estar sossegado, sem responsabilidades.
  Ladino não queria saber dos outros e estava-se ''nas tintas'' para os problemas que os outros tinham, o pardal só queria saber do bem dele, sem se preocupar com nada nem ninguém.
  Como Ladino era fugitivo, fugia do filho da professora, dormia junto à chaminé para se proteger do frio... Resumindo, Ladino sabia defender-se bem das ameaças.
  Para não ter responsabilidades, Ladino não queria assumir os filhos, então, fugia para tentar não os assumir.
  A síntese deste conto é que Ladino era um pardal que só pensava nele e que tinha uma boa vida, mas que não gostavam dele.
Érica Cruz

A vida de Ladino  
   Este conto refere-se a um pássaro que se chama Ladino, e o autor é Miguel Torga. Ladino  desenrascava-se muito bem sozinho, era preguiçoso e muito manhoso. 
   
O pássaro sabia onde encontrar comida para os filhos de Cacilda e não lhe dizia, não a ajudava . O Ladino não revelava a Cacilda onde encontrar comida, porque tinha medo que a comida não chegasse para ele... Era muito esperto. Ele não se importava com ninguém, só pensava nele e só nele ! 
     Ladino podia ter dificuldades mas era sempre corajoso. Quando o pardal aprendeu a voar quase foi preciso um paraquedas e diziam- lhe para abrir as asas e para não ter medo. E como sempre Ladino conseguiu e não caiu. 
      A mensagem que este conto me deixa é que em primeiro lugar estamos nós e só depois os outros. 
Margarida Andrade

"Chaves na mão, melena desgrenhada" - Comentário crítico

No trabalho desenvolvido durante o estudo do texto poético, no oitavo ano (turmas A e B), uma das tarefas pedidas em sala de aula foi a do comentário crítico (orientado).
Publicamos o comentário de uma das alunas a propósito do soneto de Nicolau Tolentino, "Chaves na mão, melena desgrenhada".

 
O poema “Chaves na mão, melena desgrenhada”, narra um episódio entre uma mãe e a sua filha que falam uma com a outra sobre o desaparecimento de um colchão. A mãe ordena à filha ou à criada que coloquem o colchão no sítio e a filha responde-lhe com uma voz doce e com grande ironia, pois ela tinha o colchão no seu penteado. Esta ironia parece estranha à mãe, que se lança para a cara e para o penteado da filha, descobrindo o colchão.
  A expressividade da linguagem deste poema permite que a pessoa que o vai ler perceba melhor a ideia e que essa se torne mais real.
  O sujeito poético utiliza a ironia nas falas da filha para que haja uma ridicularização daquela ideia, e, o facto de a rapariga usar um colchão no toucado provoca o riso.

  O tema deste poema é uma crítica social à moda e o ponto de vista adotado por este poema foi o satírico, porque na realidade ninguém consegue colocar um colchão no toucado.
Beatriz Leitão

segunda-feira, 18 de abril de 2016

"Ladino" - Comentário

Nas turmas do 7ºAno, foi feita a leitura orientada de "Ladinode Miguel Torga. Nas turmas A e B, no fim da exploração do texto, feita em sala de aula, pediu--se que os alunos fizessem um comentário orientado, seguindo uma proposta do próprio manual utilizado. 
Publicamos alguns dos comentários:


Ladino, o Pardal Manhoso
O texto que eu vou comentar é de um pardal que se chama Ladino.
A descrição psicológica de Ladino é o pardal ser muito manhoso. As outras personagens não gostavam de Ladino, porque era um pardal muito manhoso e só sabia fazer partidas. As personagens ficavam irritadas com a maneira de ser de Ladino.
Ladino foi o “único” da sua espécie a sobreviver, pois quando era pequeno ficava dentro do ninho a dormir enquanto os outros iam voar.
A mensagem deixada pelo conto é que às vezes as pessoas manhosas podem durar muito mais tempo. Ou então menos tempo... O Ladino durou mais...
Filipa Emídio (7B)

   
O texto que vou comentar chama-se “Ladino” e é um texto interessante e engraçado.
Ladino é um pássaro que não queria sair do seu ninho, porque achava que estava lá bem. Este pássaro era muito manhoso e solteiro. Andava com todas, novas, velhas, casadas ou até solteiras, mas nunca assumia o seu papel de pai.
Ele era um pardal grande, matulão e feio. Era também muito egoísta, malandro e não se importava com nada nem ninguém como se ele fosse o único naquele mundo.
Quando alguém precisava de ajuda, ele não ajudava e, por isso, ninguém gostava dele. Tinha estratégias para sobreviver às dificuldades e uma delas era defender-se bem dos obstáculos da sua vida.
A mensagem deixada por este conto é mostrar às pessoas que não devem ser como este pardal, porque, no futuro, podem ficar sem ninguém devido ao comportamento egoísta e manhoso.
Beatriz Leitão (7B)

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O Cavaleiro da Dinamarca - comentários

Nas turmas do 7ºAno, foi feita a leitura orientada de O Cavaleiro da Dinamarca de Sophia Mello Breyner. Nas turmas A e B, no fim da exploração do texto, feita em sala de aula, pediu-se que os alunos fizessem um comentário orientado. 

Publicamos, de seguida, alguns desses comentários:

A história do cavaleiro da Dinamarca começa na Dinamarca, no dia de Natal, em que a personagem principal, o cavaleiro, diz à família que vai em peregrinação a Jerusalém e que voltará não no próximo, mas no Natal seguinte e esta história fala da viagem do cavaleiro nesses dois Natais.
O cavaleiro era bastante corajoso, pois viajara por várias cidades, sempre sem esquecer a sua promessa. Era fiel, confiante e também muito curioso, principalmente acerca de histórias, como, por exemplo, a história de Giotto e a de Vanina, a menina que era obrigada a casar com um velho, enquanto amava outro homem Guidobaldo e que fugiu com ele.
Finalmente, o cavaleiro, já de regresso, seguiu para o porto de Génova para ir para casa, quando lá chegou, apercebeu-se de que o barco já tinha partido, mas o cavaleiro não queria quebrar a sua promessa, então, seguiu a pé.
Eu gostaria de participar numa aventura como esta, pois, como o cavaleiro, eu ia aprender muito. O narrador desta história não participa nesta. A descrição de  que eu mais gostei foi a de Veneza, pela beleza desta e a narração de que eu mais gostei foi a das histórias, porque as histórias contam verdades.
 Beatriz Guerra (7A) 

Esta história inicia-se na época natalícia e acabará noutro Natal dois anos depois. A personagem principal, o Cavaleiro da Dinamarca, na noite de Natal, anuncia à sua família que vai fazer uma peregrinação à terra santa, Jerusalém, porque gostava de passar o Natal na gruta onde Cristo nascera e onde rezaram os pastores, os Reis magos e os anjos.
O Cavaleiro era um homem muito decidido a fazer aquela peregrinação que, por sua vez, era muito difícil devido a naquele tempo as viagens serem muito difíceis, longas e perigosas, e definitivamente ir da Dinamarca à Palestina era uma tremenda aventura, o que fazia sobressair duas das características que se destacavam no Cavaleiro que eram o "faro" para aventuras e a coragem.
Durante a longa viagem do cavaleiro, são contadas várias histórias pelas pessoas que o cavaleiro ia conhecendo, como, por exemplo, a de Vanina e a de Pêro Dias. Aquela de que pessoalmente mais gostei foi a de Pêro Dias que fala de um navegador na época dos descobrimentos que numa ilha desconhecida tenta fazer contacto com um negro e que acaba trespassado por uma espada tal como o negro.
No final da sua viagem o Cavaleiro encontra-se perdido na floresta da Dinamarca. Quando ele estava prestes a desistir viu uma árvore iluminada, mas não era uma árvore qualquer era a árvore da sua casa iluminada por anjos. Graças a esse "milagre" o Cavaleiro pôde voltar a casa são e salvo na noite de Natal.
Esta é uma história de uma viagem emocionante que qualquer um gostaria de fazer, incluindo eu, porque pode trazer muita cultura e mudar a vida de alguém.
Nesta história os narradores são participativos e não participativos. 
Pedro Pires (7B)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O que pensamos sobre "A Aia"

Após o estudo do conto "A Aia" de Eça Queirós, os alunos tiveram oportunidade de fazer um comentário.

Publicamos, para já, o comentário da Carolina Fontes do 9ºA.

O conto de Eça de Queirós, “A Aia” , conta-nos a história de uma senhora que tomava conta do seu filho e do filho da rainha num castelo. Mas, um dia, o tio do príncipe quis roubar o herdeiro do trono para ser ele o novo rei, no entanto, a aia não deixou. Trocou os dois bebés e o tio rude levou o filho da aia por engano. A aia, desolada por ter perdido o seu filho, por fim, matou-se para que pudesse estar com ele na outra vida.

No geral, gostei do conto, está bem estruturado, tem uma linguagem simples e acho que a mexe com os sentimentos dos leitores.
Foi uma ato de muita lealdade que a aia teve para com a rainha e reino, pois preferiu perder o seu filho, a deixar que matassem o príncipe. Teve de ter muita coragem para ter essa atitude, pois custa-me imaginar o sofrimento de uma mão que perde o filho!...
Por outro lado, não sei se a atitude da aia foi a mais correta. Eu, no seu lugar, talvez não o fizesse. Um filho é sempre um filho e, na minha opinião, devemos proteger, cuidar, defender… o nosso filho.
No final, a aia demonstrou o seu amor pelo filho ao decidir ir ter com ele, acabando mesmo com a sua própria vida.
Trata-se uma história dramática com muita mistura de sentimentos que nos faz pensar que atitude iríamos ter, no tal momento, em que nem temos tempo suficiente para pensar nas consequências…
Carolina Fontes (9A)


[Imagens encontradas
 através da pesquisa no Google]

terça-feira, 2 de abril de 2013

A Inaudita Guerra da Av. Gago Coutinho - Comentário


No 8ºAno, estivemos a ler, em sala de aula, A Inaudita Guerra da Av. Gago Coutinho, de Mário de Carvalho. Com este trabalho de leitura orientada, pretende-se  promover o interesse, gosto, apetência pela leitura. Claro que está implícita a compreensão cuja concretização passa por elaborar uma ficha de trabalho com a seguinte estrutura: modelo de ficha de leitura.  Desse modelo consta a elaboração de um comentário para o qual foram sugeridos tópicos a referir. 

Publicamos de seguida alguns dos comentários.

Esta história fala sobre a musa Clio que se deixa adormecer enquanto esta a trabalhar com a tapeçaria milenária e, sem querer, amalgama duas datas, as de 4 de Junho de 1148 e a de 29 de Setembro de 1984. Nessa altura, na Avenida Gago Coutinho, os automobilistas e os cidadãos que estavam ali depararam-se com um exército do árabe Ibn-el–Muftar.  Acho que esta parte da história nos quer chamar a atenção que, a mínima coisa que façamos sem estarmos atentos, pode trazer consequências imagináveis, tal como aconteceu a Clio.
Entretanto, Manuel Reis Tobias, um agente da PSP, apercebendo-se do que estava a acontecer, decidiu chamar reforços. 
      Manuel da Silva Lopes, um camionista, avistando toda aquela confusão, saiu do seu camião e decidiu mandar uma pedra para o exército de Ibn-el-Muftar, e esta foi acertar logo num dos soldados mais sossegados do exército e logo de seguida Ibn-el-Muftar deu uma ordem e vinte archeiros lançaram as suas setas. Nesta parte do conto, acho que o camionista só fez isto para chamar a atenção, pois desta vez não era ele que estava a ser o centro das atenções como de costume.
      Recém-chegado à Alameda D. Afonso Henriques, o comissário Nunes ao deparar-se com aquela confusão toda pensou que era a canalha a desafiar a polícia. Ainda tentou deter algumas pessoas mas não consegui, então reagrupou os seus homens na placa relvada. lbn-el-Muftar mostrava-se bastante irritado por todos os rumores e confusões em torno, então em poucos minutos, houve uma revolução da parte dos militares do seu exército. Ele aproximava-se da polícia, estes não se sentiam preparados para enfrentar cargas de cavalaria moura então corriam até à Cervejaria Munique, onde se refugiavam atrás do balcão.
Acho que nesta parte do texto foi um crítica bem realçada pela parte do autor aos polícias de hoje em dia.
O capitão Aurélio trazia instruções para proceder a um reconhecimento sempre com moderação. Afastou os civis e tentou comunicar com lbn-el-Muftar com a ajuda de um trapo braço. Nesta parte gosto de realçar o detalhe do pano que, na minha opinião, o capitão Aurélio queria que lbn-el-Muftar levasse aquilo como um sinal de paz. 
Depois de os dois conseguirem dialogar, Ibn-el-Muftar e o seu exército desaparecem deixando o capitão Soares e os restantes civis sozinhos. 
Nesse momento, a deusa Clio tinha acordado e dado conta do que tinha feito e, rapidamente, desfez a troca de fios.
Ao lbn-Muftar aquele acontecimento não teve grandes consequências mas a polícia e as outras tropas tiveram de explicar o porquê de se encontrarem naquelas circunstâncias. A musa Clio não tinha poderes para alterar o que tinha feito então, para remediar um pouco da situação, apagou a memoria a todos os que tinham estado envolvidos naquela grande confusão, mas, mesmo assim foi privada de ambrósia por quatrocentos anos. Acho que nesta parte do texto foi para nos mostrar mais um vez que todos os nossos atos têm consequências, no caso da musa Clio, ela ainda conseguiu apagar da memoria das pessoas o que tinha acontecido, mas nós não temos a capacidade de fazer isso, qualquer coisa que façamos vai sempre fica marcada. 
Gostei bastante do texto e acho que nos dá uma grande lição de vida, a qual já referi, “tudo o que fazemos vai sempre ter consequências”.
Carolina Bonifácio, 8ºB


Este conto começa com Clio, a deusa da história, adormecendo de tanto cansaço. Com este descuido, ela amalgama duas datas, as de 4 de Junho de 1148 e a de 29 de Setembro de 1984. Numa dessas datas (29 de Setembro) encontrava-se muitos automobilistas na avenida gago Coutinho e na outra data (4 de Junho) encontrava-se um exército de árabes. Quando os dois se juntaram houve muita agitação, preocupação e confusão.
Entretanto, Manuel Reis Tobias, um agente da PSP, apercebendo-se do que estava a acontecer, decidiu chamar reforços.
Manuel da Silva Lopes, um camionista, avistando toda aquela confusão, saiu do seu camião e decidiu mandar uma pedra para o exército de Ibn-el-Muftar, e logo de seguida Ibn-el-Muftar deu uma ordem e vinte archeiros lançaram as suas setas.
Esta é uma das razões pelas quais leva os árabes a atacaram as pessoas. Acho também que o camionista só queria ser o centro das atenções.
lbn-el-Muftar mostrava-se bastante irritado por todos os rumores e confusões em torno, e, então, em poucos minutos houve uma revolução da parte dos militares do seu exército. Ele aproximava-se da polícia, estes não se sentiam preparados para enfrentar cargas de cavalaria moura então corriam até à Cervejaria Munique, onde se refugiavam atrás do balcão.
Nesta parte do conto houve uma crítica, muito bem colocada, aos polícias de hoje em dia.
Para lbn-Muftar aquele acontecimento não teve grandes consequências, porque até se livrou de uma batalha com os guerreiros de lixbuna, mas para a polícia e para as outras tropas já não foi assim, eles tiveram que explicar o que estavam a fazer ali e o tinha causado aquele caus.
A musa Clio não tinha poderes para alterar o que tinha feito então, para remediar um pouco da situação, apagou a memória a todos os que tinham estado envolvidos naquela grande confusão, mas, mesmo assim foi privada de ambrósia por quatrocentos anos. 
Esta parte do conto, mostra-nos que tudo o que nós fazemos tem consequências e que às vezes não temos a sorte de remediar parte dos nossos descuidos.
Como a musa Clio desfez o acontecimento, ninguém se lembrou do que tinha acontecido, por isso é que é a inaudita guerra da avenida Gago Coutinho.
Em resumo, gostei bastante do conto e acho que nos faz pensar em muitas coisas, como nas pequenas acções que podem parecer insignificantes para nós, mas que podem levar a grandes conflitos.
Inês Almeida (8ºB)


O conto “A inaudita Guerra da avenida Gago Coutinho ” começa, quando Clio, musa da História, adormece enquanto fazia a tapeçaria, pondo dois fios da tapeçaria da história, entrelaçados que une as datas de 4 de Junho 1148 e de 29 de Setembro de 1984.
Para distinguir as duas épocas, o vocabulário que se refere ao séc. XII e aquele que se refere ao séc. XX são diferentes 
“Viu-se de repente o exército envolvido por milhares de carros de metal, de cores faiscantes, no meio de um fragor estrondoso - que veio substituir o suave pipilar dos pássaros e o doce zunido dos moscardos - e flanqueado por paredes descomunais que por toda a parte se erguiam, cobertas de janelas brilhantes.” – Expressão do séc. XX
“…em toda aquela área, um estridente rumor de motores desmultiplicados, travões aplicados a fundo, e uma sarabanda de buzinas ensurdecedora. Tudo isto de mistura com retinir de metais, relinchos de cavalos e imprecações guturais em alta grita.” – Expressão do séc. XII
Os automobilistas de Lisboa apanharam um grande susto ao verem a tropa de Ibn-elMuftar formada por árabes.
Já os árabes viam-se envolvidos por milhões de “coisas” que nunca tinham visto. 
O recurso à adjetivação, ao pormenor das descrições e a figuras de estilo como: enumeração, onomatopeias e hipérbole são outros dos recursos utilizados pelo autor para nos fazer imaginar a desordem (confusão) da situação.
Existem algumas personagens, como, por exemplo: Clio, a musa da História, ou seja, aquela que está a fazer o tapete e adormece; Ali-bem-Yussuf, o ; El-Muftar; Comissário Nunes; Capitão Soares; Coronel Rolão. Ou seja, estas personagens acabam por ser as mais faladas ao longo do texto. Depois temos o exército, os automobilistas e o Manuel da Silva Lopes. 
O narrador, situando-se fora da narrativa – narrativa na 3ª pessoa -, conta-nos como o narrador observa os acontecimentos através de uma focalização subjetiva.
Estamos perante uma narrativa fechada, pois o conflito é solucionado e são dadas a conhecer ao leitor as consequências para cada um dos grupos.
No final, a musa da história acorda e tenta emendar o seu grande erro e acaba por conseguir apagar a memória dos homens mas não onde estavam e o que estavam lá a fazer e estes mesmos têm de tentar arranjar uma desculpa para em processo marcial.
A musa da história foi privada de ambrósia por quatrocentos anos.
O título “A inaudita Guerra da avenida Gago Coutinho ” tem este título, pois maior parte da guerra entra os lisboetas e os árabes ocorre na avenida Gago Coutinho. 
O adjetivo “Inaudita” que se encontra no título significa que aquela guerra na Avenida Gago Coutinho foi rara/ extraordinária/incrível, pois não devia ter acontecido.
Este texto tem como objetivo de demonstrar que as consequências da nossa mente e são refletidos no que estamos a fazer, ou seja, quando a cabeça não tem juízo o corpo e que paga.
Joana Marques (8ºB)


A deusa Clio, deusa da História, aquela que tece um tapete de milhares de anos, contando a história da humanidade, com todos os pormenores dela. Cansada de um fardo tão grande, adormece! E cria um nó no tempo: duas datas completamente distintas cruzam-se, 4 de Junho de 1148, e 29 de setembro de 1984. 
Achei muito interessante a ação que leva a desenrolar esta história, pois o texto relaciona uma deusa com mouros do século XII e população do século XX.
Os automobilistas, nessa manhã, na Avenida Gago Coutinho em direção ao Areeiro, depararam-se com um exército de mouros que cavalgava em rumo a Lixbuna para atacar a cidade. 
Os civis ficaram muito assustados, pensando que se tratava de gravações para um anúncio ou um filme, enquanto a mourama pensava que estava no inferno, com aqueles edifícios, viaturas… O lugar-tenente de Ibn-el-Muftar (o chefe das tropas), Ali-ben-Yussuf começou logo a orar.
Esta situação é muito importante, pois consegue-se distinguir facilmente a diferença entre a mente, do séc. XII e XX. Os mouros não sabiam explicar, e eram muito ligados à religião, (como alguns locais do mundo na atualidade), então a razão mais óbvia seria, que aquilo era um castigo de Alá. Estariam no inferno ou enfeitiçados. 
A parte em que se fala da maneira como os mouros viam o cenário, mais precisamente a Avenida Gago Coutinho, é muito descritiva, e acho que da forma que é enumerada é muito precisa e leva o leitor a perceber ainda mais a razão por que as tropas pensavam que era o inferno. 
Os mouros ficaram irrequietos devido ao cenário, mas não pensaram em atacar pois os civis não pareciam armados. 
Manuel Reis Tobias, agente de segunda classe da PSP, que naquela manhã vigiava o trafego, tratou logo de mandar uma mensagem pelo intercomunicador da sua mota para o posto, avisando do que estava a ocorrer. Com uma chamada para o ministro e surgiu a confirmação de que aquela confusão seria uma manifestação não autorizada.
Poucos minutos depois encontrava-se a polícia de intervenção no parque de estacionamento do Areeiro.
Nesta altura, já os condutores tinham evacuado os seus carros. Até que um condutor de um camião que transportava cerveja, Manuel da Silva Lopes, que muitas vezes se encontrava em problemas nas estradas, decide mandar um calhau miúdo, e que por acaso acerta em Mamud Beshewer.
Imediatamente, Ibn-Muftar dá ordem de fogo para vinte archeiros. Todos os civis de abrigaram.
O comissário Nunes, à frente dos pelotões da polícia de choque, começa a “varrer” todos os civis, uns para o Bairro dos Atores e outros para a Praça do Areeiro.
Ibn-Muftar ao vendo os pelotões decide atacar, mas estes fogem para trás do balcão da Cervejaria Munique.
A tropa do Ralis e a Escola de Prática de Administração Militar, que iam em direção ao local da confusão, ficaram presas no trânsito de camiões TIR.
O capitão Aurélio Soares deixou as viaturas na Avenida Estado Unidos, e foi dar de caras com as tropas mouras, acenando um lenço branco, que fez com que Muftar não dê-se ordem para atacar. 
Conseguiram cumprimentar-se, o capitão e o chefe mouro:
“-Salam aleikum.”
“-Aleikum Salam”
Achei muito engraçado este desenrolar da história, pois as personagens utilizadas foram criadas com um nome completo (Manuel Reis Tobias, Manuel da Silva Lopes, Arélio Soares, comissário Nunes, Mamud Beshewer…), aparecimento do nome das ruas, praças, cervejarias… ao longo do decorrer da ação. 
Tem o seu lado cómico, porque todos os esforços feitos pelos Homens do século mais recente foram completamente furados, nenhum plano atingiu o seu objetivo, apesar das tecnologias, instruções, treino… E também a situação em que os mouros decidiram atacar os policiais de intervenção, e terem fugido para trás do balcão da Cervejaria, é cómica.
Dá-nos a entender que os mouros ao ver o comissário Nunes a acenar um trapo branco, apesar de não existir na sua altura aquele gesto, subentenderam que não era sinal de ataque. 
A deusa acorda, e, ao ver aquele terrível nó, desembaraçou-o. Tudo voltou ao normal. Mas ninguém se tinha esquecido do que ali acontecera naquela manhã. Clio não podia fazer com que aquelas partes da história voltassem à estaca zero, mas existia uma maneira de fazer esquecer aquela confusão. Borrifou todas as pessoas presentes com água do rio Letes. 
No momento de mais tensão é quando a confusão, o confronto de séculos, termina.
Apesar de ninguém se lembrar do que se passara, o caus continuava instalado, os pelotões da polícia, aquele trânsito… Nenhum Homem conseguia explicar o que se tinha passado.
Menos prejudicial, foi para Ibn-el-Muftar que desistiu de conquistar Lixbuna e partir noutra direção.
A deusa da História foi privada de ambrósia durante quatrocentos anos.
Este texto narra uma história muito descritiva, e com pouco mas existente diálogo. O vocabulário é rico, e variado. Pois algum é referente ao século XII (Lixbuna, Salam aleikum…) e outro ao século XX (automobilistas…).
Na minha opinião, é uma história irrealista, mas com elementos realistas (nome de ruas, pessoas…). O narrador não está presente.
No título, “A inaudita guerra na Avenida Gago Coutinho”, o adjetivo “inaudita” significa que nunca foi ouvida, que não se soube que aconteceu. No título esta palavra tem como função criar uma mensagem de que esta “guerra” realmente aconteceu, mas que ninguém soube da sua ocorrência.
Lara Kwai (8ºB)

Clio, a musa da História estava encarregue de tecer a tapeçaria que criava a história, e por causa do seu enfadonho trabalho, adormeceu por instantes. Os dedos de Clio, de tão habituados que estavam de fazer o seu trabalho, mesmo depois de esta adormecer, continuaram a tecer, embaraçando-se assim duas datas: 4 de Junho de 1148 e 29 de Setembro de 1984.
No dia 29 de Setembro, os automobilistas que estavam na Avenida Gago Coutinho, com direção para o Areeiro, assustaram-se quando lhes aparece um exército berbere pelo caminho. As tropas de Ibn-elMuftar apareceram na Avenida Gago Coutinho, porque na data de 4 de Junho de 1148 estavam-se a preparar para invadir Lixbuna (Lisboa).
O texto todo tem uma grande variedade de vocabulário, originário tanto do século XX, como do século XII, com o objetivo de conseguir envolver os leitores no século em destaque (acho eu). Muitas palavras menos conhecidas têm a ver com a cultura muçulmana, como o inferno corânico, ou jiins encabriolados. Nos tempos que correm essas palavras são ditas como «estanhas», a nosso ver, nunca imaginaríamos que jiins encabriolados significaria: espíritos e demónios da crença árabe.
Quando as duas datas se cruzaram, e depois de os mouros estarem entre os automobilistas, a confusão instalou-se: os cidadãos atiravam palpites, como os de que estariam no meio de filmagens de um filme ou de um reclame. Já os árabes ponderavam se teriam caído no inferno corânico; se teriam feito algum desagrado a Alá; se estavam a ser vítimas de algum feitiço cristão; ou ainda se se tratava de alguma partida de espíritos ou demónios.
A história está muito bem construída, recorrendo a diálogos entre as personagens, como o do comissário Nunes para os seus homens; a narrações e a descrições. O narrador desta história, como é um narrador presente, mas não participante, sabe, melhor do que ninguém os pensamentos das personagens, mostrando-nos uma perspectiva diferente, podendo dar ao leitor uma maneira de perceber melhor o que cada personagem sente e pensa. Dando-nos, também, descrições muito pormenorizadas, baseado nesse conhecimento das personagens. 
Entre os intervenientes na ação destacam-se: Ibn-elMuftar, o líder dos mouros; Manuel da Silva Lopes, que na minha opinião, foi bastante importante para todo o desenvolvimento da história, a partir desse ponto, apesar de ele só ter atirado uma pequena pedra, foi o bastante para desencadear uma série de acontecimentos; a prova que um pequeno gesto, por mais insignificante que seja, pode ter grandes consequências; o agente da PSP Manuel Reis Tobias, pois foi quem conseguiu manter a cabeça fria e comunicar para o posto de comando o acontecimento, não entrando em “pânico” perante o aparecimento de um exército de mais de dez mil árabes no meio de uma importante avenida; o comissário Nunes, quem comandou as tropas da polícia de intervenção pelo Areeiro; o capitão Aurélio Soares, que foi mandado para o meio da situação para fazer um reconhecimento do acontecimento e que conseguiu comunicar com Ibn-elMuftar; e a personagem principal, (a meu ver), a deusa Clio, que pode não ter interagido muito na história, mas se formos a ver, sem ela não teríamos esta esquisita situação, nem a solução para a desfazer.
Clio, depois de se ter apercebido da situação tentou remediá-la, começando por, em primeiro lugar, desfazer o nó que as duas datas tinham criado; e, em segundo lugar, por apagar a memória dos intervenientes, já que era impossível voltar atrás no tempo. Para Ibn-elMuftar, o acontecimento não tinha sido muito grave, pois aproveitou e seguiu caminho para outras paragens; no entanto, foi mais difícil para o comissário Nunes e ao capitão Soares terem de explicar porque é que estava o exército da força de intervenção na praça do Areeiro, e porque é que os homens do comissário Nunes estavam a fazer atrás do balcão da Cervejaria Munique.
Após a compreensão e a releitura do texto, o adjetivo “inaudita” é bem usado, porque a Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho nunca foi «ouvida», ninguém se lembra ou ouviu falar em tal acontecimento no dia 29 de Setembro de 1984, na avenida Gago Coutinho.
Maria Carolina Matos (8ºB)



quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

"A Aia", de Eça de Queirós - Comentários

No estudo do conto "A Aia" de Eça de Queirós, pediu-se ao alunos que elaborassem uma ficha de leitura do mesmo. Da estrutura da ficha de leitura proposta, os alunos devem fazer um comentário. Esse trabalho é orientado através de uma lista de tópicos que poderão / deverão ser usados pelos alunos.

Publicamos alguns desses trabalhos:

O conto “A Aia” começa pela morte do rei, logo no segundo parágrafo. A partir daí, passamos a ter o conhecimento de um inimigo da família real, o irmão bastardo do rei, no quarto parágrafo. Também ficamos a saber, com a leitura do quinto parágrafo, que existem dois bebés no palácio: o príncipe e um escravo.
A aia mata-se, de modo a poder ir tomar conta do seu filho; o príncipe fica a salvo, graças à brilhante ideia da aia, de trocar o escravo e o príncipe de berços; o tio bastardo morre esmagado, ao fugir do palácio. Com a apresentação de todos estes pontos, pode concluir-se que a delimitação da ação é fechada. Tudo fica resolvido e a história tem um fim bem definido.
Existem algumas personagens (como por exemplo: o homem que leva o príncipe quando o castelo está a ser assaltado, o cavaleiro que anuncia a morte do rei e o velho que sugere a recompensa para a escrava) no texto que não são suficientemente importantes no decorrer da história para serem aqui descritas. Ou seja, estas personagens são apenas figurantes. O rei acaba por ser uma personagem secundária: tudo gira em volta da sua morte, mas ele não participa diretamente na ação. Existem personagens mais importantes (mas ainda não principais) como: a rainha, o pequeno escravo, o príncipe e o tio. Na minha opinião, a personagem principal é a aia. Em primeiro lugar, porque o título do conto é “A Aia”. Como é a aia que salva o príncipe, isso confere-lhe uma grande importância em toda esta narrativa.
Toda a ação decorre no castelo de um reino, onde habita a família real. Quanto ao meio social, este é um meio de riqueza, pois é descrita a corte real.
Em nenhuma parte é especificado o tempo histórico da história. Mas sabe-se que esta se desenrola num tempo passado, em que ainda existiam escravos, guerras entre reis e reinos e tesouros bastante valiosos. No texto, existem várias provas disso, como é exemplo: “Era uma vez um rei… que partira a batalhar por terras distantes…”, “Mas este era um escravozinho, filho da bela e robusta escrava que amamentava o príncipe.” e “… que ela fosse levada ao tesouro real, e escolhesse de entre essas riquezas, que eram as maiores da Índia…”.
O narrador é não participante, e é também subjetivo pois faz alguns comentários a certas situações. Uma frase que o comprova é: “Ai! a presa agora era aquela criancinha, rei de mama, senhor de tantas províncias, e que dormia no seu berço com o seu guizo de ouro fechado na mão!”.
A aia, ao sujeitar o seu filho à morte, teve uma atitude corajosa e talvez surpreendente, porque não se está à espera que uma mãe entregue o seu filho apenas para proteger o filho de outra pessoa. Quanto à morte da aia, também foi um desfecho inesperado para a história, pois ao aparecer a oportunidade de ficar com diversas riquezas da família real, a escrava só queria saber do seu querido e amado filho. Um título que eu acho que também se encaixaria nesta história era “Um Amor Eterno”, porque a ama quer continuar a cuidar do seu filho no tempo depois da vida (eternidade).
Madalena Castro, 9ºC

       O conto “A Aia” é um texto narrativo que se divide em três partes bem distintas: introdução (1º e 2º parágrafos), desenvolvimento (do 3º ao 17º parágrafo) e conclusão (do 18º ao 20º parágrafo). A narrativa é fechada, pois a ação é solucionada até ao pormenor e dão-nos a conhecer o que aconteceu a cada uma das personagens principais e secundárias.
A personagem principal deste conto é a Aia. Ela era bela, robusta, corajosa, leal e cristã. A rainha, o rei, o seu irmão bastardo, o príncipe e o escravo são personagens secundárias. A rainha estava solitária, triste, chorosa e desventurosa. O rei era moço, formoso, rico, valente e alegre. O irmão bastardo do rei, tio do pequeno príncipe, tinha uma face escura, era temeroso, corrupto, agressivo e cruel. O príncipe tinha o cabelo louro, fino e era frágil. O escravo possuía cabelo negro, crespo, vivia seguro, era simples e livre. Os olhos de ambas as crianças brilhavam como pedras preciosas.
A ação decorre num palácio situado num reino abundante em cidades e searas. As  câmaras (onde o príncipe e o escravo dormiam e a dos tesouros) são os locais centrais desse castelo. O espaço social desta história é um palácio habitado pela rainha, por senhores, pelas aias, pelos homens de armas e outros servos.
Ao longo do conto, são apresentadas várias marcas do tempo cronológico, como por exemplo: “A Lua cheia… começava a minguar” (l. 5 e 6), “Ora uma noite, noite de silêncio e de escuridão” (l. 83) e “…a luz da madrugada, já clara e rósea…” (l. 152).
Nesta história, não existem datas específicas que nos facilitem a localização da mesma no tempo histórico. Como é referido no 15º parágrafo do texto, existiam grandes riquezas da Índia na câmara dos tesouros do palácio real. Podemos assim supor que esta narrativa decorreu durante a época dos Descobrimentos.
Quanto à presença, o narrador é não participante, pois utiliza verbos como “vira”, “apareceu”, “chorou”, “seria” e “era”, ou seja, narra na 3ª pessoa. A sua posição é subjetiva, porque o narrador narra os acontecimentos, declarando ou sugerindo o seu ponto de vista, tal como podemos confirmar com a seguinte frase do texto: “Todavia também ela tremia pelo seu principezinho!” (l. 50).
No meu ponto de vista, a atitude da Aia foi muito corajosa e surpreendente. Ela mostrou que adorava a família real, não por aquilo que possuía, mas sim por aquilo que era por dentro, o que, hoje em dia, é raro acontecer. A escrava era uma verdadeira católica, pois não é qualquer pessoa que, sabendo que não existem provas de que a vida continua no céu, abdica da sua vida, muito menos de a dum filho, a fim de salvar alguém.
Este texto poderia ser designado “A Salvação de um Reino”, porque a Aia salvou o pequeno príncipe; o futuro rei de um reino abundante em cidades e searas.
Inês Cordeiro, 9ºC


O conto “A Aia” baseia-se na história de uma escrava, a personagem principal, que faria qualquer coisa pelo bem do seu reino. A aia acredita que existe vida depois da morte, por isso, quando o seu senhor morre, ela chora a sua morte, mas além disso acredita que o vai servir noutro mundo. Desta forma, as outras personagens da história são: o seu filho, um simples e livre escravozinho; o rico principezinho, de quem a aia tomava conta; o rei que morrera numa batalha; a rainha, que chorou desalmadamente a morte do pai do seu filho; o irmão bastardo do rei, que iria fazer de tudo para conseguir a realeza, ou seja, era o grande inimigo do príncipe que agora não tinha o seu pai para o defender. As personagens referidas anteriormente são personagens secundárias, isto é, não têm tanta importância na história como a aia.
Tudo isto se passa num palácio de um reino abundante em cidades e searas. Palácio esse que passou a ser reinado por uma mulher entre mulheres, o que fez com que faltasse disciplina viril. Deste modo, ao ler este conto, ficamos a saber qual era o ambiente na corte, isto é o espaço social. Assim, a corte é constituída pelos seus reis, príncipes, aias e guardas. Os reis são muitas vezes invejados, daí se causarem várias guerras pelo seu poder.
Quando a aia salva o principezinho de cair nas mãos do seu temeroso tio sacrificando a vida do seu próprio filho, sugeriram que “ela fosse levada ao tesouro real, e escolhesse de entre essas riquezas, que eram as maiores da Índia, todas as que o seu desejo apetecesse…”. Segundo esta frase do texto, podemos concluir que o conto decorre ao longo da época das descobertas. Contudo, no texto existe referência a cavaleiros, tochas, métodos de batalha mais antiquados como o uso de flechas, entre outros o que faz com que possamos deduzir que o texto se passou na Idade Média, isto é, o tempo histórico deste conto. Quanto ao tempo cronológico, não existem datas apresentadas no texto, mas existem marcas do tempo, como por exemplo: “nesse céu fresco de madrugada”, “ora uma noite, noite de silêncio e de escuridão”, “noite de Verão” e “a Lua cheia que o vira marchar… começava a minguar”.
O narrador d”A Aia” tem uma posição subjetiva, pois defende uma opinião face ao que conta, leva-se em conta com as emoções e os sentimentos envolvidos na história e faz pequenos comentários, como o seguinte: “Ai! a presa agora era aquela criancinha, rei de mama, senhor de tantas províncias, e que dormia no seu berço com o seu guizo de ouro fechado na mão!”. Desta forma, demonstra uma pequena preocupação com o futuro do pequeno príncipe. O narrador também demonstra as suas preferências através da utilização de recursos estilísticos, como por exemplo: “Quantas vezes, com ele pendurado do peito, pensava na sua fragilidade, na sua longa infância, nos anos lentos que correriam antes que ele fosse ao menos do tamanho de uma espada…” (metáfora). No entanto, o narrador é não participante, porque não participa na história e limita-se apenas a narrá-la.
No final do conto, a Aia pegara num punhal e cravara no seu coração, pois iria ter com o seu filho ao céu. Assim, podemos concluir que o conto é uma narrativa fechada, pois se conhece o definitivo fim da história e o destino das personagens. A história ficou solucionada.
O conto divide-se em três partes, conforme a sua estrutura: a introdução, nos dois primeiros parágrafos; o desenvolvimento, do terceiro parágrafo ao 16º parágrafo; a conclusão, nos três últimos parágrafos. Deste modo, as partes essenciais da ação foram nos parágrafos do desenvolvimento, pois é quando a ação de desenrola.
Para concluir, achei a atitude da aia de uma grande coragem e amor. A aia renunciou ao seu prémio para ir ter com o seu verdadeiro tesouro, o seu filho, ao Céu. Para mim, a aia agiu de uma forma que poucas pessoas o fariam, pois não iriam perder aquela imensidão de ouro e tesouros por nada deste mundo. Visto que a pobre escrava era tão verdadeira e no meio de tanta tristeza por não ter o seu filho, mesmo salvando o seu rei, acho que agiu de acordo com o seu coração, mesmo não tendo sido o que eu inicialmente esperava na conclusão do conto. Desta forma, achava que este conto poderia ter como título “O amor pelo próximo”, pois transmite uma forte mensagem de amor.
Margarida Pinheiro, 9ºC


Neste conto, a introdução localiza-se entre o primeiro e o terceiro parágrafo, o desenvolvimento desenrola-se entre o quarto e o décimo sexto parágrafo e a conclusão corresponde aos últimos quatro parágrafos.  A ação é fechada porque é solucionada até ao pormenor.
Na história, cada personagem tem a sua importância, por isso: a Aia é a principal; o rei, a rainha, o tio bastardo, o príncipe e o escravozinho são as secundárias e o mensageiro, o capitão das guardas, a legião de archeiros, a horda, a multidão e os guerreiros que lutaram contra o rei são os figurantes.
O espaço físico onde se deslocam as personagens é o palácio e o espaço social é a corte (pertencem à nobreza).
A ação é passada de noite (tempo cronológico), tal como está descrito na expressão da primeira linha do nono parágrafo “Ora uma noite, noite de silêncio e de escuridão”.
O tempo histórico é a Idade Média, uma vez que o conto fala da vida na corte, do rei e de batalhas.
O narrador é não participante, pois o discurso é feito na terceira pessoa. Quanto à sua posição, pode ser classificado como subjetivo, uma vez que, nas três últimas linhas do quarto parágrafo, ele declara a sua posição em relação aos acontecimentos.
Na minha opinião, a Aia teve uma atitude nobre, ao abdicar da vida do seu filho para salvar o principezinho, pois só uma pessoa com um grande coração e bondade é capaz de fazer o que ela fez.
Em conclusão, considero que o conto tem o título indicado, pois representa a personagem que teve a atitude mais importante da história (A Aia). Assim sendo, não escolheria outro para o substituir.
Maria Inês Oliveira, 9ºD


O conto “A Aia” é uma narrativa fechada, porque todas as ações são solucionadas até ao pormenor.
As partes essenciais desta história encontram-se no primeiro parágrafo (introdução) que nos diz que o rei parte para a batalha, é também derrotado e acaba por morrer; a partir do quinto parágrafo (desenvolvimento), com o aparecimento do tio malvado que manda atacar o palácio e onde ainda acontece a troca de berços; e ainda nos últimos três parágrafos (conclusão), quando a aia, por amor ao filho crava o punhal no coração.
As personagens são seis, sendo elas: o rei, o tio, a rainha, o príncipe, o escravo e a aia.
O rei era um jovem moço e valente, adorado pelo reino que batalhava por terras, deixando o trono, a rainha e o seu filho recém-nascido sozinhos. O tio é uma personagem cruel, ambiciosa e temerosa que surge com o objetivo de alcançar o reino para poder governá-lo. A rainha é uma majestade chorosa, triste e angustiada, quando sabe que o rei morreu na batalha, quando pensa que o seu filho foi levado a mando do tio e ainda grata quando sabe que a aia o salvou. O príncipe é o bebé herdeiro ao trono, com cabelo louro e olhos reluzentes, protegido principalmente pela aia e por sua mãe. O escravo, também recém-nascido, tem cabelo negro e tal como o príncipe, olhos reluzentes, é um bebé simples e seguro.
Por fim, a aia, a corajosa mãe que sacrifica o próprio filho para proteger o herdeiro ao trono a que sempre foi fiel. Sofredora, dedicada, decidida e perspicaz, assim a podemos descrever.
As personagens principais são: a aia, o escravo e o principezinho, todas as outras são secundárias.
As principais ações deste conto passam-se num grande reino “abundante em cidades e searas”, mas a morte do rei passa-se na batalha onde é derrotado (espaço físico). Todas as ações decorrem numa família real (espaço social).
Não são referidas datas no texto, mas existem algumas expressões como “lua cheia”, “noite de silêncio” e “uma noite”, que nos fazem pensar que os acontecimentos mais importantes aconteceram durante a noite. No entanto, é de madrugada que a aia decide ir ter com o filho, suicidando-se. Se quisermos classificar este conto em tempo histórico, podemos dizer que aconteceu em tempo medieval, graças à existência de batalhas e reinos.
O narrador é um narrador não participante, ou seja, não entra nas ações narradas. A posição que assume é subjetiva, porque apesar de não entrar nas ações que narra, é parcial.
Na minha opinião, a atitude da aia foi surpreendente. Não foi apenas uma aia daquele trono, foi uma mulher fiel, que sacrificou a vida do próprio filho para proteger o principezinho. Acima de tudo era uma pessoa muito decidida e com uma grande coragem para fazer o que Eça de Queirós nos conta.
“A mulher que sacrificou um filho por um reino”, seria este o título que eu sugeria para este conto, pelas razões referidas anteriormente.
Damiana Mateus, 9ºD



NOTA: Atualização do post com a publicação de dois comentários.




sexta-feira, 22 de junho de 2012

Uma Questão de Cor - comentários


Um dos contos escolhidos para leitura obrigatória, no 8º Ano, é Uma Questão de cor, de Ana Saldanha. Iniciou-se a leitura, em sala de aula, num trabalho de interação entre alunos e professora, tendo sido iniciado o processo de construção da ficha de leitura seguindo a seguinte estrutura
Para a construção do comentário foi disponibilizado um guião que, sem ser obrigatório, se aconselhou que os alunos seguissem a fim de aprenderem a construir / treinarem a construção de comentários, conscientes de que comentar deva ser sempre  uma ação fundamentada.
Publicamos, a seguir, alguns dos comentários.


COMENTÁRIOS


              Observando a capa, este livro parece ter como principal tema o computador. Lendo o livro, pode-se verificar que este assunto é frequentemente abordado. O texto está dividido em dez capítulos, que estão organizados por ordem alfabética. Isto pode justificar-se devido ao facto da história ter muito a ver com o computador, pois é assim que um índice é feito em computador. A narradora da história chama-se Nina, tem treze anos e está completamente fascinada com o computador que recebeu no seu aniversário. Anda numa escola onde acha que quase toda a gente não é normal. O Vítor é o mais imbecil de todos.
            Nina é muito chegada aos seus pais, à sua avó e ao seu avô. Todas estas proximidades são justificadas em várias partes do texto, mas principalmente no capítulo número quatro, pois é quando a avó Olga tem um ataque de coração e toda a família se mantém unida para superar a dor. Daniel é seu primo, mas com esse, a proximidade não é tão abundante.   
            A história decorre em vários locais: em casa da família de Nina, na escola e no restaurante Inferno (apenas no fim do texto). Onde é mais habitual as cenas desenvolverem-se é em casa, porque é à volta da família que tudo se passa. Com a chegada de Daniel, o principal acontecimento da história, tudo muda. Alguns colegas gozam com o primo de Nina, ela tem de tomar uma importante decisão: se cede o seu quarto ao primo ou não e nada se torna fácil com a embirrância de Daniel. Primeiro, Nina começa por achar que Daniel é antipático, azedo e aborrecido. A sua impressão acerca dele vai mudando ao longo da narrativa. Já no fim, Nina acaba por admitir que, afinal, até gosta do primo.
            No sétimo capítulo, Nina critica a indiferença de Daniel quanto ao que os outros lhe fazem. Por ele ser negro, os colegas gozam com ele mas, o pior de toda a situação, é que Vítor não fala com ninguém acerca disso ou nem sequer tenta falar com os colegas que lhe fazem mal.
            O último capítulo (Juízo Final) é onde Nina faz uma reflexão sobre tudo e decide que afinal o primo e o Vítor não são assim tão más pessoas. O que ainda não descobriu foi por que razão é que Daniel se mudou para a sua escola. O título do livro tem a ver com o facto de tudo ter a ver com a cor de Daniel e que nem sempre vale a pena ligar ao racismo das más pessoas.
            “Uma Questão de Cor” é um livro que nos ensina que não é por uma pessoa ser diferente que pode ser gozada e mal tratada.
Madalena Castro, 8ºB


O tema dominante nesta obra de Ana Saldanha são os computadores, tal como podemos observar na capa do livro Uma Questão de Cor. Para além disso, podemos concluir que outro dos temas dominantes é a cor de pele das pessoas, pois na capa do livro podemos ver no ecrã do computador a imagem de uma pessoa pintada a branco e com várias cores à escolha no lado direito.
Esta história está dividida em 10 capítulos, os quais estão por ordem alfabética (da letra A à J). Nos computadores podemos organizar os documentos por ordem alfabética e, por isso, podemos concluir que este facto está associado às obras técnicas, uma vez que este livro faz muitas vezes referência à informática, especialmente, aos computadores.
O título deste livro refere-se ao facto de, muitas vezes, os direitos e a forma de como as pessoas são tratadas terem em questão a cor da nossa pele, tal como é exposto nesta obra.
A narradora desta história é a Nina. Ela é uma adolescente responsável, vaidosa e autoritária. Não gosta do racismo mas adora a sua avó, o seu gato de peluche chamado Silvestre, jogos de computador e o cor-de-rosa.
O Daniel é uma das personagens mais relevantes, em particular pela sua relação com a narradora. No 4º capítulo podemos ler que ela começa a utilizar a base de dados para fazer a ficha do Daniel em que fala muito mal dele. Diz que ele tem uma idade mental de 2 meses e que o seu tratamento deveria ser a receção de desdém e a colocação de tarântulas no meio dos seus lençóis. Para além disso, durante esse capítulo, ela tenta enervá-lo indo para a sala ver desenhados animados com o som no máximo enquanto ele estava lá a ler. Portanto, naquela altura, a relação entre eles os dois era um pouco má. O pai e a mãe também são personagens importantes devido à relação com a narradora pois quando toda a família da Nina estava num momento de tensão, ela refere que gostava de estar na cama dos seus pais aconchegada contra a mãe e com o braço do pai por cima do seu ombro como quando era criança. Nota-se, portanto, que tinham uma relação muito pacífica e carinhosa.
Ao longo desta obra, as personagens interagem na casa da Nina (na sala, no quarto inicialmente dela e no escritório), na escola (na sala de aula e na cantina), na rua e no restaurante Inferno.
O racismo dos seus colegas pelo Daniel é o acontecimento que está no centro desta história. A Nina, ao longo da obra, mudou imenso as suas atitudes e sentimentos pelo seu primo Daniel. Quando ele se mudou para sua casa, achava-o muito chato e egoísta. Ela tentava sempre irritá-lo mas acabava sempre por acontecer o contrário. Quando os seus colegas começaram a insultá-lo, ela acabou por protegê-lo e dar-lhe conselhos. No final da história, eles tornaram-se grandes amigos e a narradora passou a achá-lo muito simpático.
Com a leitura do capítulo 7, podemos concluir que, muitas vezes, o racismo pode originar o autodesprezo das pessoas que são vítimas do mesmo. Para além disso, elas podem retribuir-nos com a mesma moeda, maltratando as outras pessoas tal como elas fazem. Valores como o direito à diferença e o respeito por toda a sociedade são explorados neste capítulo.
No 8º capítulo, achei muito interessante quando o Daniel diz que devemos sempre lutar por aquilo que acreditamos para, assim, obtermos o bem-estar da sociedade.
Gostei especialmente da atitude do Danny no capítulo 9 quando ele apareceu na festa de aniversário do Vítor. Com essa ação ele quis transmitir que nunca devemos mostrar parte fraca ao nosso inimigo nem devemos jogar o seu jogo.
O título do último capítulo é “Juízo final” porque, nesse capítulo, o Vítor é levado ao julgamento final, ou seja, ele foi desculpado pelos seus atos e tornou-se amigo da Nina e do Daniel.
Inês Cordeiro, 8ºB



Quando olhamos para ao capa do livro, podemos visualizar um computador. Ficamos logo com a ideia de que na história existe um computador, mas que quem está no computador terá problemas com a pessoa que está no fundo da capa a abrir a porta. Este livro é constituído por dez capítulos, estando todos eles organizados por ordem alfabética. Podemos relacionar esse acontecimento com a capa do livro porque, num computador, como aquele que a capa nos mostra, é muito fácil de o fazer.

A autora deste conto é Ana Saldanha, nascida no Porto onde se licenciou em Línguas e Literatura Moderna. Doutorou-se na Universidade de Glawgow, ganhou o prémio Literário Cidade de Almada com o seu romance Círculo Imperfeito. É sobretudo conhecida como uma das melhores escritoras portuguesas para jovens.
Ficamos a conhecer, principalmente no 4º capítulo, outras personagens importantes para além da narradora. Em primeiro lugar, podemos falar dos pais de Nina com quem ela tinha uma boa relação, apesar das discussões que tinha por causa do computador. Depois ficamos a conhecer duas personagens de quem a Nina gosta muito, o avô Geraldo e a avó Olga por quem tinha um carinho especial. Mais à frente ficamos a conhecer o colega Vítor Salema que se aproxima muito dela, mas que ela o acha uma aberração, no final depois de muitas desilusões e surpresas ficam grandes amigos. Logo no inicio da história ouvimos falar num primo com o nome Daniel que vai viver para casa dela e que irá frequentar a sua mesma escola. Com a sua chegada, a troca de quartos é do seu desagrado, mas depois quando o primo é alvo de racismo na escola, Catarina fica do lado dele e defende-o apesar de se sentir envergonhada. Acha que as suas atitudes são tudo menos normais mas mais tarde percebe que o primo até é simpático e segundo eu percebi tornam-se grandes amigos.
Os espaços principais onde a história se passa é na casa da Nina, na casa dos avós da Nina, na escola e em espaços diversos na rua como por exemplo a paragem de autocarros.

No centro do conto, o acontecimento mais importante é a mudança de Daniel, como já referi em cima e o fato de os amigos, colegas da Nina se revelarem muito racistas.
O título do último capítulo é “Juízo final”, a meu ver, está muito bem escolhido porque é no final que Nina, Daniel e Vítor acabam todos amigos numa tarde bem passada na piscina.
Penso que o título do livro está muito adequado à história porque sendo “Uma questão de Cor”, está relacionado com a cor do primo de Nina, que neste caso era negro.
Damiana Mateus, 8ºA


Neste conto, ao observamos a capa, a contracapa e o titulo, podemos afirmar que a obra fala sobre o racismo e sobre como a cor é decisiva na sociedade de hoje em dia, o que na minha opinião não é correto. Também podemos relacionar com computadores. Assim o índice deste livro está organizado por ordem alfabética, pois está organizado como a pasta de um computador
Nina, narradora da história, é alguém muito particular na minha opinião. Ela tem a sua própria maneira de ver o mundo, é impulsiva, responsável, justa, pois detesta atos racistas. Ela é uma adolescente branca que gosta de navegar na internet. Ela tem uma boa relação com a família, embora ache o seu primo Daniel um pouco infantil.

No quarto capítulo ficamos a conhecer melhor a família e os amigos de Nina melhor. Apesar de ter algumas discussões com os seus pais Nina tinha uma boa relação com eles. Nina também se dava muito bem com os seus avós, o avô Geraldo e a avó Olga. O Daniel, o seu primo, iria viver com ela, mas ela não era muito próxima dele, mas no final Nina acaba por descobrir que Daniel é simpático e ficam amigos. Também passamos a conhecer o seu “admirador”, Vítor Salema. Embora, ele a corteja-se várias vezes Nina recusava sempre, mas eram amigos.

Os principais espaços onde a história se passa é em casa de Nina (no escritório e no quarto de Nina), em casa dos avós de Nina, a escola e em diferentes locais da rua, como a paragem de autocarros.

O acontecimento que está na base de todas as confusões e conflitos falados nesta obra é a mudança de Daniel para a escola de Nina e como os colegas dela tiveram atos racistas com o Daniel. Com o passar do tempo Nina ficou mais amiga de Daniel e passava tempo com ela, para que Daniel não se sentisse posto de parte. Nina defendeu o Daniel dos seus colegas que implicavam com ele.

O título do último capítulo é “Juízo Final”, pois é neste capítulo que Nina fica a conhecer verdadeiramente Daniel. Vítor que se arrependeu das suas más atitudes ficou amigo deles e assim todos podem ser felizes e divertirem-se juntos, que foi mesmo o que aconteceu. O título da obra Uma Questão de Cor serve perfeitamente para a história, pois sem termos lido o livro ou lido uma pequena parte dele, ficamos com uma ideia do que o livro fala. Ao ouvirmos Uma Questão de Cor ficamos logo a pensar que tem a ver com as diferentes raças e como isso pode fazer a diferença, para algumas pessoas.

Quando comecei a ler o livro pensei que iria ser mais um livro sobre o racismo, era outro igual a muitos, mas afinal não! Este livro, para além de mostrar a importância que as pessoas dão à cor umas das outras, também mostra a importância da família e dos amigos e como não devemos por ninguém à parte. Toda a gente o devia ler, com este livro pode aprender-se uma grande lição!

Lara Trindade, 8ºA


terça-feira, 19 de junho de 2012

O cavaleiro da Dinamarca - comentários



Uma vez mais, nas turmas do 7ºAno (turmas A e B), foi feita a leitura orientada de O Cavaleiro da Dinamarca de Sophia Mello Breyner. 
Parte da leitura foi feita em sala de aula. Depois, e porque já tinha sido proposta a mesma atividade com o conto de Luis Sepúlveda -  A História de uma gaivota e de um gato que a ensinou a voar -  o trabalho foi concluído de forma autónoma pelos alunos. Com um prazo alargado, com a sugestão de estrutura de ficha de leitura e orientações para elaboração do comentário.
Publicamos, de seguida, alguns desses comentários.




Ao longo da história passamos por quatro Natais.
Logo no primeiro Natal, o Cavaleiro decide comunicar a sua família que no próximo Natal não iria estar presente, pois iria fazer uma peregrinação até a Terra Santa Jerusalém.
A personagem do Cavaleiro é uma personagem misteriosa, corajosa, fiel, segura e amigável.
É uma personagem misteriosa, pois naquele tempo não era muito normal uma pessoa tomar a decisão de viajar quase meio mundo; corajosa porque teve a coragem e a valentia suficiente para as fazer sozinho; fiel pois tendo oportunidade de ter uma vida melhor nunca o fez pensando sempre na mulher, nos filhos e nos amigos; segura porque o fez sempre com a convicção de que ia conseguir, mesmo nas situações mais complicadas e amigável pois em todos os locais onde parou fez amizades
Do meu ponto de vista, por aquilo que se lê nesta história, a personagem do cavaleiro é uma personagem muito corajosa, pois foi uma personagem que apesar das adversidades, nunca desistiu daquele que era o seu objetivo principal: ir a Jerusalém passar lá o Natal e regressar antes do Natal seguinte.
Durante a sua viagem o Cavaleiro ouviu histórias como, por exemplo, a história sobre Dante e sobre Cimabué contadas por Filippo ou a de Guidobaldo e Vanina contada pelo mercador de Veneza.
De todas elas a que mais me marcou foi a de Guidobaldo e Vanina, é uma história em que Vanina é uma pobre jovem bonita e esbelta, que esta pressa dentro de um palácio porque a sua mão estava prometida a um homem do qual ela não gostava e como tinha tutor muito mau e severo não podia namorar com ninguém e nem sequer podia sair de casa a não sequer que fosse acompanhada pelo seu tutor para ir a missa.
Mas um dia um lindo e jovem capitão chamado Guidobaldo que foi destemido e não teve medo de enfrentar o tutor de Vanina e pediu-lhe a sua mão em casamento; uma vez que este não quis saber do pedido de Guidobaldo, este decidiu fugir com a sua amada e nunca mais visto.
Não consigo explicar muito bem o porque de está ser a história que me marcou mais, mas acho que se deveu ao facto de ser uma história de amor e de felicidade em que o bem vence o mal e em que amor quebra todas as barreiras e todos os tipos de preconceito.
Para o cavaleiro encontrar o seu caminho de volta para casa passou por muitos perigos e por pessoa que lhe perguntavam sempre se ele não gostaria de ficar a viver com eles. Já na floresta da Dinamarca o cavaleiro também correu perigos pois como era de noite e estava muito nevoeiro não se conseguia ver nada, o que fez com que o cavaleiro tivesse muitas dificuldades em encontrara a sua casa. Este vem a encontrá-la de uma forma um pouco irónica até. Quando no meio da escuridão se acendeu uma luz muito forte o cavaleiro pensou que seria uma fogueira de um lenhador que também estaria perdido como ela, mas quando se aproximou viu que afinal não era nenhuma fogueira, mas sim um pinheiro cheio de luzes e viu também que ali era a clareira das bétulas, a sua clareira, tinha finalmente chegado.
Eu teria todo o prazer em fazer uma viagem do género, pois acho que viajar e conhecer outros países e outros povos é uma grande mais valia para qualquer pessoa de qualquer parte do mundo.
O narrador nesta história é sempre narrador ausente ou não participante como por exemplo: “Mas quando chegou em frente da claridade viu que não era uma fogueira”e “Então desceu sobre ele uma grande paz e uma grande confiança e, chorando de alegria, beijou as pedras da gruta.”.
Neste conto há mais do que um narrador, pois ao longo da história os amigos do Cavaleiro também contaram as suas as histórias e nesses momentos eles passavam a ser os narradores.
“Rezou pelo fim das misérias e das guerras, rezou pela paz e pela alegria do mundo. Pediu a Deus que o fizesse um homem de boa vontade, um homem de vontade clara e direita, capaz de amar os outros.” Esta frase marcou pois esta é uma coisa que muitos de nós pedimos quando rezamos, mas também demonstrou por outro lado a bondade e simplicidade do Cavaleiro porque ele não pede nada de luxurioso nem pede riqueza mas sim coisa simples como a paz e como a felicidade.
“Nunca o Cavaleiro tinha imaginado que pudesse existir no mundo tanta riqueza e tanta beleza.” Esta foi outra das frases que me marcou porque com ela ficamos a ter a noção de como o Cavaleiro era uma pessoa delicada e sensível a beleza ao mesmo tempo que era uma pessoa pobre vinda do campo e de um país muito menos desenvolvido.
Carlota Pina, 7ºA

Nesta história passam-se três Natais, em quais no primeiro o Cavaleiro passa junto dos seus familiares, parentescos e criados. E mesmo nesse Natal decide ir passar o próximo Natal à Terra Santa. Pois queria ir rezar na gruta onde Jesus nasceu e onde os pastores., os Reis Magos e os Anjos rezaram.

O Cavaleiro era um homem de família, pois dedicava tempo à família, carinho e amor. Este Cavaleiro era um homem cheio de coragem, pois fazer naquela altura uma viagem até à Terra Santa não era nada fácil. As viagens eram longas, não podiam comunicar e raros eram os peregrinos que iam e voltavam. 
Nesta história o cavaleiro retrata duas histórias pelas quais me interessei bastante. Uma foi a de Vanina e Guidobaldo e outra foi a de Dante e Beatriz. A de Vanina e Guidobaldo porque era uma linda história de amor, depois de ter passado muito. Ter sido órfã de pai e mãe e viver com Orso que era um tutor horrível. E a de Dante e Beatriz porque foi uma história que me fez odiar mais o mal e a desejar mais o bem, fez-me ver as coisas com outros olhos. Fez-me distinguir ainda mais o mal do bem, as coisas erradas das coisas certas… Esta história fez-me realmente refletir sobre as atitudes de nós “seres humanos”. Podemos ai ser novinhos, mas esta história de Dante e Beatriz faz muito sentido que nós tenhamos o conhecimento dela. Porque faz com que conseguimos distinguir o mal do bem. Pois muitas vezes achamos que isto só diz respeito aos nossos pais e avós. 
Outro aspeto que me marcou muito nesta história foi a maneira de como o Cavaleiro encontrou o caminho para a sua casa. Fez-me confiar ainda mais em Jesus. Pois foi através dele e dos seus anjos que encontrou o seu lar.
Com esta história aprendi imensa coisa que nunca tinha pensado em aprender. Gostava de fazer uma viagem destas, pois acho que me ia fazer crescer não sou fisicamente, como psicologicamente e interiormente.
Este livro marcou-me muito, fez-me ver a razão das escolhas, a promessa que foi cumprida. O Cavaleiro prometeu à sua família que ia lá estar lá dois anos a seguir e apesar de todos os obstáculos ele conseguiu e esforçou-se muito por isso. Percebi que o mais importante na vida é a família e quem nós mais amamos, pois sem elas não somos nada!
Cíntia, 7ºA


Este livro fala de um Cavaleiro que vivia no norte da Dinamarca com a sua familia numa floresta em que principalmente o Natal era uma altura muito feliz para eles onde tinham a tradição de contar sempre as mesmas histórias, havia grandes banquetes mas principalmente muita ALEGRIA! Acho esta parte em que fala do Natal uma das partes mais gira da história, pois eu, especialmete adoro o Natal e tudo o que esteja relacionado com este pois  é uma altura de partilha e entreajuda e é muito engraçado, neste texto haver referências das tradições, pois no Natal em quase todas as familias existem tradições, por mais pequenas que sejam.
 Depois nessa noite o Cavaleiro diz à familia que vai partir para passar o Natal onde Cristo nasceu, mas que no próximo Natal, se deus quiser já estaria de volta. E entretanto parte.... e aqui começa realmente a história, pois é aqui que o Cavaleiro começa a sua AVENTURA!
A sua viagem de ida correu muito bem chegou antes do tempo por isso pode visitar um pouco do país,a noite de Natal passou-a onde tinha previsto a rezar muito por toda a familia, mas depois a viagem de volta já não foi tão fácil. Foi um gesto muito bonito da parte do Cavaleiro ter rezado por toda a familia e não só por ele, pois mostra que tem coração e gosta muito da familia.
Entretanto a viagem de barco durou cinco dias e quando chegaram a Ravena o barco estava em mau estado e só daqui a uns meses poderia partir, a sorte é que encontrou um mercador com o qual travou amizade, o mercador de Veneza que o convenceu a ficar em sua casa. O Cavaleiro ficou encantado com aquela cidade. Numa certa noite, o mercador contou-lhe a história de uma rapariga chamada Vanina que era a rapariga mais bonita de Veneza. Estas histórias das cidades são sempre  giras porque com elas ficas a saber um pouco mais da história da cidade e dão sempre para um pouco de romantismo.
Continuou a viagem, pois não aceitou a proposta do mercador de ficar lá e criar um negócio, até que chegou a Florença, outra cidade que o Cavaleiro achou bela e onde ficou em casa de um amigo do mercador, o banqueiro Averardo.
Ao jantar, em casa de Averardo ouvia-se falar de astronomia, matemática, politica e de muitas outras coisas. Também se ficou a saber a história de artistas muito importantes como Giotto, Dante e Cimabué. O Cavaleiro ficou espantado com tanta sabedoria. Este jantar revela a cultura incrível de algumas pessoas que mesmo com tão poucos instrumentos conseguiram fazer grandes invenções e discutir ciências tão pouco conhecidas, o que revela muita coragem. Depois partiu novamente, até que ficou doente e teve de parar dois meses e meio num convento onde foi muito bem tratado pelos frades. Aqui se faz referência onde existia ajuda naquele tempo, os conventos era maioritariamente onde os peregrinos ficavam quando tinham de descansar ou de se curar e por isso acho que a Igreja teve um papel muito importante neste tempo.
Continuou viagem até que chegou a Flandres e novamente foi para casa de outro amigo mas desta vez de Averardo, ao jantar chegou um capitão que lhe mostrou pérolas, oiro e pimenta, que deixou o Cavaleiro muito impressionado, depois falaram sobre as viagens do capitão e numa dessas viagens o capitão fala de Lisboa, do tempo dos descobrimentos e de um senhor muito conhecido desse tempo, Pêro Dias. Achei muito importante falarem da altura dos descobrimentos no texto e de Portugal pois foi uma altura muito importante para o nosso país, com nomes muito celebres.
Por fim queria só referir que essa viagem serviu-lhe não só para peregrinação à “Terra Santa”, mas também para conhecer cultutas novas, gente nova, países novos, um turbilhão de novas aventuras que nunca teria descoberto se não tivesse ido.
Filipa Silva, 7ºA


Este livro fala sobre um Cavaleiro que vivia numa floresta com a sua família na Dinamarca, a frente da sua casa situava-se o pinheiro mais alto da floresta. Num certo natal, o Cavaleiro anuncia à sua família que no natal seguinte não estaria com eles porque iria estar na gruta onde nascera Jesus, em Belém, mas prometeu que no Natal a seguir estaria lá de novo. Todos ficaram muito preocupados, pois as viagens daquele tempo eram muito duras e longas, no entanto ninguém o tentou impedir. O Cavaleiro foi muito corajoso pois, as viagens naquele tempo eram muito perigosas, ele também aparenta ser muito religioso pois estava a arriscar a sua vida para ir a um lugar Santo, coisa que muita gente nesta altura não faz mesmo com as viagens muito mais seguras.
Na noite de natal já estava na gruta onde Jesus nascerá a rezar pelo fim das misérias e das guerras, pela paz e pela alegria do mundo. Pediu ainda a Deus que o fizesse um homem de boa vontade. Dá que pensar esta parte do texto, a maioria das pessoas que se encontrassem num lugar daqueles a primeira coisa que pediam, tenho quase a certeza, era para ficarem ricos e não para que o Deus fizessem deles pessoas melhores ou para que as guerras acabassem.
O Cavaleiro passou por vários lugares, entre eles, Veneza, onde ficou na casa Do Mercador de Veneza, Florença, onde ficou na casa do banqueiro Averardo Flandres, onde ficou na casa do negociante Flamengo. Estes três homens tinham uma coisa em comum, todos queriam que o Cavaleiro se junta-se aos seus negócios, mas o Cavaleiro disse sempre que não pois queria cumprir com a promessa que tinha feito á sua família. O Cavaleiro mostra-se um homem de palavra, pois muitos homens de agora se vissem uma oportunidade de negócio não recusariam e ficariam pouco interessados para com o que tinham prometido.
Carolina Bonifácio, 7ºB

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