quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Mitos inventados

Na 5ª oficina de escrita, nas turmas A e B do oitavo ano, fez-se a seguinte proposta a partir do estudo dos textos da literatura oral:

Criar um texto, à semelhança do que acontecia nos mitos, em que procure explicar a origem de um animal, planta ou fenómeno (Manual, Diálogos/8ºAno, Porto Editora, pág. 63).

Publicamos, de seguida, alguns desses textos elaborados na aula. 


Há muito, muito tempo atrás, haviam duas aldeias no meio de uma floresta. Uma era a aldeia verde que só comia vegetais, e outra era a aldeia vermelha que só comia carne.
Estas aldeias eram rivais! Havia muitos conflitos entra elas... Um dos motivos era porque sempre que a aldeia vermelha ia caçar, faziam grandes jantares e o cheiro da carne assada na fogueira vinha até à aldeia verde, o que era uma coisa que os habitantes verdes odiavam!
Mas havia uma exceção, um dos habitantes mais velho da cidade verde não gostava nada que existissem estas guerras. Este senhor chamava-se Alfredo e era uma espécie de feiticeiro que fazia poções para o bem.
Um dia, questionou-se:
 - Será que posso fazer alguma coisa para parar este ódio entre as aldeias?
Pôs-se a pensar e teve uma ideia: - Vou tentar inventar uma poção que crie um animal que tenha alguma característica das duas aldeias.
E assim foi. Foi misturando poções até conseguir o que queria, e chamou-lhe sapo.
O sapo era verde (uma característica da aldeia verde) e comia carne (insetos, característica da aldeia vermelha).
Então, Alfredo reuniu as duas aldeias e mostrou a sua criação.  Todos  ficaram impressionados e, a partir daí, acabaram-se as guerras e o sapo ficou um animal de estimação perfeito.
Joana Pimenta (8A)

Há muito, muito tempo, todos os cavalos eram pretos, sendo impossível distingui-los. Às vezes, as pessoas levavam os cavalos de outras pessoas sem saberem, trocavam cavalo por égua e vice-versa.
Um dia, um rapaz tinha ido passear a sua égua artista, eles foram pelos campos e montanhas. Depois, quando já tinha preso a égua perto de um cavalo, quando o rapaz voltou, só lá estava o cavalo e ele percebeu que não era a sua égua, por isso, pegou no cavalo e foi com ele por todo o lado assobiando, sabendo que só a sua égua responderia ao assobio.
 -Onde estás? Disse baixinho o rapaz.
Quando estava prestes a desistir, assobiou uma última vez com alma e coração, e, ouvindo uma égua em direção a ele, percebeu logo que era a artista, e, quando eles se abraçaram, os deuses, ao verem aquele acontecimento, puseram todos os cavalos de cores diferentes como: Preto para branco; Preto para castanho; E mistura de cores.
E é por isto que os cavalos não são todos da mesma cor.
Rodrigo Gomes (8A)

A Chuva
Há muito tempo atrás, a terra era seca, não chovia e apenas o mar existia. A Chuva veio graças a uma bela rapariga que, em Veneza, vivia secretamente apaixonada por um rapaz.
Ela passava horas a olhar para ele, enquanto trabalhava na pequena loja de seu pai. O rapaz era alto forte e viril. Ela era frágil, humilde e apaixonada.
Ele pouca atenção lhe dava. Certo dia, ela decidiu dizer-lhe aquilo que sentia. A reação dele não foi a melhor... Ela, triste com o que tinha acontecido, correu para sua casa. Ele foi atrás dela. Quando ela chegou a casa, começou a chorar. Ele tentou abrir a porta, mas a mãe dela expulsou-o de lá. Enquanto ela chorava, ele sentia-se culpado por aquilo. Ela chorava sem parar…
Os dias passaram e ela não saía do seu quarto. Certo dia, ela decidiu sair de casa à noite. No centro da cidade, ela montou uma forca para se suicidar. No dia seguinte, ele foi no centro e viu-a  enforcada. Desesperado, abraçou-a e começou a chorar. Sentia-se culpado. Quando, de repente, uma lágrima caiu  do olho dela e caiu no chão. O céu ficou escuro e água caía, ela continuava a chorar e a chuva não parava. A cidade tinha ficado inundada e ela ainda chorava.

Daniel Mouta (8B)


Inverno, Verão e Outono eram três irmãos que gostavam de brincar com a sua prima Vera. Iam todos os fins de semana ter com ela e ficavam a brincar até ser hora de jantar; depois iam para casa.
Só que as crianças também crescem e os anos foram-se passando, mas continuaram a encontrar-se aos fins de semana, mas agora era para estudar; eram nobres.
A aldeia em que eles viviam era pacata, mas, um dia, foi assaltada por piratas e os três irmãos e a sua prima iam a passar pelo porto. Os piratas viram Vera, uma rapariga linda de morrer e o capitão decidiu levar Vera como sua mulher. Os seus primos lutaram com todas as suas forças, mas não valeu de nada. O Verão que era mais chegado a Vera gritou: «Não, vou matar-vos a todos seus piratas!».
O Verão ficou muito deprimido; já não comia e a pouco e pouco ficou doente e três meses depois acabou por morrer. Outono e Inverno continuavam a sua vida.
A aldeia onde viviam forra cercada e os soldados que a cercaram traziam com eles a peste negra. A pouco e pouco os soldados iam morrendo e foram-se embora, mas Outono também apanhara peste negra e curiosamente morrera três meses depois de verão.
O Inverno ficara a morrer de desgosto por dentro. Ia vivendo mal, mas ia vivendo. Gostava de viajar e um dia decidiu fazer uma viagem ao Pólo Norte só que o Inverno não sabia que no Pólo Norte era muito frio e então acabou por morrer de hipotermia, também três meses depois do seu irmão.

 É por este motivo que temos as 4 estações do ano.

Luís Silva (8B)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Os direitos dos leitores - opinão

No segundo teste escrito das turmas A e B do oitavo ano, no Grupo IV, pedia-se aos que escolhessem um dos direitos do leitor de Daniel Penanac e que expusessem a sua opinião sobre o direito escolhido.

Publicamos um dos textos resultantes dessa proposta:

"O direito de amar os heróis dos romances"

Quem já não amou secretamente o heróis de um romance? Quem ainda não amou que se imponha. Eu já amei, não escondo isso.  Acho que temos todos o direito e liberdade de um amor seja o herói de um romance seja uma pessoa real. Sonhar que somos nós a viver aquela aventura/amor da história, mesmo que seja na terra dos sonhos, no nosso subconsciente. 
Estar apaixonado dá-nos "beleza". Torna o nosso dia mais "bonito", mesmo que seja por uma personagem de uma história. Isso dá-nos felicidade para a nossa vida. Pelo menos para mim. Deu também muito jeito  para a nossa vida. Ficamos inspirados. Talvez amar seja a Primavera que nunca passa para o Outubro para as flores fecharem e as folhas caírem. Sei também que há alguns amores que passam de Primavera logo para o Inverno em segundos , apenas com uma palavra, "acabou" ou um sinónimo "fim".
Não concordo com isso, acho que uma história  não deveria acabar só porque chegou o ponto final da última frase. Devemos escrever a nossa continuação. E isso inclui continuar a amar o herói do romance.

                                                                                                                      Catarina Paulino (8B)


sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Cíntia Guerra - 1º Lugar em Concurso de escrita promovido pela Biblioteca

No passado dia 7 de janeiro, pelas 14:30, na biblioteca da Escola Dr. João das Regras, realizou-se uma pequena cerimónia de entrega do prémio respeitante ao 1º lugar (trabalho individual), no concurso "Conto de Natal", promovido pela equipa da Biblioteca do Agrupamento e dinamizado pelos professores de português do 3º Ciclo.

A Cíntia Guerra do 8ºB ganhou o 1º Prémio da Escola Dr. João das Regras. Acompanharam-na neste momento tão importante os colegas de turma, a professora de português, professora Rosalina Simão Nunes, a diretora de turma, professora Ana Paula Bastos e a mãe, Edite Rodriguez. Estiveram ainda presentes colegas de outras turmas.

O evento foi apresentado pela professora bibliotecária, professora Alexandra Bernardo, que enalteceu o trabalho da aluna pelo facto de destacar o verdadeiro espírito do Natal. 

Antes da entrega do prémio, o livro O Velho que lia romances de Amor de Luis Sepúlveda, o texto vencedor foi lido pela aluna. Transcreve-se, de seguida, o texto que também pode ser lido aqui, tal como os restantes textos vencedores: 

O Natal mais especial
Catarina era uma menina de dez anos que, como tantas outras crianças, vivia o Natal intensamente. Para ela, o Natal significava toda a magia e união na família.
Todos os anos, ainda em Novembro, ela começava a imaginar como decorar cada canto da casa. Apesar de tudo, quanto já tinha guardado do ano anterior, havia sempre novos pedidos para fazer: mais fitas coloridas, mais luzes (de diferentes cores e formas) mais velas de intensos e deliciosos aromas… Enfim, tudo aquilo que daria um ambiente maravilhoso ao seu lar.
Para além da decoração, ela preocupava-se também em definir tarefas. Contactava os seus familiares e ficava a par do que cada um poderia trazer. Por vezes, era ela que lançava ideias… Não poderia faltar nada. Até se preocupava com as músicas de Natal que iriam ouvir!
Quando olhava para os adultos à sua volta, reparava que eles não viviam com o mesmo espírito e alegria aquela festa tão especial e importante. Nesses momentos, pensava baixinho que o menino Jesus não deveria estar muito satisfeito com aquela reação. As pessoas crescidas estavam mais preocupadas com os gastos das prendas do que propriamente em festejar.
Certo dia, já próximo do Natal, a Catarina sentiu, pela primeira vez, um sentimento estranho enquanto montava o presépio. O Menino Jesus olhava fixamente para ela como se lhe estivesse a pedir alguma coisa. Estaria ele com frio? Pois… Na realidade, estava ne e em Dezembro as temperaturas eram baixas. Continuou a observá-lo, tentando perceber aquele olhar que lhe atingiu o coração.
A certa altura, ouviu o toque da campainha.
Levantou-se, ainda pensativa, e dirigiu-se até à porta de entrada. Ficou sem palavras, quando observou um menino descalço e mal agasalhado. Tinha um ar triste e vinha de mão dada com uma senhora que mais tarde veio a saber que era a sua mãe. Pediram-lhe pão, pois tinham fome.
Catarina foi, de imediato, chamar a mãe que logo contribuiu com alguns alimentos essenciais.
Quando fecharam a porta, a mãe explicou à Catarina que uma pessoa sozinha não pode mudar o mundo, mas se todos contribuíssem só um pouco o mundo poderia sorrir.
Catarina ficou a pensar nas palavras da mãe e o olhar de Menino Jesus voltou à sua memória. Aquele Natal não poderia ser igual aos outros! Teria de fazer algo de diferente…
Dos pensamentos passou à ação. Falou com os seus familiares e todos concordaram em organizar uma festa onde todos aqueles que, na sua pequena vila não conheciam a verdadeira magia do Natal, pudessem, finalmente, vivê-la.
E assim foi… Naquele Natal, uma grande família nasceu! A partilha, a alegria, a união, o amor a solidariedade ganharam um novo significado na vida de Catarina.
Esse Natal foi, sem dúvida, o Natal mais especial de todos.

A finalizar esta breve nota, umas palavras de apreço da professora de português, professora Rosalina Simão Nunes:
Cíntia, foi com muito orgulho e satisfação que estive presente nesse momento especial e espero que tenha sido apenas um entre muitos semelhantes a viver no futuro! Muitos Parabéns!

NOTA FINAL: Em breve será publicado o texto lido pela aluna.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Dar Voz à Letra

Durante o 1º Período, um grupo de seis alunos dos 8ºA e 8ºB participou no concurso "Dar Voz à Letra" promovido pela Glubenkian.

Deixamos de seguida, os links para os vídeos das participações.

Entretanto, estamos a pensar em fazer novas gravações de textos no 2º e 3º períodos. Dessa forma iremos procurar dar continuidade ao projeto "Dizer as palavras". Disso daremos conta por aqui.