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terça-feira, 2 de abril de 2013

A Inaudita Guerra da Av. Gago Coutinho - Comentário


No 8ºAno, estivemos a ler, em sala de aula, A Inaudita Guerra da Av. Gago Coutinho, de Mário de Carvalho. Com este trabalho de leitura orientada, pretende-se  promover o interesse, gosto, apetência pela leitura. Claro que está implícita a compreensão cuja concretização passa por elaborar uma ficha de trabalho com a seguinte estrutura: modelo de ficha de leitura.  Desse modelo consta a elaboração de um comentário para o qual foram sugeridos tópicos a referir. 

Publicamos de seguida alguns dos comentários.

Esta história fala sobre a musa Clio que se deixa adormecer enquanto esta a trabalhar com a tapeçaria milenária e, sem querer, amalgama duas datas, as de 4 de Junho de 1148 e a de 29 de Setembro de 1984. Nessa altura, na Avenida Gago Coutinho, os automobilistas e os cidadãos que estavam ali depararam-se com um exército do árabe Ibn-el–Muftar.  Acho que esta parte da história nos quer chamar a atenção que, a mínima coisa que façamos sem estarmos atentos, pode trazer consequências imagináveis, tal como aconteceu a Clio.
Entretanto, Manuel Reis Tobias, um agente da PSP, apercebendo-se do que estava a acontecer, decidiu chamar reforços. 
      Manuel da Silva Lopes, um camionista, avistando toda aquela confusão, saiu do seu camião e decidiu mandar uma pedra para o exército de Ibn-el-Muftar, e esta foi acertar logo num dos soldados mais sossegados do exército e logo de seguida Ibn-el-Muftar deu uma ordem e vinte archeiros lançaram as suas setas. Nesta parte do conto, acho que o camionista só fez isto para chamar a atenção, pois desta vez não era ele que estava a ser o centro das atenções como de costume.
      Recém-chegado à Alameda D. Afonso Henriques, o comissário Nunes ao deparar-se com aquela confusão toda pensou que era a canalha a desafiar a polícia. Ainda tentou deter algumas pessoas mas não consegui, então reagrupou os seus homens na placa relvada. lbn-el-Muftar mostrava-se bastante irritado por todos os rumores e confusões em torno, então em poucos minutos, houve uma revolução da parte dos militares do seu exército. Ele aproximava-se da polícia, estes não se sentiam preparados para enfrentar cargas de cavalaria moura então corriam até à Cervejaria Munique, onde se refugiavam atrás do balcão.
Acho que nesta parte do texto foi um crítica bem realçada pela parte do autor aos polícias de hoje em dia.
O capitão Aurélio trazia instruções para proceder a um reconhecimento sempre com moderação. Afastou os civis e tentou comunicar com lbn-el-Muftar com a ajuda de um trapo braço. Nesta parte gosto de realçar o detalhe do pano que, na minha opinião, o capitão Aurélio queria que lbn-el-Muftar levasse aquilo como um sinal de paz. 
Depois de os dois conseguirem dialogar, Ibn-el-Muftar e o seu exército desaparecem deixando o capitão Soares e os restantes civis sozinhos. 
Nesse momento, a deusa Clio tinha acordado e dado conta do que tinha feito e, rapidamente, desfez a troca de fios.
Ao lbn-Muftar aquele acontecimento não teve grandes consequências mas a polícia e as outras tropas tiveram de explicar o porquê de se encontrarem naquelas circunstâncias. A musa Clio não tinha poderes para alterar o que tinha feito então, para remediar um pouco da situação, apagou a memoria a todos os que tinham estado envolvidos naquela grande confusão, mas, mesmo assim foi privada de ambrósia por quatrocentos anos. Acho que nesta parte do texto foi para nos mostrar mais um vez que todos os nossos atos têm consequências, no caso da musa Clio, ela ainda conseguiu apagar da memoria das pessoas o que tinha acontecido, mas nós não temos a capacidade de fazer isso, qualquer coisa que façamos vai sempre fica marcada. 
Gostei bastante do texto e acho que nos dá uma grande lição de vida, a qual já referi, “tudo o que fazemos vai sempre ter consequências”.
Carolina Bonifácio, 8ºB


Este conto começa com Clio, a deusa da história, adormecendo de tanto cansaço. Com este descuido, ela amalgama duas datas, as de 4 de Junho de 1148 e a de 29 de Setembro de 1984. Numa dessas datas (29 de Setembro) encontrava-se muitos automobilistas na avenida gago Coutinho e na outra data (4 de Junho) encontrava-se um exército de árabes. Quando os dois se juntaram houve muita agitação, preocupação e confusão.
Entretanto, Manuel Reis Tobias, um agente da PSP, apercebendo-se do que estava a acontecer, decidiu chamar reforços.
Manuel da Silva Lopes, um camionista, avistando toda aquela confusão, saiu do seu camião e decidiu mandar uma pedra para o exército de Ibn-el-Muftar, e logo de seguida Ibn-el-Muftar deu uma ordem e vinte archeiros lançaram as suas setas.
Esta é uma das razões pelas quais leva os árabes a atacaram as pessoas. Acho também que o camionista só queria ser o centro das atenções.
lbn-el-Muftar mostrava-se bastante irritado por todos os rumores e confusões em torno, e, então, em poucos minutos houve uma revolução da parte dos militares do seu exército. Ele aproximava-se da polícia, estes não se sentiam preparados para enfrentar cargas de cavalaria moura então corriam até à Cervejaria Munique, onde se refugiavam atrás do balcão.
Nesta parte do conto houve uma crítica, muito bem colocada, aos polícias de hoje em dia.
Para lbn-Muftar aquele acontecimento não teve grandes consequências, porque até se livrou de uma batalha com os guerreiros de lixbuna, mas para a polícia e para as outras tropas já não foi assim, eles tiveram que explicar o que estavam a fazer ali e o tinha causado aquele caus.
A musa Clio não tinha poderes para alterar o que tinha feito então, para remediar um pouco da situação, apagou a memória a todos os que tinham estado envolvidos naquela grande confusão, mas, mesmo assim foi privada de ambrósia por quatrocentos anos. 
Esta parte do conto, mostra-nos que tudo o que nós fazemos tem consequências e que às vezes não temos a sorte de remediar parte dos nossos descuidos.
Como a musa Clio desfez o acontecimento, ninguém se lembrou do que tinha acontecido, por isso é que é a inaudita guerra da avenida Gago Coutinho.
Em resumo, gostei bastante do conto e acho que nos faz pensar em muitas coisas, como nas pequenas acções que podem parecer insignificantes para nós, mas que podem levar a grandes conflitos.
Inês Almeida (8ºB)


O conto “A inaudita Guerra da avenida Gago Coutinho ” começa, quando Clio, musa da História, adormece enquanto fazia a tapeçaria, pondo dois fios da tapeçaria da história, entrelaçados que une as datas de 4 de Junho 1148 e de 29 de Setembro de 1984.
Para distinguir as duas épocas, o vocabulário que se refere ao séc. XII e aquele que se refere ao séc. XX são diferentes 
“Viu-se de repente o exército envolvido por milhares de carros de metal, de cores faiscantes, no meio de um fragor estrondoso - que veio substituir o suave pipilar dos pássaros e o doce zunido dos moscardos - e flanqueado por paredes descomunais que por toda a parte se erguiam, cobertas de janelas brilhantes.” – Expressão do séc. XX
“…em toda aquela área, um estridente rumor de motores desmultiplicados, travões aplicados a fundo, e uma sarabanda de buzinas ensurdecedora. Tudo isto de mistura com retinir de metais, relinchos de cavalos e imprecações guturais em alta grita.” – Expressão do séc. XII
Os automobilistas de Lisboa apanharam um grande susto ao verem a tropa de Ibn-elMuftar formada por árabes.
Já os árabes viam-se envolvidos por milhões de “coisas” que nunca tinham visto. 
O recurso à adjetivação, ao pormenor das descrições e a figuras de estilo como: enumeração, onomatopeias e hipérbole são outros dos recursos utilizados pelo autor para nos fazer imaginar a desordem (confusão) da situação.
Existem algumas personagens, como, por exemplo: Clio, a musa da História, ou seja, aquela que está a fazer o tapete e adormece; Ali-bem-Yussuf, o ; El-Muftar; Comissário Nunes; Capitão Soares; Coronel Rolão. Ou seja, estas personagens acabam por ser as mais faladas ao longo do texto. Depois temos o exército, os automobilistas e o Manuel da Silva Lopes. 
O narrador, situando-se fora da narrativa – narrativa na 3ª pessoa -, conta-nos como o narrador observa os acontecimentos através de uma focalização subjetiva.
Estamos perante uma narrativa fechada, pois o conflito é solucionado e são dadas a conhecer ao leitor as consequências para cada um dos grupos.
No final, a musa da história acorda e tenta emendar o seu grande erro e acaba por conseguir apagar a memória dos homens mas não onde estavam e o que estavam lá a fazer e estes mesmos têm de tentar arranjar uma desculpa para em processo marcial.
A musa da história foi privada de ambrósia por quatrocentos anos.
O título “A inaudita Guerra da avenida Gago Coutinho ” tem este título, pois maior parte da guerra entra os lisboetas e os árabes ocorre na avenida Gago Coutinho. 
O adjetivo “Inaudita” que se encontra no título significa que aquela guerra na Avenida Gago Coutinho foi rara/ extraordinária/incrível, pois não devia ter acontecido.
Este texto tem como objetivo de demonstrar que as consequências da nossa mente e são refletidos no que estamos a fazer, ou seja, quando a cabeça não tem juízo o corpo e que paga.
Joana Marques (8ºB)


A deusa Clio, deusa da História, aquela que tece um tapete de milhares de anos, contando a história da humanidade, com todos os pormenores dela. Cansada de um fardo tão grande, adormece! E cria um nó no tempo: duas datas completamente distintas cruzam-se, 4 de Junho de 1148, e 29 de setembro de 1984. 
Achei muito interessante a ação que leva a desenrolar esta história, pois o texto relaciona uma deusa com mouros do século XII e população do século XX.
Os automobilistas, nessa manhã, na Avenida Gago Coutinho em direção ao Areeiro, depararam-se com um exército de mouros que cavalgava em rumo a Lixbuna para atacar a cidade. 
Os civis ficaram muito assustados, pensando que se tratava de gravações para um anúncio ou um filme, enquanto a mourama pensava que estava no inferno, com aqueles edifícios, viaturas… O lugar-tenente de Ibn-el-Muftar (o chefe das tropas), Ali-ben-Yussuf começou logo a orar.
Esta situação é muito importante, pois consegue-se distinguir facilmente a diferença entre a mente, do séc. XII e XX. Os mouros não sabiam explicar, e eram muito ligados à religião, (como alguns locais do mundo na atualidade), então a razão mais óbvia seria, que aquilo era um castigo de Alá. Estariam no inferno ou enfeitiçados. 
A parte em que se fala da maneira como os mouros viam o cenário, mais precisamente a Avenida Gago Coutinho, é muito descritiva, e acho que da forma que é enumerada é muito precisa e leva o leitor a perceber ainda mais a razão por que as tropas pensavam que era o inferno. 
Os mouros ficaram irrequietos devido ao cenário, mas não pensaram em atacar pois os civis não pareciam armados. 
Manuel Reis Tobias, agente de segunda classe da PSP, que naquela manhã vigiava o trafego, tratou logo de mandar uma mensagem pelo intercomunicador da sua mota para o posto, avisando do que estava a ocorrer. Com uma chamada para o ministro e surgiu a confirmação de que aquela confusão seria uma manifestação não autorizada.
Poucos minutos depois encontrava-se a polícia de intervenção no parque de estacionamento do Areeiro.
Nesta altura, já os condutores tinham evacuado os seus carros. Até que um condutor de um camião que transportava cerveja, Manuel da Silva Lopes, que muitas vezes se encontrava em problemas nas estradas, decide mandar um calhau miúdo, e que por acaso acerta em Mamud Beshewer.
Imediatamente, Ibn-Muftar dá ordem de fogo para vinte archeiros. Todos os civis de abrigaram.
O comissário Nunes, à frente dos pelotões da polícia de choque, começa a “varrer” todos os civis, uns para o Bairro dos Atores e outros para a Praça do Areeiro.
Ibn-Muftar ao vendo os pelotões decide atacar, mas estes fogem para trás do balcão da Cervejaria Munique.
A tropa do Ralis e a Escola de Prática de Administração Militar, que iam em direção ao local da confusão, ficaram presas no trânsito de camiões TIR.
O capitão Aurélio Soares deixou as viaturas na Avenida Estado Unidos, e foi dar de caras com as tropas mouras, acenando um lenço branco, que fez com que Muftar não dê-se ordem para atacar. 
Conseguiram cumprimentar-se, o capitão e o chefe mouro:
“-Salam aleikum.”
“-Aleikum Salam”
Achei muito engraçado este desenrolar da história, pois as personagens utilizadas foram criadas com um nome completo (Manuel Reis Tobias, Manuel da Silva Lopes, Arélio Soares, comissário Nunes, Mamud Beshewer…), aparecimento do nome das ruas, praças, cervejarias… ao longo do decorrer da ação. 
Tem o seu lado cómico, porque todos os esforços feitos pelos Homens do século mais recente foram completamente furados, nenhum plano atingiu o seu objetivo, apesar das tecnologias, instruções, treino… E também a situação em que os mouros decidiram atacar os policiais de intervenção, e terem fugido para trás do balcão da Cervejaria, é cómica.
Dá-nos a entender que os mouros ao ver o comissário Nunes a acenar um trapo branco, apesar de não existir na sua altura aquele gesto, subentenderam que não era sinal de ataque. 
A deusa acorda, e, ao ver aquele terrível nó, desembaraçou-o. Tudo voltou ao normal. Mas ninguém se tinha esquecido do que ali acontecera naquela manhã. Clio não podia fazer com que aquelas partes da história voltassem à estaca zero, mas existia uma maneira de fazer esquecer aquela confusão. Borrifou todas as pessoas presentes com água do rio Letes. 
No momento de mais tensão é quando a confusão, o confronto de séculos, termina.
Apesar de ninguém se lembrar do que se passara, o caus continuava instalado, os pelotões da polícia, aquele trânsito… Nenhum Homem conseguia explicar o que se tinha passado.
Menos prejudicial, foi para Ibn-el-Muftar que desistiu de conquistar Lixbuna e partir noutra direção.
A deusa da História foi privada de ambrósia durante quatrocentos anos.
Este texto narra uma história muito descritiva, e com pouco mas existente diálogo. O vocabulário é rico, e variado. Pois algum é referente ao século XII (Lixbuna, Salam aleikum…) e outro ao século XX (automobilistas…).
Na minha opinião, é uma história irrealista, mas com elementos realistas (nome de ruas, pessoas…). O narrador não está presente.
No título, “A inaudita guerra na Avenida Gago Coutinho”, o adjetivo “inaudita” significa que nunca foi ouvida, que não se soube que aconteceu. No título esta palavra tem como função criar uma mensagem de que esta “guerra” realmente aconteceu, mas que ninguém soube da sua ocorrência.
Lara Kwai (8ºB)

Clio, a musa da História estava encarregue de tecer a tapeçaria que criava a história, e por causa do seu enfadonho trabalho, adormeceu por instantes. Os dedos de Clio, de tão habituados que estavam de fazer o seu trabalho, mesmo depois de esta adormecer, continuaram a tecer, embaraçando-se assim duas datas: 4 de Junho de 1148 e 29 de Setembro de 1984.
No dia 29 de Setembro, os automobilistas que estavam na Avenida Gago Coutinho, com direção para o Areeiro, assustaram-se quando lhes aparece um exército berbere pelo caminho. As tropas de Ibn-elMuftar apareceram na Avenida Gago Coutinho, porque na data de 4 de Junho de 1148 estavam-se a preparar para invadir Lixbuna (Lisboa).
O texto todo tem uma grande variedade de vocabulário, originário tanto do século XX, como do século XII, com o objetivo de conseguir envolver os leitores no século em destaque (acho eu). Muitas palavras menos conhecidas têm a ver com a cultura muçulmana, como o inferno corânico, ou jiins encabriolados. Nos tempos que correm essas palavras são ditas como «estanhas», a nosso ver, nunca imaginaríamos que jiins encabriolados significaria: espíritos e demónios da crença árabe.
Quando as duas datas se cruzaram, e depois de os mouros estarem entre os automobilistas, a confusão instalou-se: os cidadãos atiravam palpites, como os de que estariam no meio de filmagens de um filme ou de um reclame. Já os árabes ponderavam se teriam caído no inferno corânico; se teriam feito algum desagrado a Alá; se estavam a ser vítimas de algum feitiço cristão; ou ainda se se tratava de alguma partida de espíritos ou demónios.
A história está muito bem construída, recorrendo a diálogos entre as personagens, como o do comissário Nunes para os seus homens; a narrações e a descrições. O narrador desta história, como é um narrador presente, mas não participante, sabe, melhor do que ninguém os pensamentos das personagens, mostrando-nos uma perspectiva diferente, podendo dar ao leitor uma maneira de perceber melhor o que cada personagem sente e pensa. Dando-nos, também, descrições muito pormenorizadas, baseado nesse conhecimento das personagens. 
Entre os intervenientes na ação destacam-se: Ibn-elMuftar, o líder dos mouros; Manuel da Silva Lopes, que na minha opinião, foi bastante importante para todo o desenvolvimento da história, a partir desse ponto, apesar de ele só ter atirado uma pequena pedra, foi o bastante para desencadear uma série de acontecimentos; a prova que um pequeno gesto, por mais insignificante que seja, pode ter grandes consequências; o agente da PSP Manuel Reis Tobias, pois foi quem conseguiu manter a cabeça fria e comunicar para o posto de comando o acontecimento, não entrando em “pânico” perante o aparecimento de um exército de mais de dez mil árabes no meio de uma importante avenida; o comissário Nunes, quem comandou as tropas da polícia de intervenção pelo Areeiro; o capitão Aurélio Soares, que foi mandado para o meio da situação para fazer um reconhecimento do acontecimento e que conseguiu comunicar com Ibn-elMuftar; e a personagem principal, (a meu ver), a deusa Clio, que pode não ter interagido muito na história, mas se formos a ver, sem ela não teríamos esta esquisita situação, nem a solução para a desfazer.
Clio, depois de se ter apercebido da situação tentou remediá-la, começando por, em primeiro lugar, desfazer o nó que as duas datas tinham criado; e, em segundo lugar, por apagar a memória dos intervenientes, já que era impossível voltar atrás no tempo. Para Ibn-elMuftar, o acontecimento não tinha sido muito grave, pois aproveitou e seguiu caminho para outras paragens; no entanto, foi mais difícil para o comissário Nunes e ao capitão Soares terem de explicar porque é que estava o exército da força de intervenção na praça do Areeiro, e porque é que os homens do comissário Nunes estavam a fazer atrás do balcão da Cervejaria Munique.
Após a compreensão e a releitura do texto, o adjetivo “inaudita” é bem usado, porque a Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho nunca foi «ouvida», ninguém se lembra ou ouviu falar em tal acontecimento no dia 29 de Setembro de 1984, na avenida Gago Coutinho.
Maria Carolina Matos (8ºB)



terça-feira, 5 de junho de 2012

História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar - Comentários

Ao longo dos anos temos vindo a apostar cada vez mais na leitura em voz alta na sala de aula dos textos de leitura integral. A partir desse trabalho, a exploração do texto é feita em permanente interação com os alunos. Pretende-se com esta atividade promover o interesse, gosto, apetência pela leitura (claro que está implícito sempre a compreensão do texto que acaba sempre por acontecer, com esta estratégia de uma forma muito espontânea) e autonomia. 
Para desenvolver este último aspeto, tem de se treinar o registo dos aspetos essenciais do estudo de um texto. Assim, criou-se um modelo de ficha de leitura que se sugere que os alunos sigam, quando elaboram as suas fichas de leitura. 
Desta vez, no 7º Ano (turmas A e B), este trabalho foi feito, pela primeira vez, neste ano letivo, com o conto de Luís Sepúlveda: História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar. Para a elaboração do comentário e uma vez que seria a primeira vez que os alunos fariam um trabalho do género, em sala de aula, apresentou-se a estrutura de um comentário e descreveu-se o processo que deve estar inerente à sua escrita. E para ajudar nesta tarefa, difícil,  mesmo para alunos que já estejam no 7º Ano, sugeriu-se a consulta deste guião
Parece-nos que desta forma, os alunos perceberam que um comentário, uma opinião para ter validada tem de estar sempre fundamentada. 

Publicamos de seguida os comentários do 7ºB, da Carolina Bonifácio e Lara Kwai e do 7ºA,  da Carlota Pina, Francisco Marques, Hugo Henriques, Joana Cruz Silva, Madalena Carvalho.


Este conto fala sobre uma gaivota, chamada Kengah que foi atingida por uma maré negra ao ir apanhar um peixe. Ao desprender-se voou até ao porto de Hamburgo, onde depois acabou por cair numa varanda onde vivia um gato grande, preto e gordo, chamado Zorbas. No primeiro capítulo, adorei a forma como o autor quis realçar um dos maiores problemas do mundo: a poluição. No segundo capítulo, do que mais gostei foi quando o autor sempre que se referia a Zorbas dizia: um gato grande, preto e gordo.
Já no capítulo 4, Kengah disse a Zorbas que ia morrer, mas, que ia pôr um ovo e então pediu-lhe que fizesse três promessas: que ele não comesse o ovo, que cuidasse do ovo até a gaivota nascer e que a ensinasse a voar. No início deste capítulo conhecemos melhor o nosso amigo Zorbas que parecia um pouco arrogante (pois quando Kengah caiu à frente dele a primeira coisa que ele disse foi: não foi uma aterragem muito elegante).
Zorbas prometeu cumprir os últimos desejos da gaivota. A seguir a gaivota morreu. Aqui sim, Zorbas mostrou-se ser um bom gato capaz de ajudar quem precisasse.
Zorbas foi ter com os seus amigos: Secretário, Sabetudo e Colonello, para saber o que iria fazer com o ovo.
Quando chegaram a casa de Zorbas a gaivota já estava morta.
Foi na segunda parte do texto que a gaivotinha nasceu. Zorbas e os seus amigos deram-lhe o nome de Ditosa. Achei o momento em que a Ditosa nasceu um dos mais bonitos do livro.
Zorbas já tinha cumprido 2 promessas agora faltava a última: ensiná-la a voar.
Foi muito difícil ensiná-la a voar, então os gatos decidiram ir falar com um humano para os ajudar.
Numa noite chuvosa, o humano lançou Ditosa, e, finalmente, ela abriu as suas asas, seguiu o seu destino e voou, deixando que Zorbas se sentisse feliz e responsável. Esta parte foi simplesmente linda, a forma como o Zorbas se sentiu ao ver que a sua “filha” estava a voar.
É um livro muito interessante. Especialmente porque me chamou a atenção sobre o ponto de vista do autor em querer de certa forma alertar-nos como estamos a poluir o nosso planeta e como a gaivota ganha afeto pelo gato ao ponto de lhe chamar mamã
A Lição que eu tirei deste texto foi: as coisas não acontecem por acaso, Zorbas tinha 3 missões e ao cumpri-las fez uma grande amizade. 
Carolina Bonifácio, 7ºB




O conto começa por falar sobre um bando de gaivotas que voava sobre o Rio Elba, em direção à convenção ATLÂNTICO que se iria realizar. Entre esta estava Kengah. Com a autorização das gaivotas que guiavam o voo, algumas gaivotas lançaram-se para apanhar arenques. Kengah ficou presa numa enorme de petróleo infelizmente lançada pelo Homem. Estas frases em que Kengah sofreu muito até conseguir se salvar, relatam um pouco de certa forma a realidade. Para mim foi das partes mais tristes deste conto, porque foi o que levou á morte de Kengah. Mas na realidade muitos seres vivos morrem pelos erros que o ser humano tem feito ao longo da sua evolução, que essa tem vindo a destruir vidas e até espécies! Zorbas um gato que iria fazer promessas que mudaria o destino de uma vida que vivia no Porto de Hamburgo que é uma cidade estado localizada no norte da Alemanha, nas margens do Rio Elba, sendo um dos maiores portos do mundo!
Mais à frente ficamos a saber que Kengah estava grávida de uma gaivotinha, e que Zorbas tera feito três promessas: não comer o ovo, cuidar dele até que ele nasça e ensina-lo a voar. Gostei desta parte porque destaca a cumplicidade e lealdade que os animais de estimação.
Zorbas quando soube desta triste história procurou logo encontrar ajuda para salvar Kengah, pediu ajuda a muitos gatos do porto: Colonello, Secretário, Sabetudo. Mas quando voltou já era tarde demais porque Kengah já tinha morrido, mas tinha chegado a por o ovo! Todos ficaram tristes com a sua morte.
Depois deste triste acontecimento Zorbas queria-se concentrar no ovo. Ficou durante muito tempo a cuidar dela (neste momento do conto já tinha feito uma das promessas que tera prometido). Numa tarde em que o gato estava na sua varanda com o ovo a apanhar sol, nasce a gaivotinha! Na minha opinião é muito engraçada a maneira como o gato se afeiçoou perante o papel de “MÃE”. 
Zorbas a certa altura teve dificuldade em ensinar a Ditosa (nome que os gatos deram à gaivotinha) a voar. Pediram a outro gato chamado Barlavenco, que era um gato “marinheiro” e muito dado ao meio marinho, se sabia alguma técnica, mas não os conseguiu a ajudar. Até nessa altura surge o MAIOR problema, não tinham ninguém que os ajudasse a ensinar a gaivota a voar. 
O gato viu-se obrigado a pedir aos seus assessores para quebrar o tabu, que consistia numa promessa que era, nenhum gato do porto podia miar na lingua dos humanos, com eles. Confirmaram que ele podia quebrar o tabu. Na minha opinião esta parte do conto é muito sincera e verdadeira. A razão pelo qual o tabu existia era porque a maioria dos humanos não são capazes de aceitar com algo que para nós não é NORMAL e HABITUAL.
Os gatos tinham de fazer uma escolha acertada mas difícil, tinham de encontrar o humano com um perfil perfeito para os ajudar. Ficou decidido que quem os iria ajudar era o dono de Bubilina, um poeta e pela descrição de Zorbas ele “voava com as palavras”. O humano aceitou ajudar-los.
Numa noite Zorbas, Ditosa e o humano subiram à torre de S. Miguel. A gaivotinha estava receosa de voar, mas quando chegou o momento ela conseguiu! Zorbas ficou muito orgulhoso e realizado por ter conseguido realizar a sua promessa.
Este conto para mim de certa forma alertou-me ainda mais pelas terríveis formas como os humanos tratam o planeta terra, ao poluírem e matar muitos seres vivos.
A lição “que só voa quem se atreve a faze-lo” é muito destacada neste conto.
Lara Kwai, 7ºB


Esta parte da história passa-se antes de Kengha conhecer Zorbas. Kengha e as gaivotas voavam no mar do Norte. Kengha gostava de observar os barcos e as bandeiras. Voa e grasnava com as suas companheiras enquanto mergulhava e comia arenques. Estava previsto irem até ao estreito de Calais e ao canal da Mancha, onde se reuniriam com outros bandos de gaivotas e dariam inicio a uma grande convenção das gaivotas dos mares Báltico, do Norte e Atlântico. As gaivotas como habitualmente voavam calmamente até que de repente foram apanhadas por uma maré negra! Um petroleiro tinha lançado ao mar petróleo que se ia alastrando numa área cada vez maior.
 As gaivotas agitaram-se e Kengha teve a pouca sorte de ser apanhada pela onda de petróleo quando tentava apanhar um arenque, ficando coberta por aquela massa pegajosa e preta que não a deixava movimentar-se. Ao fim de várias tentativas conseguiu finalmente levantar voou até que caiu na varanda do Zorbas, o gato. Ai Kengha pôs um ovo, e sentindo-se a morrer pediu ao gato que lhe jurasse que não o comeria, que cuidava dele e que depois da gaivota nascer a ensinasse a voar.
Hamburgo é uma cidade costeira, que tem um dos maiores portos da Europa e está situada na Alemanha.
É uma cidade muito industrializada, mas também muito bonita com belos monumentos entre os quais se salienta a Igreja de S. Miguel. Hamburgo vai ser a cidade onde toda a história se vai desenrolar. Zorbas promete inúmeras vezes a gaivota, logo nos primeiros capítulos que sempre cuidara do ovo e que ensinaria a gaivotinha a voar. O que nem sempre foi fácil uma vez que Zorbas precisou de muitas ajudas, pois ele é um gato e ela é uma gaivota, por isso foi muito difícil um gato ajudar uma gaivota a voar.
Zorbas teve muitos ajudantes, o Collonelo, o Sabetudo, o Secretário, a Bubulina, o dono da Bubulina entre outros. Mas também teve quem lhe dificultasse a vida como as ratazanas que queriam comer a gaivotinha ou os gatos arrogantes e desprezíveis que tinham o mesmo objetivo.
Os quatro gatos deram um nome a gaivotinha, chamaram-lhe Ditosa. 
Ensinar a gaivota a voar foi uma tarefa árdua, os gatos tiveram de fazer muitas pesquisas, sobre como é que as gaivotas voavam, qual as melhores condições para os fazer e como ensinar alguém a voar. Ao início a gaivota não queria voar e disse que era uma inútil e que não valia a pena, mas depois com a ajuda do humano, na torre da Igreja de S. Miguel e com toda a fé e carinho de Zorbas a Ditosa conseguiu levantar voou.
Já mais na parte final da história há alguns comportamentos caricatos e ao mesmo tempo sentidos e com sentido.
A parte em que Zorbas fala com o humano, em que ele quebra o tabu, e lhe explica toda a sua situação é uma das partes mais importantes da história, na minha opinião, pois mostra a dificuldade de comunicação e de entendimento entre as espécies de seres vivos. Zorbas também sabia que a atitude de querer ir falar com um humano podia ser o seu fim, pois o humano podia reagir mal e fazer como a alguns animais, como os golfinhos, prende-lo só por ser diferente e falar a língua dos humanos.
Logo no inicio da história também é muito vincada a solidariedade entre Zorbas e os seus amigos, que rapidamente se apressaram a ajudar o amigo.
Todas as pessoas sabem que atirar lixo para o mar e para o chão não se deve fazer, mas neste texto essa ideia esta muito explícita, logo no início quando Kengha ficou presa na maré negra devido à descarga de petróleo feita pelo petroleiro.
No final da história Ditosa, o humano e Zorbas percebem o que afinal de contas é mais importante na história, que quando se quer muito uma coisa e quando nós esforçamos por conseguir essa coisa, conseguimos sempre alcança-la. Principalmente Ditosa que conseguiu, depois de tanto esforço, voar.
Carlota Pina, 7ºA


O livro fala de uma gaivota, Kengah, que vai a uma convenção de gaivotas. Nessa viagem é apanhada por uma maré negra, o que, na minha opinião, mostra que cada vez mais existe poluição dos mares. Ela ao ser apanhada vai para Hamburgo e encontra um gato, que faz umas promessas, o que eu acho que é um pouco humor irónico um gato não comer uma gaivotinha. Daí a história nasce. Os amigos desse gato sempre o apoiaram e ajudaram a cumprir as promessas, uma união que é muito importante na história. Na minha opinião todos os animais, racionais e irracionais, deviam ter uma união assim, mas pronto. No meio da história ensinam muitas lições e uma das que eu acho mais importante, nem sei se queriam dizer aquilo mas pronto, é quando a gaivotinha diz que não quer voar e quer ser uma gato. Depois o gato faz um discurso (que eu não vou dizer aqui) e acho que a mensagem que ele queria transmitir é que todos devemos aceitar quem somos, que somos todos diferentes e ninguém é melhor que alguém. Depois outra coisa que me impressionou foi o gato ir falar com o humano. A reação do humano não foi prendê-lo e mandá-lo para um laboratório mas sim ajudá-lo a fazer com que a gaivotinha voasse. E é esse tipo de relação que acho que todos devem ter, sejam humanos, sejam animais. Os humanos devem ajudar os animais, visto que têm uma “mente superior” aos animais, e não mete-los em jaulas para os porem no circo ou assim. Na base acho que o livro passou muitas mensagens importantes e gostei muito de o ler e apreciá-lo, ouvindo não só a minha interpretação do livro mas também a dos meus colegas.
Francisco Marques, 7ºA



Esta história surpreendeu-me… pela positiva desde a primeira até á ultima página.
Esta história começa com o voo de Kengah e das outras gaivotas pelos mares do norte com o objetivo de irem ter á esperada convenção das gaivotas dos mares Báltico, do norte e do atlântico. Apesar do papel de Kengah ser um dos mais pequenos, eu acho que foi um dos mais importantes.
Se não fosse Kengah, o ovo não teria ido ter ás mãos de Zorbas, os outros personagens (Colonelo, Sabe-Tudo….) não teriam ganho vida e dar “frutos” a esta bela e magnifica história.
Esta personagem foi uma desastrosa perda, quando foi apanhada pela “Maré Negra”.
O cenário realiza-se em Hamburgo, uma cidade magnífica situada no norte da Alemanha, nas margens do rio Elba.
A parte que eu mais gostei foi, quando a pequena gaivotinha após inúmeras tentativas consegue voar e se sente concretizada. Eu gostei realmente
desta parte do livro pois, é a prova que se nunca desistirmos conseguimos alcançar os nossos sonhos!
No que toca às personagens, penso que cada uma teve um papel importantíssimo na história sendo cada uma única á sua maneira. Um dos personagens que eu achei interessante foi o poeta.
Porque ele era sensível e na sua opinião torna o mundo num lugar melhor com as suas palavras, com a sua escrita e não se preocupa com os que os outros dizem, simplesmente é ele. Para não referir que foi um papel importante na vida da gaivotinha, pois é o poeta que ajuda a gaivotinha a voar.
Não consigo fazer grandes referências a este livro, mas consigo com certeza dizer que ao início pensei que não passaria de um livro parvo para crianças.
Fez-me abrir os olhos, ensinou-me que a leitura não tem idades e que as amizades não se escolhem!
Hugo Henriques, 7ºA


As gaivotas seguiriam até ao estreito de Calais e ao canal da Mancha até chegarem aos céus da Biscaia onde seria a grande convenção das gaivotas dos mares Báltico do Norte e Atlântico. Graças aos barcos petroleiros, Kengah morreu porque foi atingida por uma onda de petróleo que fez com que as suas asas colassem e não conseguisse voar. Hamburgo é uma cidade no Norte da Alemanha e tem um dos maiores portos do mundo. Kengah reconheceu a torre de S. Miguel, uma grande peça da arte barroca. Hamburgo é o local onde se vai desenrolar toda a ação. No capítulo “O fim do voo”,  Zorbas promete a Kengah proteger o ovo e ensinar a voar a gaivotinha e, para cumprir o prometido foi pedir auxílio.
Nos capítulos “Em busca de conselho”, “Um lugar curioso” e “Um gato que sabe tudo” Zorbas pede ajuda a Sabetudo, Colonello e Secretário mas também encontra inimigos os gatos provocadores e as ratazanas. No processo de aprendizagem de Ditosa para voar, ela, nas suas primeiras tentativas, caiu e, então, os gatos pediram ajuda a um humano, o poeta, que levou Ditosa para a torre de S. Miguel.  Aí, ela conseguiu voar.
E foi escolhido o poeta porque este escreve palavras belas que alegram ou entristecem, mas que produzem sempre prazer e suscitam o desejo de continuar a ouvir e é ele que ajuda Ditosa a voar. Zorbas teve de quebrar o tabu, que era miar na língua dos humanos, para cumprir o prometido.
As gaivotas andam sempre em bandos nunca sozinhas. Elas têm um grande sentido de organização, pois tinham a viagem toda planeada. O gatos ajudaram a gaivota, ou seja, são solidários. Os gatos cumprem o prometido sem voltar atrás.
A enciclopédia de Sabetudo dá-lhe uma grande cultura.
Respeitaram a gaivota e era diferente deles, e ajudaram-na mesmo sendo diferente.
Nós, humanos, não damos conta que estamos a matar os outros seres vivos e a nós mesmos poluindo o ambiente e, só quando já não houver volta a dar, é que nos vamos aperceber do mal que fizemos. Ou seja, na minha opinião, não temos nenhum respeito pelos animais, nem por nós, não sabemos respeitar a diferença.
Deste livro tira-se uma  grande lição e que se deviam tomar por exemplo:  saber ser solidário e respeitar a diferença.
Era bom que esta história fosse real…
Joana Cruz Silva, 7ºA


As gaivotas iam para uma convenção dos mares báltico, Norte e Atlântico entre todas as gaivotas estava Kengah.
No plano de voo estava previsto irem até ao estreito de calais, onde se encontrariam com outras gaivotas e voariam até aos céus de biscaia, mas uma maré negra apanhou kengah e isso custou-lhe uma vida, a sua única vida.
Kengah conseguiu escapar-se da maré negra em Hamburgo e ao reconhecer a igreja de S.Miguel, já nos seus últimos tempo de vida Kengah grasnou.
No capítulo 4 intitulado “O fim de um voo” o gato prometeu à gaivota tratar do ovo, ensinar a filha a voar e não comer o ovo. Estas promessas fizeram com que Zorbas resultasse numa espécie de mãe. Zorbas teve ajudas como Sabetudo, Colonello, o secretário de Colonello e Barlavento e inimigos como os gatos maus e as ratazanas.
A gaivotinha demorou muito tempo para aprender voar, no início não queria mas depois queria muito, teve que tentar muitas vezes e começou a perder a esperança mas com a ajuda de um humano e de Zorbas finalmente conseguiu.
O poeta era um humano sensível, por vezes um bocado aluado e distraído, mas foi capaz de ajudar a gaivota a voar.
As gaivotas têm um “acordo” que não podem assistir à morte das outras nem podem tentar ir ajudar
Neste livro os gatos e as gaivotas dão-se bem e têm verdadeiro amor uns pelos outros, apesar de alguns como o chimpanzé tentarem destruir isso não conseguiu
 O humano voava com as palavras, tinha alegria no que fazia e conseguia pôr Zorbas a voar sem estar a voar.
Também trata aqui de uma verdade na nossa atualidade o facto da poluição e do que pode fazer aos animais que não têm culpa nenhuma dos nossos atos.
Os humanos humilham os animais ao ponto de os fazer vestirem roupas e desfilarem, isto não é justo para os animais.
Se a gaivota não tivesse tentado e tentado e tentado não tinha conseguido, é uma grande lição de vida, temos que insistir e persistir para um dia lá chegar.
Gostei muito deste livro, ensina-nos a nunca desistir e mesmo que não sejamos os melhores para desempenhar uma atividade tentar sempre fazê-la com um sorriso na cara.
Madalena Carvalho, 7ºA


O c

sábado, 24 de março de 2012

"Temos de começar a Jantar à Mesa" - Leitura orientada

Um dos contos escolhidos para leitura obrigatória, no 8º Ano, é «Temos de começar a jantar à mesa» (de Alice Vieira; do livro Trisavó de Pistola à Cinta). Após a sua leitura, em sala de aula, num trabalho de interação entre alunos e professora, foi sendo construída, em simultâneo, em trabalho autónomo pelos alunos, a ficha de leitura, seguindo a seguinte estrutura: Ficha de leitura - modelo sugerido. Para a construção do comentário foi disponibilizado um guião que, sem ser obrigatório, se aconselhou que os alunos seguissem a fim de aprenderem a construir / treinarem a construção de comentários, conscientes de que comentar deva ser sempre  uma ação fundamentada.
Publicamos, a seguir, alguns dos comentários e, noutros casos, a ficha de leitura completa.

COMENTÁRIOS

No princípio deste conto, ficamos a conhecer algumas personagens como: a Carolina, o pai, a mãe, a avó, o Zé Pedro e Abigaíl Gusmán. Também ficamos a saber que a Carolina, o pai, a mãe, a avó e o Zé Pedro fazem parte da família, mas Abigaíl Gusmán é uma personagem da telenovela. No conto, vemos que, do 1º capítulo para o 2º, temos um recuo no tempo chamado analepse. Para mim Carolina não gostou muito da ideia de ter uma irmã mais velha e isso está muito explícito na seguinte frase: “ Estou mesmo a vê-la… Um sorriso à Claudia Schiffer, um andar anorético à Kate Moss… São as piores… ”
A televisão está sempre presente em todo o conto, pois existe uma ligação entre a vida desta família e o que se passa na telenovela. Como, por exemplo, quando Luís Fernando Montoya disse: “Hei de dar cabo de você Abigaíl Gusmán…”

Carolina era a menina do papá como se confirma esta frase: “Carolina sempre fora “a menina do seu pai””. Quando a família foi ao programa que filmava reencontros entre famílias e onde iam conhecer Felicidade, Carolina nem quis ir, pois os seus amigos iam gozar com ela. Então, Carolina sentia-se traída e zangada. No fim do conto, Carolina começou a ficar mais simpática com a situação e quando Felicidade não apareceu para jantar, até tanta animar o pai dizendo que Felicidade havia de voltar e o pai respondeu que a felicidade sempre lá tinha estado, ou seja, antes ou depois de Felicidade aparecer nas suas vidas eles já eram felizes. Eu acho que a última referência da telenovela dá a entender que a guerra e a aventura acabaram e põe um ponto final na história.
Ana Maria Silva, 8ºB


Neste conto existem várias personagens, como, por exemplo: Carolina, Zé Pedro, D. Helena (a mãe de Carolina e de Zé Pedro), o pai dos irmãos (cujo nome não é referido no texto), a avó Eduarda, etc. No primeiro capítulo, é logo referida a ligação que existe entre a vida real e a ficção, e que é muito forte. Já no segundo capítulo, tudo “anda” para trás (ocorre uma analepse). A relação entre a realidade e a ficção é referida e existente em toda a história. Para distinguir as falas das personagens do texto com as personagens da telenovela utilizam-se dois métodos: para as falas das personagens do conto usa-se travessão e para as falas das personagens da telenovela utilizam-se aspas.

Quando sabe que tem uma irmã, Carolina não fica nada contente com a situação. Ela até diz: “- Estou mesmo a vê-la… Um sorrisinho inocente à Claudia Schiffer, um andar anoréctico à Kate Moss… São as piores…”. Esta frase prova que Carolina não está mesmo nada satisfeita com tudo aquilo.
No capítulo quatro, é mostrado o sentimento que o pai e Carolina nutrem um pelo outro. Carolina começa a ter ciúmes do amor que o pai possa dar à filha mais velha, o que é comprovado com o seguinte excerto: “Mas o pai sorria q dizia que nunca se dá mimo a mais a uma filha. E ficavam os dois a olhar um para o outro, nem silêncio que só eles entendiam. E agora vinha a outra.”. Neste capítulo, é novamente mostrada a importância que a televisão tem na vida de Carolina, com a frase: “A avó Eduarda tem razão: deve estar a ver televisão a mais.”
Quando sabe que vai haver um programa que tem por objetivo reunir toda a família, Carolina opõe-se logo à ideia de ir. Vai dormir na casa da avó Eduarda. No terceiro, quarto e quinto parágrafos do sexto capítulo, a conjunção ou tem a função de intensificar uma ideia (a ideia é de que Carolina quer estragar aquele jantar).
No sétimo capítulo, Carolina pensa na hipótese de Felicidade não ir ao jantar e, só depois, sente-se culpada. É aí que se descobre que Felicidade não vai mesmo ao jantar. Para tentar animar o pai, Carolina diz que a sua “irmã” Felicidade há-de voltar e o pai responde-lhe que a felicidade sempre lá esteve. Com este diálogo o pai quer dizer que não é preciso que a Felicidade lá esteja para todos serem felizes.

Este conto acaba com mais uma referência à telenovela mexicana. A telenovela acaba de forma trágica, mas a vida real talvez não tanto, pois afinal a Felicidade poderá voltar a qualquer momento.

Na minha opinião, a televisão é importante nas nossas vidas, pois informa-nos, entretém-nos, faz-nos pensar e descobrir o mundo. Eu utilizo a televisão para ver filmes, séries e desenhos animados. No tempo de aulas, estou em frente à televisão cerca de 5 horas por semana, mas no tempo de férias dedico-lhe mais tempo. A televisão tanto pode ser benéfica ou prejudicial. Para quem passa muito tempo “agarrado” ao televisor, pode tornar-se mesmo “viciado” e os efeitos podem ser desfavoráveis. Para quem apenas vê um pouco, de vez em quando, não faz tanto mal, pois, à partida, é apenas por distração.


Madalena Castro, 8ºB 



Eu gostei desta história … É uma família diferente e com os seus problemas e isso chama a atenção do leitor.

Carolina, Avó, Felicidade, Pai, Mãe e o Zé Pedro, são as personagens principais e constituem uma família, em que os acontecimentos parecem estar em sintonia com os da telenovela mexicana que veem, em que Abigaíl Gusman, Luís Fernando Montoya e Manfredo Loriente são as personagens centrais. Esta sintonia entre os factos reais e da televisão acontece ao longo de toda a história e é algo diferente e muito interessante.
Do 1º para o 2º capítulo acontece uma analepse, pois os acontecimentos retrocedem uns dias para explicar a história.
Quando Carolina soube que tinha uma irmã mais velha ficou espantada e não conseguia dizer nada, pois só lhe vinham preocupações sem nexo à cabeça.
Carolina ficou com ciúmes uma vez que tinha sido sempre a “menina do papá” e agora chegara Felicidade e o pai estava a dar-lhe muito amor e nem parecia a mesma pessoa. Carolina até chegou mesmo a sonhar que o pai acariciava Abigaíl Gusman, a personagem da telenovela que para ela representava a sua irmã, e que Luís Fernando Montoya jurava vingança a quem se metesse no caminho da sua felicidade. Este sonho demostra que a telenovela tinha bastante influência na vida de Carolina e no que acontecia.
A família até chegou a ir a um programa de televisão mas Carolina não quis ir, pois tinha medo que os seus colegas gozassem com ela.
Carolina ao ver a mesa de jantar posta, o que não costumava acontecer, só teve intenções infantis, e, no texto, ao usar a palavra “ou”, numa repetição, vemos como Carolina estava tão chateada e com vontade de fazer fosse o que fosse.
Mas os sentimentos de Carolina estavam a mudar, quando a meio do programa Felicidade parecia ser a única a achar que as coisas iam rápido demais. No entanto, esse era um sentimento que Carolina não queria sentir.
No final, Carolina sente-se culpada e até tenta alegrar o pai ao dizer que um dia Felicidade ira voltar.
Depois de tantas peripécias Carolina e a sua família continuam as suas vidas e veem que sempre tiveram o que precisaram. E, mesmo depois da novidade de haver um novo elemento na família, eles ultrapassaram as dificuldades juntos…
Foi uma história muito divertida e interessante.


Lara Trindade, 8ºA


Esta história contem bastantes personagens, entre as quais, algumas reais e outras de ficção que neste caso entravam numa telenovela. Carolina, Zé Pedro, a mãe, o pai, Felicidade e a avó Eduarda são personagens reais e Abigail Gusman, Luís Fernando Montoya e Manfredo Loriente são personagens de ficção.

As falas da telenovela e as das personagens são bastantes fáceis de distinguir pois as das personagens são apresentadas com um ‘ - ’ e as da telenovela são contadas a partir do narrador.
Segundo o 4º Capítulo, Carolina não ficou nada satisfeita com a ideia de ter uma irmã, pois toda a gente lhe dizia que o pai lhe dava mimo e mais e que ela era a menina do papá, logo ela tinha medo que Felicidade lhe viesse roubar o lugar. Outra coisa bastante interessante, neste conto, é que a telenovela mexicana é sempre mencionada consoante os acontecimentos que se sucedem na “vida real”. Sempre que acontece alguma coisa mais importante, existe praticamente sempre uma referência à telenovela.
No Capítulo 6, o programa a que Carolina não vai assistir tem como objetivo a união de famílias que não se veem há muito tempo.
Em relação ao 7º e último Capítulo, Carolina começou a sentir-se um pouco culpada, pois começou a achar que foi por causa das suas ‘más energias’ que Felicidade não foi ao jantar. No final, Carolina tentou animar o pai, porque devido o facto de se sentir um pouco culpada, ela achava que o devia fazer.
Este conto termina com a morte de Luís Fernando Montoya o que para mim é um bom fim pois dá a ideia que o ‘pesadelo’ acabou. Por exemplo, na telenovela Abigail Gusman fica sem o seu vilão, e neste caso, Carolina fica sem a irmã, pois Felicidade achava que era muito cedo para voltar a unir a família.
Para mim, a televisão é importante, porque é a partir dela que temos todas as notícias do mundo, onde podemos ocupar o nosso tempo a ver programas de que gostemos entre imensas outras coisas… A televisão não tem só coisas boas, por vezes, as pessoas começam a adotar uma vida sedentária devido às televisões e também porque por vezes pode fazer mal aos olhos. Normalmente, vejo televisão uma meia hora por dia, eu sei que é muito, mas sempre que começo a ver televisão parece que existe sempre mais programas interessantes…

Madalena Geraldes, 8ºA



FICHAS DE LEITURA 

Inês Cordeiro, 8ºB

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Damiana Mateus, 8ºA

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Leonor Ferreira, 8ºA

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Conto da Ilha Desconhecida - Ficha de leitura

Após a leitura e exploração, em sala de aula,  do conto de José Saramago - Conto da Ilha Desconhecida - pede-se aos alunos que elaborem a respetiva ficha de leitura. Trata-se de uma atividade desenvolvida no 9ºAno. 
Aqui ficam alguns trabalhos: 



Dia do livro || 2025


UAb - Portugal