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domingo, 8 de abril de 2018
sábado, 17 de março de 2018
quinta-feira, 9 de junho de 2016
4º Concurso de Palavras Cruzadas | DiNotícias
No início do 3º Período, realizou-se, nas aulas de português, a Prova para o 4º Concurso de Palavras Cruzadas - DiNotícias.
Estiveram envolvidas 58 equipas de dois a quatro elementos, num total de 211 alunos do 3º ciclo do Agrupamento.
A Prova consiste na resolução de um exercício de palavras cruzadas
feito, tendo por base, essencialmente, a primeira edição do DiNotícias
publicado no presente ano letivo (fevereiro/2016).
Trata-se de uma iniciativa que vai já na 4º edição e tem tido aceitação por parte dos alunos.
Assim, de uma forma lúdica, além de se desenvolver a competência da compreensão, promove-se a leitura do jornal escolar.
Pelo Regulamento, é premiada a primeira equipa de cada um dos anos do 3º Ciclo: 7º, 8º e 9º Anos.
PREMIADOS
- 7º ano | 1º Lugar - Equipa formada por: Beatriz Ferreira, Beatriz Leitão, Emília Silva e Filipa Emídio do 7ºB;
- 8º ano | 1º Lugar - Equipa formada por: Margarida Fernandes, Daniela Vitorino, Inês Fonseca e Lara Marques do 8ºF;
- 9º ano | 1º Lugar - Equipa formada por: Inês Gomes, Jessica Oliveira, João Lopes e Mariana Ribeiro do 9ºA.

Todos os
participantes recebem um certificado de participação (marcador) e os
elementos de cada uma das equipas premiadas recebe um livro.
Aproveitamos para agradecer a colaboração da professora Elisabete Delgado na criação do cartaz e certificados de participação.
Projeto A Hora das Palavras
quarta-feira, 1 de junho de 2016
DiNotícias, 2ª Edição (2015/16)
Na 2ª Edição do DiNotícias, n.º 12 (maio de 2016), foram publicados cinco trabalhos escritos decorrentes de atividades desenvolvidas nas aulas de português. Três nas aulas do sétimo ano (turmas A e B) e um a nível do nono ano. Fazemos ainda referência a uma notícia que apareceu na última página sobre resultados da participação num concurso de escrita.
O primeiro trabalho é um texto de opinião. O segundo texto e o terceiro são exemplos de textos jornalísticos, o primeiro uma entrevista e o segundo a reportagem do 4.º Concurso de Palavras Cruzadas. Todos os trabalhos resultam de propostas de atividade feitas em sala de aula. Os dois últimos foram feitos fora da sala de aula.
No último caso, os textos são apreciações críticas - "Um olhar sobre o DiNotícias" -, tratando-se de uma rubrica que tem vindo a ser proposta em sala de aula quer para utilização do jornal escolar como recurso pedagógico quer com treino para a escrita da crítica / apreciação escrita.
Por fim, fazemos referência à última imagem e que é a foto possível dos prémios recebidos pelas alunas que receberam o 1.º e 2.º lugares do respetivo escalão do 2.º Concurso de escrita promovido pelo Festival "Livros a Oeste", promovido pela Câmara Municipal da Lourinhã. Decidimos publicar os textos vencedores.
Digital versus papel
Na minha opinião, o papel está a ser
substituído por tecnologias de hoje em dia.
Algumas pessoas ainda utilizam o papel para
escrever, ler e até outras coisas, porque estavam habituadas ou porque não
utilizam tecnologias.
Quando não existiam tecnologias, as pessoas
usavam mais o papel e davam-lhe mais importância e quando elas apareceram, as
pessoas aprenderam a usá-las e muitas delas já não passam sem as tecnologias, o
que é um pouco mau, pois se os computadores, telemóveis modernos e outros
dispositivos desaparecessem por uma razão qualquer, as pessoas que estavam
habituadas a esse tipo de ferramentas teriam de voltar ao papel e davam-lhe
mais importância.
Hoje em dia, existem muitas redes sociais
onde se podem trocar mensagens com as outras pessoas e dantes, para se
comunicar com alguém que estivesse mais longe, mandava-se uma carta e elas
depois respondiam.
As tecnologias também são importantes,
porque desenvolveram o mundo e é um meio mais rápido e mais utilizado por as
pessoas.
Concluindo, tanto o papel como as
tecnologias, são importantes.
Beatriz
Leitão (7B)
Entrevista
a Paulo Lima
No âmbito do projeto - Construir um jornal -, proposta
de trabalho nas aulas de português das turmas A e B 7ºAno, uma das tarefas era
fazer uma entrevista. O nosso grupo, cujo jornal tinha como tema a própria
turma (7notíciAs), decidiu fazer a entrevista ao
professor de físico-químicas, Professor Paulo Lima, pela particularidade de ter
uma banda de música, onde é vocalista. A Banda chama-se Manifesto e atuou
recentemente na AMAL (Associação Musical e Artística Lourinhanense).
Há
quantos anos é professor?
Sou professor em modo contínuo há cerca de 16
anos, sendo que a primeira experiência foi ainda em acumulação com a
Universidade, enquanto estudante… em 1998.
Ser
professor era aquilo que sonhava ser quando era criança?
Nem por isso. Só se tornou evidente que esta
era uma vocação possível, entre outras, já no 3º ano da faculdade. Na altura, o
curso onde se entrava era de Física ou Química e só no 3º ano tínhamos de
escolher uma via, sendo a via de ensino uma das alternativas. Quando entrei no
curso pretendia obviamente algo relacionado com ciência, mas nunca me tinha
ocorrido a docência. No entanto, quando escolhi esta via pareceu-me uma decisão
lógica, evidente e inequívoca. Como se esta decisão se tivesse configurado ao
longo do meu percurso escolar e académico, sem que eu tivesse consciência
disso.
Do que é
que mais gosta na sua profissão? E do que é que gosta menos?
Gosto da autonomia, da riqueza proveniente da
diversidade das iterações e das relações interpessoais com toda a comunidade
educativa e principalmente… gosto da importância e da responsabilidade social
desta mais do que profissão.
Gosto menos da burocracia inerente à profissão,
da aparente inevitável necessidade de classificar.
O que é
que o preocupa mais na escola?
O que mais me preocupa é a desvalorização que a
escola tem sofrido numa sociedade que tende para um materialismo crescente e
onde a escolarização vai deixando de ser garantia de sucesso profissional.
Quais são
os seus hobbies?
A música é o meu hobbie de eleição, como
ouvinte e não só. Mas tenho outros hobbies, como o futebol e o cinema (nestes
casos apenas como espetador) e a leitura.
Como
surgiu o seu gosto pela música?
O meu gosto pela música vem desde os meus 15 ou
16 anos de idade, altura em que conheci algumas das minhas bandas favoritas e
em que organizávamos nas Associações de Estudantes concertos, concursos e
festivais da chamada Música Moderna Portuguesa. Este período ficou conhecido
como o “Boom do rock português”, pois houve uma ‘explosão’ de bandas por todo o
lado, muitas delas ainda referências da melhor música portuguesa de hoje.
Sublinho que poucas bandas de rock existiam antes deste período e que até esta
altura havia um forte preconceito em relação à utilização do português na
música rock.
Há
quantos anos tem a banda Manifesto e qual é o género musical que toca?
Os Manifesto existem desde 2011 (têm 5 anos),
mas antes dos Manifesto tive, de 1992 até 2009, uma outra banda com aquele que
também é o baterista dos Manifesto e que foi meu colega de turma no ensino
secundário. Os Manifesto são, apenas e só, uma banda de rock.
O que
sente quando está a atuar em palco?
Nos primeiros tempos sentia fundamentalmente um
misto de nervosismo e adrenalina. Hoje sinto sempre uma pequena ansiedade inicial
que ao longo do concerto se vai convertendo numa simples e quase infantil felicidade.
A adrenalina hoje vai variando de concerto para concerto, dependendo da
interação, da proximidade, da cumplicidade do público.
1. Se só
pudesse escolher entre ser professor ou músico qual escolheria?
Nenhum de nós é uma coisa só, por isso não
consigo conceber um cenário em que tivesse de fazer uma escolha dessas. Se não
puder dedicar algumas horas por semana à música, dedico alguns minutos. Se não
puder dedicar alguns minutos, dedico alguns segundos J
Escolhi ser professor e em nenhum momento
equacionei ser músico, porque nunca me imaginei na música sem ser de forma
completamente livre. Além do mais, porque acho que este hobbie torna-me
inquestionavelmente melhor professor, acredito que são duas atividades que se
complementam.
Quais são
os seus projetos futuros?
Os meus projetos futuros passam por dar
continuidade ao presente, ou seja, estar sempre à altura da importância e da
responsabilidade da profissão que escolhi e continuar na música de forma livre
e solidária.
Beatriz Estêvão (7A)
Beatriz Ribeiro (7A)
Camila Canôa (7A)
Catarina Sampaio (7A)
4º
Concurso de Palavras Cruzadas DiNotícias
Ao
longo da primeira e segunda semanas do 3.º período, e no âmbito das atividades
do Projeto “A Hora das Palavras” da disciplina de Português, os alunos do 3.º
ciclo do agrupamento D. Lourenço Vicente participaram no 4.º concurso de
Palavras Cruzadas.
Esta
atividade é dinamizada pelos professores de 3.º ciclo de Português do nosso
agrupamento, João Ferreira, Sandra Barbosa, Helena Araújo e Rosalina Simão Nunes. Para
participarem os alunos criaram grupos de três a quatro elementos, tendo sido
inscritas 58 equipas, num total de 211 alunos. No 7.º ano inscreveram-se 20 equipas,
no 8º ano inscreveram-se 23 equipas e no 9.º ano inscreveram-se 15 equipas.
As palavras
cruzadas são um quebra-cabeças que estimula o enriquecimento de vocabulário, a
compreensão da língua portuguesa e a cultura geral. Para além disso tratando-se
de um concurso é uma forma diferente e criativa de aprendermos e aplicarmos os
conhecimentos, onde o convívio e o espírito de equipa entre os alunos estão
sempre presentes. A prova realiza-se na aula de Português e as equipas têm 45
minutos para a completar, tendo 15 minutos de tolerância.
Nesta 4ª
edição deste concurso a classificação final foi a seguinte:
7º ano | 1º
Lugar - Equipa formada por: Beatriz Ferreira, Beatriz Leitão, Emília Silva e
Filipa Emídio do 7ºB;
8º ano | 1º
Lugar - Equipa formada por: Margarida Fernandes, Daniela Vitorino, Inês Fonseca
e Lara Marques do 8ºF;
9º ano | 1º
Lugar - Equipa formada por: Inês Gomes, Jessica Oliveira, João Lopes e Mariana
Ribeiro do 9ºA.
As equipas
vencedoras receberão um prémio e todos os alunos participantes um marcador de
livros.
Os
resultados totais serão publicados no site do Agrupamento.
Esta foi a
primeira vez que participei, o que constituiu uma experiência muito estimulante
e divertida. Das opiniões que ouvi dos meus colegas e do ambiente que tive a
oportunidade de vivenciar durante esta atividade, estou certa de que,
independentemente dos resultados, todos os alunos gostaram de participar neste
concurso. Fazemos votos de que para o ano se possa realizar a 5ª edição.
Ah, e, já
agora, até lá, boas palavras cruzadas para todos. Divirtam-se e cuidem bem da
Língua Portuguesa!
Na
minha opinião, o jornal escolar é importante para dar a conhecer o trabalho
desenvolvido pelos alunos e professores do Agrupamento, ao longo do ano letivo.
O
seu conteúdo tem notícias acerca de muitas atividades que são desenvolvidas no
Agrupamento durante cada trimestre, como: o desporto escolar, os concursos, os
textos dos alunos, palavras cruzadas para fazer com base nos jornais
anteriores, etc. Gosto em especial das palavras cruzadas, pois considero uma
atividade lúdica interessante.
Há aspetos
que poderiam ser melhoradas, por exemplo, seria interessante existir um espaço,
no jornal, dedicado às Artes (que se fazem nas várias escolas do Agrupamento) e
outro da responsabilidade dos auxiliares, já que eles também fazem parte do
nosso Agrupamento.
O jornal
“Dinotícias” é cativante e motiva os alunos a participar em atividades nele
anunciadas, como por exemplo o Desporto Escolar.
Leio
sempre o Editorial, texto escrito em todos os jornais pelo diretor. Gosto da
maneira como se dirige a nós (alunos) e da simplicidade da sua escrita.
Maria Arsénio, (9B)
O jornal
escolar da minha escola chama-se DiNotícias, acho o título adequado para a
região onde vivemos, o jornal é importante para estarmos sempre a par das
actividades engraçadas que decorrem no agrupamento.
Penso que a
maneira como está organizado é bastante boa, pois a capa e a contracapa estão a
cores e o jornal por dentro está a preto e branco, logo aí dá-nos uma motivação
porque é um jornal diferente e pelo
menos eu nunca vi um jornal assim em qualquer outra escola ou lugar.
Em cada
jornal, há um pequeno texto do diretor, o editorial, logo assim que o abrimos
e, particularmente, este é um texto interessante principalmente porque termina
muitas vezes com questões por descobrir.
De todo o
jornal, gosto particularmente dos textos e penso que podia haver ainda mais
textos escritos por alunos.
Os títulos
dos artigos como se destacam, temos maior motivação para lermos os textos. O
jornal tem sempre alguns poemas escritos por alunos e na edição de janeiro
saíram poucos. Os poemas são escritos por alunos e neste jornal aquele de que
mais gosto é o que fala da “Amizade”, na página treze, escrito pela aluna
Carolina Fernandes. É um poema muito curioso!
Maria Vítor, (9A)
- Já estou atrasada! Mãe, onde está a minha camisa preta? –
perguntou Ema.
- Mas será
possível?! Nunca sabes de nada... és uma desarrumada! Está em cima da tua cama!
– gritou a mãe, cansada de repetir sempre o mesmo.
- Já a encontrei!
Obrigada mãe. Constança, já estás pronta?
- Quase mana,
falta só vestir o casaco.
Ema de catorze
anos e Constança de nove são irmãs. Ema sempre foi uma rapariga muito educada
mas à medida que o tempo foi passando, o desinteresse pela escola tem vindo a
aumentar. Já, Constança é uma excelente aluna, quer sempre mostrar o quanto boa
aluna é tem bastante interesse em obter os melhores resultados. Constança, tem
uma maturidade muita acima dos meninos e meninas da idade dela. Foram para a
escola.
- Mais um dia
nesta triste escola. – reclamava Ema, como era o habitual.
- Se
continuares a pensar assim, com esse desinteresse todo, vais obter resultados
muito inferiores àquilo que consegues obter quando te esforças. – diz Constança
à sua irmã.
No final do
dia, ao jantar, surgiu um diálogo entre a mãe e a Ema.
- Hoje, a
diretora de turma informou que dia 27 de Janeiro iremos realizar os exames
psicotécnicos. Preciso que assine aqui.
- Está bem! Já
tens uma vaga ideia daquilo que pertendes ser ou as áreas que queres ter no
próximo ano?
Ema encolheu
os ombros... Na realidade, não pensava normalmente no futuro. Cada dia, deveria
ser vivido com a máxima intensidade tal como se fosse o último. Afinal, que
tempo lhe dava a escola para se concentrar no que haveria de ser um dia? A mãe,
preocupada e desiludida, continuou as suas tarefas e não disse mais nada.
No dia
seguinte, Ema acordou mais bem disposta que o habitual e nem ela própria
percebia o porquê. Depois de um pequeno almoço a correr, as irmãs despediram-se
da mãe e seguiram para a escola.
Atravessaram um
belo jardim, situado perto de casa, quando vindo do meio do nada surgiu um
besouro que mais parecia um furacão. O olho direito de Ema serviu de aeroporto
para uma aterragem inesperada. Ema sentiu
uma enorme dor e a irmã contactou de imediato a mãe que levou Ema para o
hospital.
- Aquele bicho
só poderia estar a fugir da escola... Não vejo outra explicação! Tal era o
pavor que nem viu para onde ia! – exclamou Ema.
Após algumas
horas de espera e a realização de alguns
exames, a mãe foi informada de que a filha deveria ficar internada para
salvaguardar qualquer problema que pudesse surgir nas horas seguintes.
Ema não ficou
descontente. Afinal, iria faltar às aulas sendo um maravilhoso presente.
Contudo, essa alegria desvaneceu-se quando constatou que o seu parceiro de
quarto era um idoso com ar carrancudo. Ao observá-lo pensou se o melhor seria
estar sossegada e não referir qualquer palavra ou, pelo contrário, iniciar um
diálogo para descomprimir um pouco daquela situação constrangedora.
Na verdade,
não foi necessário iniciar a conversa. O seu parceiro de quarto observou-a
fixamente e perguntou-lhe num tom algo arrogante:
- O que vês?
Pensativa e
hesitante saltou da boca de Ema uma só palavra:
- Nada...
- Exatamente... nada!
Ela, sem saber
uma vez mais o que dizer, manteve-se calada... O nada pode ser muito. Perante,
o seu silêncio o idoso continuou:
- Apesar de seres uma
adolescente, acredito que já estejas a construir caminhos que te possam ajudar
a conquistar os teus sonhos. Sabes... eu não o fiz e por isso... não há frutos
sem sementes. O esforço e a magia de querer alcançar os objetivos não estavam
presentes na minha cabeça.
Mais tarde, é
que me apercebi do que eu poderia ter feito e concretizado mas..., enfim, agora
já é tarde de mais. Quando olho para o espelho vejo o reflexo de um vazio, de
uma alma sem memórias, de uma pessoa triste, doente, fria e só. No que me
tornei...
De repente,
Ema sentiu-se inundada por uma enorme tristeza mas, ao mesmo tempo, por uma luz
interior que lhe transmitia uma força até então desconhecida.
Pousou
delicadamente a sua mão na do idoso e referiu:
- O nada pode
ser muito! No que se tornou? Tornou-se num exemplo! Simplesmente porque o seu
exemplo não pode servir de exemplo à história que quero escrever.
O idoso sorriu
e fechou os olhos. Ema sentiu que naquele preciso momento devia algo à vida e
que a vida não poderia ser posta de parte. Há pessoas, palavras, gestos... que
levamos eternamente na bagagem porque merecem lá estar e porque nos ajudam a
construir os tais caminhos que, por vezes, só um simples e minúsculo ser como um
besouro conseguirão explicar.
Cíntia Guerra (9B),
3.º lugar no Concurso de escrita "Livros a Oeste",
escalão | 3.º ciclo, 2.ª edição
Que terra era aquela? Já não me
lembro do nome, era uma terra diferente de todas as outras, tinha um nome
inglês qualquer, mas não pertencia a Inglaterra, era uma terra de sonho, mas já
não existe.
Naquela terra, nada parecia ser
real… Era tão colorida, cheia de flores de várias espécies, árvores e vastos
campos verdes. Mal punhas lá os pés ouvias o som das tuas músicas preferidas,
misturadas com o som dos passarinhos a cantar.
Que terra agradável! Quem me dera
poder estar lá sempre que quisesse. Mas a mãe diz que é perigoso, diz que não
deveria andar naquelas terras, diz que sou muito nova para as perceber, para
perceber as pessoas e o seu espírito. Mas a mãe é que não percebe, não sabe o
que eu já sei e naquela terra colorida, para sempre ficarei…
Por muito que procurasse, não
conseguia encontrar o problema de que a mãe tanto falava, sobre aquela terra.
Todos os dias lá ia e todos os
dias voltava…
A mãe estava sempre a ver as
notícias, preocupada com a poluição no mundo, e com os desastres naturais que
poderiam vir a acontecer e, todos os dias, me voltava a dizer para parar de ir
àquela terra. Mas porquê? Porque é que eu iria parar de ir a um local que me
fazia feliz? Onde toda a gente era simpática e todos mostravam amor uns pelos
outros?! Não percebia do que é que a mãe me estava a avisar, mas também não me
queria explicar.
Um dia, voltei e estava a mãe a
dançar sozinha na sala, com a televisão acesa no canal do noticiário. Que
estranho, a mãe estar feliz a ver o noticiário… Ela costumava estar preocupada,
mas por alguma razão, a mãe estava feliz. Perguntei-lhe o que é que se tinha
passado e ela disse-me que há umas semanas a trás previram uma grande
tempestade perigosa e forte como nunca antes, mas que agora tinham encontrado
uma solução. Fiquei bastante feliz, apesar do mundo não ser o meu local
preferido e ter a possibilidade de me esconder na minha terra especial, eu não
queria ver ninguém a morrer, pois ninguém sabia da existência desta terra
fantástica, a não ser eu e a mãe, por isso, estava feliz! Ora boa! Uma solução
para a tempestade! Mas qual seria a solução? Perguntei à mãe, mas ela não me
quis dizer. Estaria a mãe a esconder algo de mim?
Dia após dia fui notando aquela
terra especial, cada vez menos colorida,
as pessoas mais tristes, cada vez menos passarinhos a cantar e, já não
ouvia o som da música. O que estava a acontecer? Tentei perceber mas ninguém me
soube explicar.
Cada vez que voltava a casa, já
não estava feliz como antes, voltava triste, a ver a minha terra preferida a
perder a sua magia, sem saber o que o estava a provocar.
Até que um dia voltei lá, com
esperança de ajudar, mas a terra já não existia. Agora era um espaço branco sem
portas, sem janelas, com linhas por pintar. Já não havia ninguém, já não havia
amor naquela terra, já não havia nada!
Regressei a casa a chorar, como
se o mundo estivesse a acabar, como se já não houvesse razão para viver. Entrei
na sala, mas a mãe não estava lá. Ouvi uma voz a chamar por mim… Vinha do
jardim. Lá cheguei e, lá estava a mãe com um sorriso na face, sentada numa
cadeira, com o seu melhor vestido. A mãe recebeu-me de braços abertos, sem me
perguntar porque estava eu a chorar. Começou a falar de como o dia estava belo
e como estava feliz. Porque é que a mãe falaria disso, antes de perguntar a
razão pela qual eu estava triste? A mãe nunca foi assim. A mãe nunca falou do
quanto feliz estava. A mãe estava provavelmente a esconder algo de mim, parecia
estar a disfarçar algo. Perguntei-lhe novamente o que se estava a passar, mas
antes da mãe responder, a campainha tocou. Acompanhei-a à porta, onde esperava
um polícia alto, com um envelope na mão. O polícia abriu a boca para dizer o
pior que eu esperava ouvir. “Queremos agradecer pela sua grande ajuda, para
encontrar a solução para a tremenda tempestade que aí vinha. Todos nós temos um
grande ‘obrigado’ a dizer-lhe, pois sem si nunca teríamos o conhecimento da tal
terra chamada “Pepperland” e nunca
teríamos conseguido direcionar a tempestade para lá, o que nos salvou a todos.
Por isso, muito obrigado! Esta é a sua recompensa.”
A mãe olhou para mim, com ar de
quem queria pedir desculpa, mas pedir desculpa não ia mudar nada. Fui a correr
para o meu quarto. Lágrimas escorriam pela minha face, já não sabia para onde
fugir, já não sabia em que pensar. A minha música apagou-se. A minha querida
terra, vejam o que lhe fizeram! Esta terra podia nos salvar a todos! (Se calhar
salvou, um dia saberei). E agora? Como é que a vou pintar de novo?
Rita Mesquita (9B),
2.º lugar no Concurso de escrita "Livros a Oeste",
escalão | 3.º ciclo, 2.ª edição
terça-feira, 1 de março de 2016
DiNotícias, 1ª Edição (2015/16)
Na 1ª Edição do DiNotícias deste ano letivo, foram publicados dois textos elaborados nas aulas de português. O primeiro é uma crónica feita a partir da leitura de provérbios. Foi uma atividade proposta em turma do nono ano.
No caso do segundo texto, também numa turma do nono ano, foi escolhida uma crónica desta vez sobre a utilização das novas formas de comunicação e a comunicação ela própria entre as pessoas. O primeiro artigo pode ser lido na página 2, e o segundo na página 2. Ambos os textos foram publicados na secção dos "Pontos de Vista".
Publicamos, de seguida, imagem da publicação e ambos os textos para facilitar a sua leitura.
A minha infância foi toda ela muito divertida e livre, mas, por vezes, com alguns percalços.
Ainda me lembro, com seis anos, de ir para os anos da minha avó, que se realizavam sempre em casa dela. Era aquele dia em que a família se reunia toda.
A minha animação por pensar que iria estar com os meus primos, tios e etc era tanta!…Só que, depois, chegava lá, distribuía beijos por todos e ficava num canto sozinha, com o meu tablet, a jogar.
As pessoas reparavam na minha ausência e iam ver onde eu me encontrava, perguntavam-me se estava tudo bem e a minha resposta era sempre a mesma, “- Sim, está tudo bem, estou só a brincar um pouco”.
Durante todo esse dia, acabava por me isolar de todos, a jogar.
Ainda hoje sou muito dependente do telemóvel, quando estou sem ele fico muito stressada, atrapalhada…
Agora já com esta idade olho para trás e arrependo-me de ter ficado ali a jogar, se fosse hoje, iria conviver com as pessoas e de certeza que me divertiria muito mais.
A minha preocupação agora, quando estou nesses jantares é “puxar” os mais pequeninos, assim em vez de estarem agarrados a tecnologias, eles estarem mais com a família…
Infância, tablet, família, silêncio
Ainda me lembro, com seis anos, de ir para os anos da minha avó, que se realizavam sempre em casa dela. Era aquele dia em que a família se reunia toda.
A minha animação por pensar que iria estar com os meus primos, tios e etc era tanta!…Só que, depois, chegava lá, distribuía beijos por todos e ficava num canto sozinha, com o meu tablet, a jogar.
As pessoas reparavam na minha ausência e iam ver onde eu me encontrava, perguntavam-me se estava tudo bem e a minha resposta era sempre a mesma, “- Sim, está tudo bem, estou só a brincar um pouco”.
Durante todo esse dia, acabava por me isolar de todos, a jogar.
Ainda hoje sou muito dependente do telemóvel, quando estou sem ele fico muito stressada, atrapalhada…
Agora já com esta idade olho para trás e arrependo-me de ter ficado ali a jogar, se fosse hoje, iria conviver com as pessoas e de certeza que me divertiria muito mais.
A minha preocupação agora, quando estou nesses jantares é “puxar” os mais pequeninos, assim em vez de estarem agarrados a tecnologias, eles estarem mais com a família…
Carolina Vicente, 9.º B
Julgar pelas aparências e pela fama
Eu era só mais um gaiato naquela aldeia que estava quase a completar os dez anos. Faltava pouco mais de um mês. Nesta idade são normais as asneiras, as traquinices, as brincadeiras, quem é que nunca fez algo de menos certo? Pois.
Eu era só mais um gaiato naquela aldeia que estava quase a completar os dez anos. Faltava pouco mais de um mês. Nesta idade são normais as asneiras, as traquinices, as brincadeiras, quem é que nunca fez algo de menos certo? Pois.
Era um rapaz que, apesar de tudo,
adorava o mundo, queria sempre explorar aquilo que diziam que não podia fazer,
só mesmo para provocar.
Bem, ao pé de minha casa, não muito longe, havia um cão dentro de uma espécie de armazém. Os meus pais sempre me alertaram para não chegar perto do cão, pois tinha fama de mau.
Bem, ao pé de minha casa, não muito longe, havia um cão dentro de uma espécie de armazém. Os meus pais sempre me alertaram para não chegar perto do cão, pois tinha fama de mau.
O certo é que, como pessoa do contra que
sou, tive que ir espreitar e ver, claro. Fui lá dentro, a luz não era muita, a
única iluminação que havia era a que vinha da rua, ou dos buracos do teto.
Realmente, havia um cão lá dentro, era
preto e não muito grande. Aproximei-me, e, na verdade, ele não me fez nada,
deixou-me tocar-lhe à vontade, não mordeu, não ladrou, não fez rigorosamente
nada. Quando cheguei a casa perguntei à minha mãe porque que diziam que o cão
era mau, ao qual ela me respondeu, - " Filho, é um pitbull, a raça mais
perigosa " e eu pensei cá para mim, “Ele não me fez nada nem quando lhe
dei um abraço à volta do pescoço, portanto, mau não devia ser”. Hoje em dia,
procuro saber sobre isso e cada vez mais me apercebo que os animais são um
retrato do dono, e que se forem educados para não fazerem mal, assim o farão.
Acho que as pessoas julgam muito pela
raça e pela fama que as raças têm.
Ricardo Antunes 9º B
quarta-feira, 17 de junho de 2015
DiNotícias, 2ª Edição (2014/15)
Na 2ª Edição do DiNotícias, n.º 10 (maio de 2015), foram publicados três trabalhos escritos decorrentes de atividades desenvolvidas nas aulas de português. Faremos ainda a publicação de um quarto texto: texto que fiou em 1.º lugar na Categoria A do Concurso de escrita do Festival "Livros a Oeste".
O primeiro texto foi sugerido nas turmas do sétimo ano e pretendia-se saber o que os alunos entendiam sobre "poesia". Tratava-se, pois, de redigir uma breve nota, observação.
O segundo texto aconteceu numa das muitas propostas de escrita sugeridas num dos testes escritos: texto de opinião/argumentativo sobre dar presentes ou não, tendo a proposta sido feita numa turma do oitavo ano. Na terceira publicação, aparecem várias observações de crítica ao número anterior do jornal, tratando-se, assim, de vários olhares sobre o DiNotícias.
Por fim, publicamos o texto vencedor, na categoria A do Concurso de escrita "Livros a Oeste".
O que é a poesia?
Para mim, um bom poeta é quem tem uma grande imaginação, porque com
isso tudo é possível; basta estar
inspirado e de um sentido saem palavras e logo quatro versos ou mais!
A poesia é a beleza da vida e é também os desabafos das pessoas quando não
conseguem falar de outra forma.
Acerca de dar e receber presentes – Uma
reflexão
Como escolhemos os presentes que damos? O que sentimos quando recebemos
presentes?

Gosto de dar presentes quando já sei o que quero dar, por exemplo, quando
já tenho uma ideia em mente.
Adoro ver as pessoas felizes quando eu dou um presente que elas não
esperavam mas de que gostaram bastante, ou quando dou, de vez em quando,
presentes de surpresa.
Toda a gente gosta de ser surpreendida e eu que o diga, adoro ser surpreendida!!!
Mas também gosto de surpreender, sinto-me feliz com a felicidade das outras
pessoas.
Ter uma má experiência
propriamente não tenho mais tenho sempre aquele receio de que quando vou
oferecer algo a uma pessoas e não sei os gostos dela, penso sempre que ela não
gostou, penso sempre logo em quando eu recebo presentes e não gosto e digo à
pessoa que gostei, só para ela não se sentir mal, penso logo que é isso que me
pode acontecer...
O Jornal escolar para muitos é apenas
papel, mas para outros é uma forma de se comunicar, saber o que acontece no
Agrupamento.
O DiNotícias tem a primeira e última
páginas a cores o que, na minha opinião, dá um ar mais “vivo” ao jornal.
(Daniel Mouta, 8B)
Atualmente, é distribuído aos alunos do
Agrupamento, gratuitamente, um exemplar de cada edição do jornal escolar –
DiNotícias. E isso é muito positivo, já que assim todos ficamos a saber de
todas as atividades que acontecem no Agrupamento inteiro, o que de outra forma
não saberíamos.
(Carolina Vicente, 8B)
Um aspeto que também me aprece útil é o
facto de quase todas as páginas terem publicidade, porque, às vezes,
encontramos “coisas” que procurávamos.
(Rodrigo Gomes, 8A)
Acho que é muito bom, na primeira
página, haver uma amostra do que se pode encontrar nas páginas do jornal.
Outro aspeto positivo é facto de haver
palavras cruzadas. Acho interessante terem-nas incorporado no jornal.
Para mim, a única parte menos positiva é
o tamanho das letras. Considero que sejam pequenas.
No geral, o jornal é muito satisfatório.
Há mais aspetos positivos do que negativos, o que é bom.
Seria importante todos os Agrupamentos
terem um jornal para mostrar todas as atividades que são feitas. Eu, por
exemplo, antes de ler o jornal de mais de metade das atividades que tinham sido
realizadas.
(Joana Pimenta, 8A)
Para mim, o DiNotícias é bastante bom, mas
há aspetos de que gosto menos. Por exemplo, há alguns textos que são escritos
ou pelos alunos ou pelos professores que são demasiado extensos. Acho que ao
ler um texto muito longo, num jornal, se perde um pouco do interesse. Não digo
que devam ser curtos, mas sugiro que sejam menos extensos.
(…)
Gosto bastante do facto da capa ser a
cores e o interior ser a preto e branco, porque a primeira página é o mais
importante e nela destacam-se os acontecimentos mais importantes.
(Jessica Oliveira, 8A)
Com a leitura do DiNotícias
paercebemo-nos de imensas atividades que foram realizadas e que não nos
tínhamos apercebido.
(…)
Podemos também participar na construção
do jornal, por exemplo, escrevendo artigos. Sim, porque o jornal é feito por
alunos e por professores o que é algo de bom os alunos poderem também
participar.
(Maria Lopes, 8A)
Na minha maneira de ver, o facto do
jornal ter um tamanho relativamente grande, é algo positivo, pois chama mais a
atenção e torna-se mais engraçado de ler.
(Mafalda Abreu, 8A)
A princesa do futuro
Era uma vez uma princesa que
vivia numa torre, que era tão alta que chegava às nuvens, estava a passear pelo
seu jardim, a colher flores. A princesa tinha cabelos castanhos encaracolados,
vestia um vestido azul comprido até aos pés com uma fita de seda branca à volta
da sua barriga.
Esta princesa chamava-se Jacinta
e não era como uma qualquer princesa. Além de bonita, era teimosa e rebelde.
Sonhava todos os dias com o futuro, pois queria mudar o mundo. De dia, ia para
o jardim apanhar flores, rebolava na relva e olhava para as nuvens; de noite,
olhava para as estrelas e contava-as uma a uma. E era feliz assim.
A Jacinta dava-se muito mal com a
sua irmã, porque esta era muito controladora e, por isso, estava sempre a
discutir.
Num belo dia, a princesa decidiu
sair do seu jardim para ir ver como eram as aldeias do seu reino, uma vez que
nunca tinha saído do seu palácio e isso acontecia, porque a sua irmã estava
sempre a controlá-la para que ela não saísse.
Mas naquele dia conseguiu fugir à
vigilância da sua irmã e logo que saiu dos portões deparou-se com uma máquina
gigante. Ficou curiosa e apressou o passo para descobrir o que era aquilo ali
no meio do caminho.
Trata-se de uma máquina grande e
cheia de botões. Uns azuis, outros amarelos e houve um que lhe chamou
particularmente a atenção: era um botão grande, maior que os outros, e
vermelho. Quase sem pensar a Jacinta levantou o braço e carregou no botão
grande e vermelho. Logo de seguida apareceu uma luz branca e intensa. A
princesa ficou assustada mas isso não lhe “matou” a curiosidade, já que tornou
a levantar a mão para, desta vez, tocar na luz branca e intensa. Deixou de ver
a sua mão. Experimentou pôr a perna também na luz e aconteceu o mesmo. Sentia
essas partes do corpo, mas não as conseguia ver. Então, encheu-se de coragem e
soltou toda para dentro da luz.
Desmaiou.
Passado, não se sabe quanto
tempo, a princesa Jacinta acordou deitada num chão de cimento e perguntou:
- Onde estou?
- Estás em Maralo – respondeu-lhe
uma rapariga de olhos verdes e com roupa do futuro que estava de pé a olhar
para ela. Os cabelos eram loiros, e calçava umas botas compridas até aos
joelhos e por cima trazia um vestido preto. A Jacinta que não conhecia aquele
local nem tão pouco percebeu que roupa aquela rapariga trazia, e, por isso,
perguntou:
- Mas onde é esse local? E porque
estás vestida dessa forma?
- Isto é o futuro. Estamos no ano
de 2015 e eu estou vestida assim porque é o que está em moda.
Jacinta levantou-se e começou a
olhar à volta. Aquele mundo era cinzento. Não havia campos de relva, pois
estavam todos ocupados com edifícios e pontes. Para onde quer que olhasse, só
via o seu reflexo porque as paredes dos prédios eram autênticos espelhos
envidraçados. Não havia carroças, nem carros, nem vestidos compridos…Estava
tudo tão diferente.
Então, de repente, a rapariga dos
olhos verdes e roupa do futuro disse:
- Chamo-me Carlota. E tu?
- Jacinta . - respondeu a
princesa. E logo a seguir a Carlota fez a pergunta que a Jacinta não estava
mesmo nada à espera.
- Jacinta, diz-me, como é que eu
volto para casa? A Jacinta pensava que a menina dos olhos verdes morava naquela
terra, por isso, ficou muito admirada com aquela pergunta. E respondeu fazendo
outra pergunta:
- Então, tu não moras aqui?
- Não, só me lembro de uma luz
brilhante. E estou a ficar assustada porque ainda há cinco minutos, esses
edifícios altos e carroças modernas não existiam.
A Carlota pressentia que algo
estava mal com a Jacinta. Parecia que nunca tinha visto nada. Por seu lado a
Jacinta parecia uma alucinada. Olhava para tudo como se estivesse só a fazer
descobertas muito importantes.
A certa altura do seu percurso,
ambas caminhavam lado a lado, a Carlota deu um berro. Acabara de ver o arco
gigante. Logo a seguir, procurando na máquina, encontrou o botão vermelho.
Depois explicou à Carlota que tinha sido por causa daquela máquina e
principalmente por causa daquele botão que tinha ido parar àquele sítio. A
Carlota garantiu que nunca tinha visto nada como aquilo. Mas mesmo assim,
resolveu começar a pesquisar sobre o que seria aquela coisa monstruosa.
Analisou ao pormenor todos os
botões. E a certa altura encontrou um autocolante que
dizia: Não tocar, equipamento altamente perigoso.
A Carlota pensou, pensou e pensou
até que chegou uma ideia à cabeça.
Aquela máquina era parecidíssima
com uma cujos planos ele tinha ajudado a fazer. Por isso, podia dizer sem medo
de dizer que aquela máquina era uma máquina do tempo. E a Jacinta, meio
confusa, perguntou:
- O quê? Uma máquina do tempo?!
- Uma máquina do tempo é uma
máquina através da qual podes recuar ou avançar no tempo. E eu sei isso porque
só me lembro de ver desenhos animados ou de ler nos livros. Porém nunca tinha
visto uma ao vivo. A nossa tecnologia é avançada, mas não tanto, para construir
uma máquina destas. No teu caso deves ter avançado no tempo e isso quer dizer
que és daqueles tempos dos reis e rainhas, certo?
- Sim, - respondeu a princesa
Jacinta cada vez mais confusa. – Mas agora não existem reis?! – perguntou
incrédula.
Mas a Carlota não lhe respondeu.
Naquele momento estava mais preocupada em conseguir enviar, de novo, a princesa
Jacinta para casa. Por isso, resolveu tentar arranjar a máquina. Com algum
tempo e muita paciência lá conseguiu descobrir o problema que demorou cerca de
dois dias a resolver.´
A Jacinta ficou sem saber a razão pela qual tinha ido
parar àquele local tão estranho cheio de pessoas aparentemente normais, mas
muito diferentes.
Vanessa Ramos (8B)
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