Mostrar mensagens com a etiqueta Prática Pedagógica. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Prática Pedagógica. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 9 de maio de 2024

2.º Cesto de palavras positivas | LIBERDADE

 Neste post explicamos a ideia desenvolvida nesta atividade - "Cesto de palavras positivas". Desta vez vamos partilhar o resultado desta proposta, feita, também, num dos inquéritos "Como correu a semana?": 

Responderam ao inquérito 37 alunos. Feita a recolha das palavras e expressões, o resultado foi este:


Neste momento, o trabalho de construção do poster ainda não é feito de forma colaborativa com os alunos. Mas, pelo facto de se usar a ferramenta CANVA, que permite criar equipas de trabalho, pensa-se que, futuramente, particularmente nas turmas de continuidade pedagógica, será possível trabalhar em colaboração com os alunos  no próximo ano letivo. 

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

"Solidão ou Liberdade"

No 9.º Desafio mental, atividade semanal, concretizada no preenchimento de um inquérito online que tem como objetivo desenvolver competências digitais em simultâneo com processos que permitam o desenvolvimento do sentido crítico, propôs-se aos alunos que, após a observação de uma imagem, escolhessem entre dois estados, duas formas de estar, duas perspetivas, e justificassem a sua escolha.

Após validação da participação no inquérito, pela qualidade revelada nas respostas dos alunos, decidiu-se criar slides onde estivessem representadas algumas das respostas. Esse trabalho foi feito com recurso ao Canva, sendo que existe também neste processo a intencionalidade de familiarizar os alunos com essa ferramenta para que, no futuro, possa ser usada para a construção de recursos pelos próprios alunos. Digamos que esta foi uma atividade também de ambientação a um novo contexto. O resultado final foi partilhado na TEAMS, em cada uma das equipas das turmas e aqui, no blog que dá voz ao trabalho deles

Partilham-se também os slides:





Consideram esta proposta relevante? Deixem a vossa opinião na caixa de comentários. 

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Processo de articulação vertical das aprendizagens, no Aedlv, Lourinhã

No âmbito de uma intervenção da IGE num processo de melhoria, no ano letivo de 2017/18, uma das ações envolveu a questão da verticalização das aprendizagens, com base na identificação feita pelo agrupamento de aspetos a melhorar. 

Nessa altura, eu não era a coordenadora do departamento. Fiz parte do grupo e liderei-o por indicação do diretor da altura do
Agrupamento de Escolas e Jardins de Infância D. Lourenço Vicente, Lourinhã. A ideia seria implementar o projeto a partir do ano seguinte e aí já sob orientação dos coordenadores de departamento. A apresentação da proposta foi feita numa reunião com os 
coordenadores de departamento, em junho de 2018. 


Depois, a partir daí, e de acordo com a proposta, seriam os coordenadores a liderar o processo. Não aconteceu. Pelo menos da forma como era sugerido no trabalho final. A única ação efetuada foi ter sido criada uma grelha para recolha (quantitativa) de número de atividades desenvolvidas com recurso a metodologias ativas. 

E, efetivamente, nos anos subsequentes, a questão da verticalização acabou por esmorecer... E essa foi a razão pela qual, em 2019, no momento da eleição para coordenação do departamento, sendo eu um dos nomes à escolha, declarei que gostaria de desempenhar o cargo a fim de procurar criar situações que nos levassem a trabalhar a questão da verticalização das aprendizagens.

No desenvolvimento desse trabalho, em 2021, o diretor, na altura, pediu que se fizesse o ponto da situação sobre o trabalho desenvolvido para se discutir em CP. Eu fiz um documento  para ser apresentado em conselho pedagógico.  Acabou por não se tratar desse assunto... E não se voltou ao assunto. 

Entretanto, era minha intenção, no final do ano passado (2022/23), ter feito a apresentação "com pompa e circunstância" do repositório das atividades, um dos objetivos do plano de melhoria. Não estiveram reunidas as condições para que tal acontecesse, ainda assim, partilhei um documento na drive do departamento, durante o encerramento das atividades de fim de ano letivo, para que se fossem partilhando atividades com síntese descritivo, acrescentando e enriquecendo o repositório cuja construção iniciara aquando da ação de melhoria da IGE em 2017/18.  A intenção era, depois, ter sido criado um site, no corrente ano letivo (2023/24), onde de forma mais dinâmica essas propostas fossem divulgadas.  Anexo também o tal documento que refiro.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

"Celebrar a Escrita | 2023"

Celebrar a Escrita 2022/23 de Rosalina Simão Nunes

"Em 2019, no âmbito da comemoração do centenário do nascimento de Sophia de Mello Breyner Andresen, o departamento de português propôs a inclusão nas respetivas planificações de cada ano letivo de um momento que contribuísse para o conhecimento, a evocação e a divulgação da vida e obra da autora, nas suas múltiplas facetas. Uma das atividades propostas foi a de escrita, coletiva ou individual, de um texto a partir de excertos da obra da escritora. Essa estratégia permitiu recolher textos de qualidade suficiente para construir uma coletânea de textos.


Já em 2020/21, manteve-se a proposta de “Celebrar...” a escrita e foi escolhida a temática da “viagem”, tema também transversal a todos os anos de escolaridade.

Na segunda edição, além dos produtos finais, incluiu-se, pela diversidade dos processos  pedagógicos,  uma   breve síntese   feita pelos professores responsáveis pela coordenação pedagógica de cada produto final.

Neste ano letivo (2022/23), mantém-se essa estratégia considerada relevante já que, efetivamente, se reconhece que o papel do professor nas dinâmicas propostas de sala de aula é determinante para o desenvolvimento das aprendizagens dos alunos, portanto, tem de ser visível esse papel e também partilhado dado que dessa forma será melhor percecionada a forma como os alunos ao longo dos anos vão desenvolvendo a aprendizagem da escrita integrada dado que a proposta, neste caso, no âmbito desta atividade, surge sempre a partir do texto literário.

Assim, o ebook deste ano letivo (2022/23) encontra-se dividido em dois blocos, 2.º e 3.º ciclos. Depois, cada professor ou grupo de professores descreve sumariamente o processo pedagógico que deu origem ao produto final que, por fim, se partilha. Neste ano, decidiu-se por enriquecer os textos com ilustrações e imagens. Algumas da autoria dos próprios alunos."
 
Departamento de Português (2022/23)

Post original publicado aqui.

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Cenários de aprendizagem - Estratégia pedagógica

Em 2018, na sequência da intervenção da IGE numa ação de melhoria, em conversa mais ou menos informal com uma das inspetoras, vi-me confrontada com a dificuldade de responder a uma das perguntas que me foi feita: "Como é que os seus colegas ensinam a escrever?" Na altura, como ainda agora, no nosso Agrupamento e no Departamento de Português em particular, éramos já um conjunto de professores que se mantinha estável. Alguns a trabalharmos "juntos" há mais de 10 anos. 

Não consegui responder à pergunta, porque, efetivamente, não sabia. Aliás, como continuo sem saber agora, ainda que comece a ter mais alguma informação dado que passou a existir também coadjuvação a português em todas as turmas do 7.º Ano. Mas só estamos presente em duas das quatro aulas semanais, sendo por isso difícil acompanhar esse processo. 

Observo, pontualmente, algumas indicações dadas pelos professores sobre a forma como os alunos das respetivas turmas deverão melhorar o processo de escrita, particularmente após o processo de recolha de informação para classificação. 

Não é fácil promover, ou melhor, motivar os colegas a partilharem as suas práticas, criando situações que proporcionem esse tipo de partilha. Por um lado, o tempo de trabalho dedicado a esse tipo de prática (o trabalho colaborativo) é recorrentemente absorvido por outras atividades. Por outro, o que acontece frequentemente quando acontecem esses momentos é acabarmos por partilhar, descrevendo sumariamente as atividades que já propusemos, dando particular destaque aos produtos finais. 

Parece-me que, mais relevante do que esse aspeto que também é  importante, seria construir em simultâneo os cenários de aprendizagem que enquadrassem os vários momentos. 
Há cerca de quatro anos, iniciei esse trabalho de construção de cenários de aprendizagem em colaboração com uma das colegas de departamento. Foi sem dúvida uma experiência bastante enriquecedora e dinâmica. 

Dessa interação, resultou a construção de um modelo de cenário de aprendizagem, aquando da resposta a uma proposta minha, enquanto coordenadora do departamento, de partilharmos precisamente situações de aprendizagem que tivessem resultado válidas aquando o confinamento. 

Pedi precisamente que se evitasse a mera descrição da atividade e que se enquadrasse a mesma no contexto de aprendizagem. 

Fruto de experiências de formação vivenciadas por mim, nomeadamente o curso de mestrado em Pedagogia do Elearning da Universidade Aberta, e das da colega com quem formava equipa, e também com o recurso a este projeto delineamos esta(1) estrutura.
 
Rapidamente nos apercebemos que o processo teria de ser simplificado dado que aquela estrutura não era compatível com o número de aulas previstas a português no 3.º ciclo. E tomamos também consciência da importância de serem definidas linhas orientadoras no início de cada cenário. 

Depois, os vários momentos, pese embora possam e devam ser também trabalhado sem conjunto, tratar-se-ão de processos que, na maioria das vezes, têm de se ajustados às realidades das turmas e também, não menos importante às nossas próprias características. 

E, quando chegamos a esse patamar, estamos claramente no âmbito da avaliação pedagógica.

Termino esta reflexão a dar destaque à relevância do "nós" (professores e alunos em interação) dentro da sala de aula, em que compete ao professor, sem dúvida, orientar os alunos para a descoberta do que é aprender. Em que cada momento pode ser avaliado porque em todos os momentos dentro de uma sala de aula há aprendizagem. Nem todos aos mesmo tempo, alguns mais depressa, outros mais devagar, alguns aparentemente mais distraídos, outros com maior concentração.  Mas todos, sem dúvida, em interações constante, num ritmo diferenciado onde cada um vai "entrando" e saíndo de acordo com as suas expetativas e gostos. Porque eles aprendem sempre aquilo de que gostam de aprendar. Aliás, passa-se o mesmo connosco, os adultos! E essa é a chave. Ao professor dos dias de hoje compete ensinar os alunos a gostar de aprender, naturalmente, na especificidade de cada área disciplinar. Simplificando ainda mais: temos de lhes ensinar a ser curiosos. Basta isso. 

(1) - O link só foi adicionado em abril de 2024.

domingo, 4 de junho de 2023

A poesia nas aulas de português

Neste ano, não previmos, no departamento de português, nenhuma atividade específica para comemorar o dia da poesia (21 de março). Mas, naturalmente, a poesia acontece nas aulas de português de todos os professores várias vezes durante o ano. Algumas  integradas nos cenários de aprendizagem que se vão construindo, outras como apontamento precisamente para comemorar o dia da poesia e ainda existem aqueles momentos únicos em que se conversa sobre poesia de forma quase espontânea. 

Neste post,  publica-se a descrição de duas situações de aprendizagem, uma integrada num cenário de aprendizagem, outra como apontamento para festejar o "Dia da Poesia". Ambas as situações ocorreram em turmas do 7.º Ano.

1.ª SITUAÇÃO - "Festejar a poesia"

1.° Momento - audição do poema;

2.° - Momento a desenvolver em simultâneo com o 1.° - Identificação de uma palavra por cada aluno que traduzisse o que sentiam enquanto ouviam o poema (tinha de ser um nome);

3.° Momento - Construção de um mapa de ideias em conjunto a partir das palavras ditas pelos alunos;

4.° Momento - Contextualização histórica do poema e Identificação de pares de palavras que se opusessem (antíteses);

5.° Momento - Síntese oral construída em grande grupo, moderada pela professora e participada pelos alunos.

E houve um 6.° Momento que não estaria previsto mas um aluno fez questão de fazer silenciosamente: escrita de um poema.




2.ª SITUAÇÃO - "Poesia à maneira de..."

Nas turmas B e C do sétimo ano, após a exploração, em grupo-turma, do poema de Eugénio de Andrade: "Urgentemente", propôs-se que os alunos também em grande grupo, escrevem um poema à maneira de Eugénio de Andrade, tendo-se partido da estrutura do poema analisado.  

Assim, construídos em sala de aula, partindo de uma atividade de brainstorming, os poemas foram o resultado de uma proposta estruturada de escrita que permitiu, simultaneamente, explicar recursos expressivos utilizados na construção de sentidos, além ter proporcionado a revisão das classes de palavras.

Num ritmo diferenciado, promovendo a reflexão individual, discussão a pares com posterior decisão em grande grupo (turma), os alunos foram tomando consciência das várias etapas de construção de um texto poético. 

Paralelamente permitiu que alguns alunos fizessem ilustrações. No caso do 7.º C, de forma mais completa, no 7.º B, em registo de esboço.
Foi ainda efetuada a leitura expressiva em turma do poema.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

PortuguêsON - Espaço de trabalho colaborativo

 Apresentação da estrutura do espaço de trabalho colaborativo do Departamento de português entre 2019/2023.


Incentivar à leitura | FRASES

No segundo cenário de aprendizagem, Vantagens de saber voar… Ou Apresentação do Projeto de leitura “Um livro sempre à mão”, na etapa "Aplicação e criação", propusemos a seguinte atividade de escrita:


O professor solicita a cada par a elaboração de uma frase sobre a leitura que possa incentivar as pessoas a  ler E / OU que releve a importância da leitura.

O cenário teve como "Ponto de partida", uma conversa sobre a leitura balizada por algumas questões para debate. Logo a seguir, foi visionada a curta metragem  “Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore”.

Foram distribuídas aos alunos "tirinhas" a fim de escreverem as suas frases de incentivo. As tirinhas foram recolhidas e lidas em voz alta.


Desta vez, pela professora e de forma anónima. Posteriormente, foram publicadas numa página a fim de serem partilhadas e divulgadas.

Entretanto, surgiu a situação de poder sugerir que os alunos trouxessem também, de casa, a opinião de familiares. Este é um trabalho que ainda está a s er feito.

Clicar em cima da imagem do quadro com post-it para ver o resultado final. 






domingo, 25 de outubro de 2020

Uma imagem | Uma legenda


Numa das tarefas do primeiro cenário de aprendizagem, desenhado colaborativamente, CA*1_(RE)Encontros propusemos (Departamento de português) aos alunos que fizessem uma legenda a partir da exploração de uma imagem, após ter sido feita uma chuva de verbos no quadro branco suscitados pela observação da imagem e relacionados com os estados de espírito vivenciados durante o confinamento.

E o resultado foi:












*CA - Cenário de Aprendizagem

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Educação a distância, um labirinto de ideias...

Imagem de Gordon Johnson por Pixabay

O último post do blog foi há quase um ano. Sim, estamos mais perto do mês de junho do que longe. 

E há cerca de dois anos que tenho vindo a dar conta, neste espaço, de alterações no processo como as aulas têm vindo a ser pensadas. E reporto-me às aulas presenciais.

Neste momento, essas perderam o seu lugar físico e, subitamente, foram substituídas por uma distância física que nos fez sentir perdidos. A nós (professores) a eles (alunos) e aos pais / encarregados de educação.

Estamos a dar os primeiros passos num paradigma que não tem precedentes: massificação do ensino a distância.  

E agora?
Que fazemos a tudo aquilo que fazíamos? Como nos adaptamos? É possível? Como? Como se faz em duas semanas? E se forem três? Um mês?...

Cada pergunta, um percurso, um caminho, uma ideia. E temos o labirinto. A saída onde fica?

Não nos preparámos para esta situação. Mas as soluções já poderiam/deveriam ir sendo desenhadas...


Continuará este a ser um espaço onde se privilegiará o trabalho / produto final do aluno, mas neste momento, esta reflexão era necessária.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Mapas mentais - Uma moda? Ferramenta ou produto para avaliação? Ambos? E a pedagogia PORTUGUÊS 3D.

Licença Creative Commons




Nestas linhas não tenho tempo para desenvolver cientificamente a temática em epígrafe, antes serve o post para formular questões que espero vir a estudar, chegando ou não a conclusões.
No presente ano letivo, fruto do projeto "Aluno ao centro" com implementação no Agrupamento de Escolas onde leciono e a cujo quadro pertenço, fomos, literalmente, invadidos pela ideia dos mapas mentais. O tema está presente na sala de professores, nas reuniões, no bar, nos corredores da escola. São, parece, "salvadores" dos problemas de aprendizagem que ocorrem em sala de aula. E fora dela também, certamente.

O grupo de professores e alunos onde o projeto "Aluno ao Centro" está a ser implementado teve a oportunidade de ter formação de algumas horas a propósito do assunto. Todos gostámos. Afinal, houve interação, pudemos "brincar" com folhas de papel em branco e usar marcadores. Fizemos desenhos associados a conceitos, ideias, objetos apenas e usamos cores. Fizemos associações. Partilhamos ideias. Tornamos tudo colorido. Uma lufada de ar fresco. Soube bem.
E agora?
 Que fazemos com esse conhecimento? Com essa aprendizagem? Os alunos estão a usá-la para aprender? Ou usam-na  para produzir produtos finais que estão a ser avaliados pelos professores?

E devem os mapas mentais de cada aluno ser avaliados segundo critérios definidos pelos professores? Afinal, os mapas não são mentais? Não são as nossas mentes tão diversas umas das outras? Como pode um elemento estranho à nossa mente, o professor, definir, previamente, critérios de avaliação e classificação de um produto final que não pode controlar? Ou o que se pretende é que todos façam o mesmo mapa mental?

Na tal formação em que participei, o que mais me entusiasmou sobre o assunto foi precisamente o facto daquela  ferramenta poder e dever (pelo menos foi essa a leitura que fiz da mensagem passada) ser usada por cada um de nós para o fim que lhe quiséssemos dar, sendo uma espécie de reflexo, espelho da forma como cada um de nós organiza as ideias e processa a informação.
Olha para o que lê, vê e até, porque não, sente. Afinal, também deveria ser possível fazer um mapa mental do coração. Ideia interessante sem dúvida.  Em suma, aprende.

Em que momento da construção do mapa mental de cada aluno deve o professor intervir? Como fazê-lo? Para quê? Porquê?
Devem os alunos construir os seus mapas mentais em casa ou em sala de aula integrados nas tarefas que desenvolvem porque naquele momento se pretende que organize as ideias. Ou o próprio aluno sente essa necessidade.  Devem os mapas mentais substituir a construção de tópicos com as ideias essenciais de um texto, processo que antecede a construção do resumo de um texto? Devem fazer ambos os exercícios? Devemos permitir que escolham? Será o mapa mental um trabalho de síntese ou de resumo? Como conseguimos explicar aos tudo isto aos alunos de forma a que a ferramenta seja útil? Ou será que o melhor é mesmo deixá-los andar?...

Funcionam os mapas mentais da mesma forma para todos? Precisam todos de fazer mapas mentais?

Eu, por exemplo, não gosto de fazer desenhos nos meus. E tenho o traço torto. Ficam feios. No entanto, agora, como antes, sempre partilhei esquemas onde constassem as ideias essenciais de forma a que pudessem servir de referência para que, depois, no seu estudo os alunos construíssem os seus. Seriam já mapas mentais?

Desde há muito que, no trabalho direto com os alunos, sugiro a utilização funcional da cor. Da cor e dos números e até da forma. Estratégias que facilitam a organização e, sem dúvida, a memorização. Seriam estas dicas componentes prévias daquilo a que se chama agora mapas mentais? 
Claro que há mapas mentais que são quase obras de arte. Do ponto de vista estético bastante agradáveis. E.X.C.E.L.E.N.T.E.S.! Mas os alunos aprenderam? Apreenderam? Ficaram a saber? Vão reutilizar?


Essa é a questão. Como poderemos aferir esse aspeto? Haverá lugar à construção de matrizes? Sinceramente, não me parece. Mas, então, como poderemos usar como produto final de trabalho a avaliar?
A outra é perceber como aprendem os alunos a fazer mapas mentais. Em que aulas? De que forma. 
Devíamos ter tempo para refletir sobre estes assuntos e outros. E agir. Construir. Fazer. 
E mostrar, claro. Mostrar sempre. Partilhar. Essencial. 





NOTA: As imagens publicadas decorrem do desenvolvimento de propostas de trabalho incluídas nos percursos de aprendizagem que os alunos vão construindo em sala de aula, num ambiente pedagógico de trabalho que é sustentado em três pilares: +responsabilidade, >autonomia = a aprendizagem, conhecimento, saber, estar, sentir, brincar, respeitar, etc.
Trata-se de um processo que tem vindo a ser desenvolvido numa das salas de aula de português da escola EB Dr.  João das Regras (Aedlv) e por mim designado por PORTUGUÊS 3D.
Este processo foi já partilhado em reunião de departamento e teve da parte dos colegas afável recetividade. 
Ainda em relação às imagens, não sendo exemplos fieis daquilo que se designa por mapas mentais, são, sem dúvida, na minha ótica, o embrião para que possa ser desenvolvida essa ferramenta em prol da aprendizagem dos alunos. Aliás, a disciplina de português, pela sua inerente e natural transversalidade, é um espaço excelente para desenvolver essa capacidade em articulação com as outras disciplinas. 
Partilho também o ppt que usei na apresentação das aulas de português em formato 3D aos colegas do departamento. Claro que o ppt em si diz muito pouco. :) Um destes gravo o que mais há a dizer e mostrar. Quando o tempo der tréguas. Ambos os assuntos fazem parte dos meus mapas mentais quotidianos e têm, paulatinamente, dado origem a reflexões mais estruturadas que tenho, também,  partilhado aqui e na escola, consciente da importância e relevância, para mim e para os outros, deste novo paradigma que começo a ter como referência no trabalho desenvolvido em sala de aula e que curiosamente vai ao entro da ideia veiculada pelo projeto mencionado em cima "Aluno ao centro". 

quinta-feira, 11 de abril de 2019

3.º DESAFIO - Histórias em 77 palavras (1)

Do desenho pedagógico proposto nas aulas de PORTUGUÊS| 3D faz parte um atividade desenvolvida no ambiente da disciplina eportuguês (plataforma Moodle do Aedlv) que tem como objetivos promover:

- a utilização das TIC;
- a escrita;
- a criatividade;
- autonomia.

Desta atividade decorre a recolha de elementos de avaliação não só no domínio da escrita e TIC como também nas atitudes e valores já que, não se tratando de uma atividade com um tempo específico de realização em sala de aula, os alunos terão de dedicar tempo de estudo / trabalho autónomo para a desenvolver. Assim, é possível aferir do seu interesse, empenho e autonomia.


No presente ano letivo, já foram propostas quatro atividades designadas de Desafios MOODLE | 2018/19.
Fórum

Apresentamos, hoje, o terceiro desafio.

3.º DESAFIO - Histórias em 77 palavras (1)


Foi pedido aos alunos que escrevessem uma pequena história de 77 palavras onde apareçam as seguintes palavras: fogo | pena | sorriso. A proposta foi feita tendo como referências o blog das histórias em 77 palavras e o facto da professora ter frequentado durante o 1.º período uma formação online da responsabilidade da autor do blog mencionado Margarida Fonseca, promovida pelo Associação Educativa para o Desenvolvimento da Criatividade

Houve onze participações que passamos a apresentar:

1.ª
Era uma vez uma menina que passeava pela rua com um lindo sorriso. Por cima dela passou um pássaro que ela nunca tinha visto com penas lindas parecidas com fogo. De repente o pássaro caiu devido à rajada de vento repentina. A rapariga com pena dele foi a correr ajudá-lo. Quando o pegou sentiu uma sensação a filtrar-se pelo seu sangue. Desde esse dia ela sentia um sentimento estranho dentro de si e nela descobriu a magia . (Lara Santos e Matilde Carvalheira)
2.ª 
Existe uma vontade de nos expressar, mais concretamente uma vontade de libertar. Libertar a fúria que se suspende dentro de todos com uma chama impossível de ver, mas quando se liberta apenas pega fogo a tudo aquilo que encontra. Libertar a nossa alegria, um sorriso, é a melhor maneira de demonstrar a felicidade, sendo que pode ter mais veneno do que uma cobra. Libertar o animal que temos dentro de nós. Eu tenho uma pena, e tu?  (Maria João Ferreira)
3.ª

Amor Impossível
Há muito tempo Sol estava apaixonado pela Lua mas estes nunca se haviam visto. O Sol então quando passou pela China pediu a um pintor para que fizesse o seu retrato, o pintor com pena aceitou e pintou o retrato do Sol com um grande sorriso de fogo. Depois de terminar a pintura, o pintor mostrou à Lua o retrato do Sol. e assim a Lua ficou ainda mais apaixonada pelo seu adorado Sol.  (Maura Marinho e Tomás Batista)

4.ª


Era uma vez uma menina chamada Floribella. Ela vivia numa floresta, muito bonita cheia de flores, magia... e toda a gente era bondosa, menos...

- Só mais uma pena azul de galinha e estará pronto! - Já dizia a bruxa a sorrir  - Muito bem, Robin, lindo menino, adoro quando tu cospes fogo azul é realmente muito lindo. - Dizia Floribella para seu dragão mágico!
Nesse exato momento, assim que Floribella se afasta de Robin, tudo acontece... (Tamára Correia)
5.ª
Havia uma menina que ao passear na praia reparou que havia uma pena de pássaro na areia, levo-a para casa e mostrou-a ao pai. O pai muito admirado respondeu:
- Não sabia que eras tão interessada nestes assuntos, antes quando eu fazia coleção de penas tu dizias logo "Fogo pai ,não mexas nisso". A rapariga depois de ouvir este discurso do pai mandou um sorriso e disse:
- Eu sei, pai, mas eu já cresci e tenho de aproveitar o que a natureza nos dá. (Cristiana Santos)

6.ª

Era uma vez uma menina que era tão bem disposta que todos os dias acordava de manhã com um enorme sorriso de orelha a orelha, e isso tinha um motivo. Essa menina tinha um amigo que se chamava Jasmim, que era um pássaro. E um dia de primavera Jasmim lhe oferecera uma pena. A partir desse dia a menina passou a sorrir sempre que via o pássaro. Mas infelizmente o seu ninho pegou fogo e Jasmim morreu. (Pedro Fernandes, João Fonseca e Guilherme Marques)

7.ª

Estávamos reunidos em Viseu. Todos tinham um sorriso mais ou menos sentido. O rosto da Luísa mostrava pena pela ausência da Laura. A hora tardia aguçava o apetite, e as iguarias recém-chegadas à mesa permaneciam pouco tempo nas travessas e terrinas de porcelana que a avó Amélia usava só nestas ocasiões. O que parecia não ter fim eram as conversas do tio Artur. O fogo da saudade de outros tempos consumia-o, a ele e a nós também. (Salvador Borges)

8.ª

Durante uma noite de verão tão quente como o fogo havia uma rapariga muito solitária com apenas um amigo, o seu amigo imaginário, um pássaro com lindas penas mas ele era diferente, no meio de varias penas azuis tinha uma única pena branca por isso ele sentia-se rejeitado, mas ele adorava-o, eles estavam sempre felizes, faziam companhia um ao outro e foi ele que lhe colocou um sorriso no rosto. (Carolina Marques e Daniela Ferreira)

9.ª

Era noite de Natal, e vi a árvore cheia de presentes. Lancei um grande sorriso a todos. À meia-noite fomos abrir os presentes, e vi todos a receber muitos presentes e todos os que desejavam, mas quando chegou a minha altura, abri todos os presentes o mais rápido que consegui até encontrar o que queria. No final, vi que ninguém me tinha dado o presente que queria e disse:
Fogo! Não recebi o queria…
Tive mesmo pena(Inês Arsénio)

10.ª
O mistério do encanto do fogo, da sua energia, se é vida pode ser igualmente morte, dá prazer olhar para a lareira acesa, com o carvão incandescente. Sente-se a sedução, a sensação de medo, respeito e adoração, sentimentos que deslumbram, fascinam...É mágico, algo que nos deixa com um grande sorriso e que dá pena quando se extingue, porque se está com vivacidade é forte mas se não se alimenta desfaz-se em cinzas, um elemento feroz...enigmático...(João Carvalho)

NOTA: Alguns dos desafios não respeitam na totalidade as orientações. Os alunos já foram informados disso e poderão proceder às alterações quando quiserem até ao final do ano letivo. Optou-se por publicar os textos tal e qual foram publicados no espaço para o efeito sem que as alterações tivessem sido feitas.



sexta-feira, 8 de março de 2019

Entrevista fictícia a Alice Vieira

No Percurso de Aprendizagem (PA) proposto nas turmas do 7.º Ano onde se pretende que cada  aluno se aproprie do conhecimento e técnica necessárias para identificar, ler e compreender entrevistas e ainda seja capaz de produzir um guião de uma entrevista, propôs-se que fosse feita uma entrevista fictícia a Alice Vieira. 
Foi disponibilizado um guião e dados biográficos sobre a escritora, podendo o aluno pesquisar mais, tendo de solicitar a validação da pesquisa.
O trabalho foi desenvolvido em sala de aula.

Publicam-se três dos produtos finais, podendo o post ser futuramente atualizado, conforme a atividade for sendo concluída por mais alunos. Refira-se que os alunos desenvolvem o trabalho, respeitando o seu próprio ritmo. Todo o trabalho é supervisionado e coordenado pela professora. 

ENTREVISTA 1
A escritora Alice Vieira foi convidada para ir a biblioteca da escola Dr. João das Regras falar um pouco sobre o seu livro Rosa, minha irmã Rosa e, por isso, fomos falar com ela.
Pergunta:
Como foi receber o prémio de literatura infantil, ano internacional da criança com o livro Rosa, minha irmã Rosa?
Resposta:
Foi muito bom não estava nada a espera fiquei muito feliz ao saber que tinha ganhado o prémio de literatura infantil.
Pergunta:
Alice sempre disse que nunca na vida queria ser escritora mas sim jornalista. Porque é que não seguiu  só jornalismo?
Resposta:
Eu sempre fiz trabalhos de jornalismo mas à medida que ia escrevendo pensei em publicar alguns livros e vi que até como escritora tinha muito para dar e então segui um pouco dos dois.
Pergunta:
Como foi o teatro na sua vida?
Resposta:
Eu sempre adorei teatro ia sempre com os meus tios ao teatro D. Maria II como também a revista do Parque Mayer. O teatro entrou muito cedo na minha vida eu conhecia aquela gente toda, ia ao bastidores todos falavam comigo.
Pergunta:
Onde gosta mais de trabalhar?
Resposta:
Onde eu gosto mais de trabalhar é na Ericeira. Adoro pegar no meu computador e ir para a Ericeira trabalhar.
Pergunta:
O que quer continuar a no futuro?
Resposta:
No tempo que me resta aquilo que queria realmente era continuar em jornais. E também continuar a escrever mas não sei ainda o que.

O livro de Alice Vieira "Rosa, minha irmã Rosa", ganhou o Prémio de leitura infantil no ano internacional da criança em 1979.
Alice vieira sempre quis ser jornalista mas foi descobrindo a sua vontade de escrever e publicar livros e hoje em dia e considerada uma das mais importantes escritoras portuguesas de literatura infanto -juvenil.
O teatro foi uma das coisas mais importantes na vida da escritora. 
Leonor B.

ENTREVISTA 2

Alice Vieira foi convidada a vir à biblioteca da escola E.B 2,3 Dr.João das Regras para falar aos alunos sobre os seus livros com objetivo de falar sofre um livro em especial : Rosa, minha irmã Rosa
Como muitos alunos têm irmãos e para também perceberem o porquê de Alice Vieira ter escrito este livro. Fomos falar com ela.
Pergunta: Porque é que decidiu escrever este livro?
Resposta: Porque era um tema de que eu gostava de falar , neste caso escrever. Eu nunca quis ser escritora, eu adorava escrever e aprendi a ler sozinha, mas o meu sonho era ser jornalista.  
Pergunta: Porque decidiu ser escritora e não atriz?
Resposta: Porque apesar do teatro entrar na minha vida muito cedo, e ir muitas vezes com os meus tios... as minhas tias nem tanto...Ler e escrever era a minha vida.
Pergunta: Por onde começou?
Resposta: Comecei desde cedo a trabalhar no jornalismo, tendo trabalhado em alguns jornais como: " Diário de Lisboa ", e também com o meu marido no " Diário Popular " e " Diário de Notícias " e também em revistas como " Ativa " e o " Jornal de notícias ". Tudo isto me ajudou a praticar a escrita.
Pergunta: E como foi ganhar o prémio Hans Christian Anderson?
Resposta: Foi incrível, trata-se do mais importante prémio internacional no campo da literatura para crianças e jovens.
Pergunta: E o que pensa fazer no futuro?
Resposta: No tempo que me resta, aquilo que realmente queria fazer era continuar em jornais ou até escrever livros de poesia. Vou pegar no meu computador e ir para a Ericeira trabalhar.
Com isto percebemos que de novos a mais velhos a leitura e a escrita vão estar sempre presentes.
Alice Vieira é prova viva de que por mais de uma vida de trabalho e de prémios que podemos receber, tivemos de aprender primeiro e praticar a vida toda. E que por mais velhos e cansados que estivermos, devemos fazer o que nos faz feliz, e Alice Vieira prova-nos isso mesmo nesta entrevista.
Carolina M.

ENTREVISTA 3

  A escritora Alice Vieira foi convidada para ir a escola EB 2,3 Dr. João das Regras para falar do seu livro Rosa, Minha Irmã Rosa, que foi o primeiro livro publicado pela autora, tendo esse livro recebido o prémio de Literatura do Ano internacional da Criança. Alice Vieira foi convidada para vir à nossa biblioteca escolar, pois os alunos gostavam imenso dos seus textos porque os achavam inspiradores e muito expressivos, por isso fomos falar com ela.
   PerguntaComo foi receber os prémios que recebeu?
   Resposta: Fiquei muito surpreendida, não estava a estava à espera, sendo que até o primeiro livro que publiquei foi premiado mas foi uma alegria e uma emoção enorme.
   Pergunta: Como é sentir que as pessoas gostam de ler os seus livros?
   Resposta: É uma alegria enorme, uma sensação de preenchimento. Nós escrevemos livros para contar a nossa história ao mundo, nós escrevemos porque precisamos de nos libertar e a escrita é a melhor maneira para isso.
   Pergunta: Já sabemos que sempre foi muito apegada ao teatro gostava de representar um dia?
   Resposta: Adorava porque sempre fui ao teatro com os meus tios e tenho vários amigos nesse ramo. Adorava representar, acho ótimo entrarmos na pele de outras pessoas e termos oportunidade de sentir o que elas sentem.
   Pergunta: Como é sentir que as pessoas estão a ler cada vez menos?
   Resposta: Ainda bem que fez essa pergunta porque as pessoas estão a ler cada vez menos e qualquer dia com muita pena minha vai deixar de haver livros, por isso, devemos sensibilizar as pessoas a lerem cada vez menos porque também as ajuda a desenvolverem-se e a desenvolverem a fala, entre outras coisas.
   Pergunta: Como é que a sua família reagiu ao facto de se tornar escritora?
   Resposta: Muito bem, na verdade muito melhor do que estava à espera, encorajaram-me imenso e apoiaram-me sempre para que eu não desistisse.
    No final da entrevista Alice Vieira fez uma sessão de autógrafos do seu livro Rosa, Minha Irmã Rosa. A entrevista correu muito bem e a autora mostrou-se sempre disponível e bem disposta para responder a tudo. Percebemos também que a a escritora não tem qualquer problema em falar do seu passado.
Daniela F.

Dia do livro || 2025


UAb - Portugal