Mitos inventados

Na 5ª oficina de escrita, nas turmas A e B do oitavo ano, fez-se a seguinte proposta a partir do estudo dos textos da literatura oral:

Criar um texto, à semelhança do que acontecia nos mitos, em que procure explicar a origem de um animal, planta ou fenómeno (Manual, Diálogos/8ºAno, Porto Editora, pág. 63).

Publicamos, de seguida, alguns desses textos elaborados na aula. 


Há muito, muito tempo atrás, haviam duas aldeias no meio de uma floresta. Uma era a aldeia verde que só comia vegetais, e outra era a aldeia vermelha que só comia carne.
Estas aldeias eram rivais! Havia muitos conflitos entra elas... Um dos motivos era porque sempre que a aldeia vermelha ia caçar, faziam grandes jantares e o cheiro da carne assada na fogueira vinha até à aldeia verde, o que era uma coisa que os habitantes verdes odiavam!
Mas havia uma exceção, um dos habitantes mais velho da cidade verde não gostava nada que existissem estas guerras. Este senhor chamava-se Alfredo e era uma espécie de feiticeiro que fazia poções para o bem.
Um dia, questionou-se:
 - Será que posso fazer alguma coisa para parar este ódio entre as aldeias?
Pôs-se a pensar e teve uma ideia: - Vou tentar inventar uma poção que crie um animal que tenha alguma característica das duas aldeias.
E assim foi. Foi misturando poções até conseguir o que queria, e chamou-lhe sapo.
O sapo era verde (uma característica da aldeia verde) e comia carne (insetos, característica da aldeia vermelha).
Então, Alfredo reuniu as duas aldeias e mostrou a sua criação.  Todos  ficaram impressionados e, a partir daí, acabaram-se as guerras e o sapo ficou um animal de estimação perfeito.
Joana Pimenta (8A)

Há muito, muito tempo, todos os cavalos eram pretos, sendo impossível distingui-los. Às vezes, as pessoas levavam os cavalos de outras pessoas sem saberem, trocavam cavalo por égua e vice-versa.
Um dia, um rapaz tinha ido passear a sua égua artista, eles foram pelos campos e montanhas. Depois, quando já tinha preso a égua perto de um cavalo, quando o rapaz voltou, só lá estava o cavalo e ele percebeu que não era a sua égua, por isso, pegou no cavalo e foi com ele por todo o lado assobiando, sabendo que só a sua égua responderia ao assobio.
 -Onde estás? Disse baixinho o rapaz.
Quando estava prestes a desistir, assobiou uma última vez com alma e coração, e, ouvindo uma égua em direção a ele, percebeu logo que era a artista, e, quando eles se abraçaram, os deuses, ao verem aquele acontecimento, puseram todos os cavalos de cores diferentes como: Preto para branco; Preto para castanho; E mistura de cores.
E é por isto que os cavalos não são todos da mesma cor.
Rodrigo Gomes (8A)

A Chuva
Há muito tempo atrás, a terra era seca, não chovia e apenas o mar existia. A Chuva veio graças a uma bela rapariga que, em Veneza, vivia secretamente apaixonada por um rapaz.
Ela passava horas a olhar para ele, enquanto trabalhava na pequena loja de seu pai. O rapaz era alto forte e viril. Ela era frágil, humilde e apaixonada.
Ele pouca atenção lhe dava. Certo dia, ela decidiu dizer-lhe aquilo que sentia. A reação dele não foi a melhor... Ela, triste com o que tinha acontecido, correu para sua casa. Ele foi atrás dela. Quando ela chegou a casa, começou a chorar. Ele tentou abrir a porta, mas a mãe dela expulsou-o de lá. Enquanto ela chorava, ele sentia-se culpado por aquilo. Ela chorava sem parar…
Os dias passaram e ela não saía do seu quarto. Certo dia, ela decidiu sair de casa à noite. No centro da cidade, ela montou uma forca para se suicidar. No dia seguinte, ele foi no centro e viu-a  enforcada. Desesperado, abraçou-a e começou a chorar. Sentia-se culpado. Quando, de repente, uma lágrima caiu  do olho dela e caiu no chão. O céu ficou escuro e água caía, ela continuava a chorar e a chuva não parava. A cidade tinha ficado inundada e ela ainda chorava.

Daniel Mouta (8B)


Inverno, Verão e Outono eram três irmãos que gostavam de brincar com a sua prima Vera. Iam todos os fins de semana ter com ela e ficavam a brincar até ser hora de jantar; depois iam para casa.
Só que as crianças também crescem e os anos foram-se passando, mas continuaram a encontrar-se aos fins de semana, mas agora era para estudar; eram nobres.
A aldeia em que eles viviam era pacata, mas, um dia, foi assaltada por piratas e os três irmãos e a sua prima iam a passar pelo porto. Os piratas viram Vera, uma rapariga linda de morrer e o capitão decidiu levar Vera como sua mulher. Os seus primos lutaram com todas as suas forças, mas não valeu de nada. O Verão que era mais chegado a Vera gritou: «Não, vou matar-vos a todos seus piratas!».
O Verão ficou muito deprimido; já não comia e a pouco e pouco ficou doente e três meses depois acabou por morrer. Outono e Inverno continuavam a sua vida.
A aldeia onde viviam forra cercada e os soldados que a cercaram traziam com eles a peste negra. A pouco e pouco os soldados iam morrendo e foram-se embora, mas Outono também apanhara peste negra e curiosamente morrera três meses depois de verão.
O Inverno ficara a morrer de desgosto por dentro. Ia vivendo mal, mas ia vivendo. Gostava de viajar e um dia decidiu fazer uma viagem ao Pólo Norte só que o Inverno não sabia que no Pólo Norte era muito frio e então acabou por morrer de hipotermia, também três meses depois do seu irmão.

 É por este motivo que temos as 4 estações do ano.

Luís Silva (8B)

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