sábado, 19 de março de 2011

Dar continuidade ao texto...

«Lá fora, a noite estava semeada de milhões de estrelas, planetas, cometas, asteróides nos seus voos loucos, constelações de todos os tamanhos e das mais diferentes formas. Olhou por cima do ombro direito, pela vigia lateral, procurando absurdamente uma luz branca que julgava ter visto algures, mas não se lembrava quando, nem sequer era capaz de dizer se a tinha visto, de facto, ou se apenas a tinha imaginado em sonhos. E mais uma vez, repetiu baixinho e para si própria a pergunta que tantas vezes fazia, quando estava assim sentada à noite na nave, e via o Universo inteiro à sua volta: “Haverá alguém por aí à escuta? Alguém que nos veja e que nos guie?”»
Miguel Sousa Tavares, O Planeta Branco



No entanto, de uma coisa tinha a certeza; sabia que não estava completamente sozinha, sabia decerto que mais alguém lá estava!Não se quis precipitar ao ponto de não ver ninguém e de se desiludir consigo mesmo. Talvez tenha medo de um mundo parelelo ao nosso,talvez...não queira enfrentar aquilo que lhe passa pela cabeça, ou será apenas fruto da sua imaginação Hipoteticamente, não poderia. Todavia, sendo ela uma pessoa muito prespicaz mas ao mesmo tempo insegura, questionava-se muito acerca do que a rodeava e queria saber o porquê de tudo ser como é. Contudo, numa noite em que estrelas cintilavam mais que outras, em que cometas se espalhavam pelo ar asfixiado pela falta de gravidade, ela terá sido surpreendida por um jovem turista vindo de um planeta dista. Um jovem bem parecido, alto, com uma tremenda inteligência e capacidade de fala, tipo dicionário ambulante. Dados estes pormenores, surgiu uma conversa sem fim, com muitas perguntas e muito poucas respostas, claro. E, entretanto, ela avistou uma coisa, a tal luz branca de que procurara tanto para achar neste gigante palheiro, coberto de estrelas e dos mais impressionantes fenómenos do nosso universo. O turista disse: O planeta Branco é um paradoxo da verdade, tanto é real como surreal, só existe se nele acreditarmos.
Josias Duarte, 9ºB

Fico ali por algum tempo a pensar, quando de repente oiço um barulho fora do normal, melhor dizendo, oiço algo a bater na minha nave, e murmuro com algum medo:
- O que será ? - murmuro - Quem é ?...
Fui de vagar, espreitar pela janela da minha nave, estava um ser estranho lá fora, que eu nunca tinha visto, mas que me pareceu simpático, alegre e divertido. Era verde, com um olho, e três patas.
Pensei que não seria nada de mais se fosses abrir a porta, e lá foi eu…
- Olá ! - exclamei eu.
- Olá, tenho reparado que andas por aqui pelo espaço, o que te traz aqui ? - respondeu ele.
- Falas português ? - exclamei eu, espantada - Queres entrar ?  - disse eu, para não responder à perguntar, que me tinha feito anteriormente.
Acenou-me com a cabeça que sim. Deixei-o entrar, e acompanhei-o até á sala, disse para entrar no sofá que ia só buscar uma bebida. Mas a meio do caminho pensei : "Será que ele bebe alguma coisa ?" , mas não me importei com isso e foi buscar algumas bebidas.
Quando cheguei à sala ele estava a ver televisão, ou seja, ele sabia o que era um televisão. Então perguntei-lhe se queria beber algo, eu trazia um sumo, e ele respondeu-me:
 - Sim, pode ser um pouco desse sumo que tens aí na mão !
Por um lado era estranho estar a falar com um estranho verde, mas por outro era algo interessante…
Alexandra Mendes, 9ºC

E nisto, acordou. Os olhos tentaram focar por detrás das pálpebras, mas sentia-os ligeiramente a arder pelo facto de ter chorado. Cheirava-lhe a relva cortada e sentia os braços arrepiados pelo vento. Apoiou-se nos cotovelos, e, apreendendo onde estava, resmungou: “Raios!”. Adormecera outra vez ao relento, por baixo das estrelas, no jardim de casa.
Voltou a deitar o corpo sobre a relva densa, observando mais um dia de verão madrugar. Vasculhou rapidamente por entre as memórias e logo ficou arrependida de o ter feito; descobriu que eram muito mais duras do que aquilo que imaginava. Os olhos arderam-lhe novamente e ela cerrou-os com força para impedir que as lágrimas reinassem como na véspera. Porém, como que com personalidade própria, elas saíram indiferentes e voltaram a inundar rosto, pescoço, cabelos…
Rendida pela força daquelas gotinhas de água, deixou a mente retornar às memórias e respirou lenta e pesadamente. Lembrou-se de cada grito, de cada gesto e de cada palavra dura como se visse tudo em câmara lenta. Aliás, a nitidez com que se lembrava de tudo aterrorizou-a. E assim, uma por uma, as lágrimas continuaram a escorrer.
Depois, passado o que pareciam horas, soltou um último lamento, enxugou os olhos às costas da mão, e levantou-se. Ao mesmo tempo que caminhava para dentro de casa, entoou baixinho algo que lhe parecia estranhamente familiar: “Haverá alguém por aí à escuta? Alguém que nos veja e que nos guie?”.
Ecaterina Ciobanu, 8ºC

Depois de olhar o espaço escuro e brilhante, Seabra voltou para dentro da sua nave. Instalou-se na sua cama, e, como regularmente fazia, começou a escrever no seu diário “décimo dia no planeta desconhecido… Até agora não aconteceu nada. Será que não existe mais nada neste planeta sem ser rochas e areia? Gostaria de fazer alguma descoberta, descobrir algo que nunca foi descoberto! Se continuo sem descobrir nada, em breve terei de partir para a Terra. Pode ser que amanhã aconteça algo de interessante…” após ter acabado de escrever tudo o que queria escrever, deixou-se levar pelo sono.
Com a intenção de descobrir algo novo, Seabra acordou passado umas horas e partiu à descoberta. No início, nada de novo: areia, rochas, areia, rochas, rochas e areia!!
Foi então que Seabra reparou numas pegadas esquisitas marcadas na areia e sempre na mesma direcção. Pensou imediatamente em segui-las, mas por outro lado sentiu uma pontada de medo. “Quem será? Melhor, o que será?” – questionou-se. Mas deixou-se levar pela adrenalina do descobrimento e seguiu as pegadas, até que chegou a um acampamento.. Ao mesmo tempo que levava a mão à boca, soltou um grande suspiro que fez com que todos os extraterrestres olhassem para ela.
Seabra ficou parada, e por segundos pensou em morrer logo. Mas depois um dos extraterrestres veio até ela e convidou-a a sentar-se.
No dia seguinte, Seabra convenceu alguns dos extraterrestres a visitar o planeta Terra e concluiu assim a sua investigação sobre o “Planeta Amarelo”.

Patrícia Cruz, 9º C

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