DiNotícias, 2ª Edição (2014/15)
Na 2ª Edição do DiNotícias, n.º 10 (maio de 2015), foram publicados três trabalhos escritos decorrentes de atividades desenvolvidas nas aulas de português. Faremos ainda a publicação de um quarto texto: texto que fiou em 1.º lugar na Categoria A do Concurso de escrita do Festival "Livros a Oeste".
O primeiro texto foi sugerido nas turmas do sétimo ano e pretendia-se saber o que os alunos entendiam sobre "poesia". Tratava-se, pois, de redigir uma breve nota, observação.
O segundo texto aconteceu numa das muitas propostas de escrita sugeridas num dos testes escritos: texto de opinião/argumentativo sobre dar presentes ou não, tendo a proposta sido feita numa turma do oitavo ano. Na terceira publicação, aparecem várias observações de crítica ao número anterior do jornal, tratando-se, assim, de vários olhares sobre o DiNotícias.
Por fim, publicamos o texto vencedor, na categoria A do Concurso de escrita "Livros a Oeste".
O que é a poesia?
Para mim, um bom poeta é quem tem uma grande imaginação, porque com
isso tudo é possível; basta estar
inspirado e de um sentido saem palavras e logo quatro versos ou mais!
A poesia é a beleza da vida e é também os desabafos das pessoas quando não
conseguem falar de outra forma.
Acerca de dar e receber presentes – Uma
reflexão
Como escolhemos os presentes que damos? O que sentimos quando recebemos
presentes?

Gosto de dar presentes quando já sei o que quero dar, por exemplo, quando
já tenho uma ideia em mente.
Adoro ver as pessoas felizes quando eu dou um presente que elas não
esperavam mas de que gostaram bastante, ou quando dou, de vez em quando,
presentes de surpresa.
Toda a gente gosta de ser surpreendida e eu que o diga, adoro ser surpreendida!!!
Mas também gosto de surpreender, sinto-me feliz com a felicidade das outras
pessoas.
Ter uma má experiência
propriamente não tenho mais tenho sempre aquele receio de que quando vou
oferecer algo a uma pessoas e não sei os gostos dela, penso sempre que ela não
gostou, penso sempre logo em quando eu recebo presentes e não gosto e digo à
pessoa que gostei, só para ela não se sentir mal, penso logo que é isso que me
pode acontecer...
O Jornal escolar para muitos é apenas
papel, mas para outros é uma forma de se comunicar, saber o que acontece no
Agrupamento.
O DiNotícias tem a primeira e última
páginas a cores o que, na minha opinião, dá um ar mais “vivo” ao jornal.
(Daniel Mouta, 8B)
Atualmente, é distribuído aos alunos do
Agrupamento, gratuitamente, um exemplar de cada edição do jornal escolar –
DiNotícias. E isso é muito positivo, já que assim todos ficamos a saber de
todas as atividades que acontecem no Agrupamento inteiro, o que de outra forma
não saberíamos.
(Carolina Vicente, 8B)
Um aspeto que também me aprece útil é o
facto de quase todas as páginas terem publicidade, porque, às vezes,
encontramos “coisas” que procurávamos.
(Rodrigo Gomes, 8A)
Acho que é muito bom, na primeira
página, haver uma amostra do que se pode encontrar nas páginas do jornal.
Outro aspeto positivo é facto de haver
palavras cruzadas. Acho interessante terem-nas incorporado no jornal.
Para mim, a única parte menos positiva é
o tamanho das letras. Considero que sejam pequenas.
No geral, o jornal é muito satisfatório.
Há mais aspetos positivos do que negativos, o que é bom.
Seria importante todos os Agrupamentos
terem um jornal para mostrar todas as atividades que são feitas. Eu, por
exemplo, antes de ler o jornal de mais de metade das atividades que tinham sido
realizadas.
(Joana Pimenta, 8A)
Para mim, o DiNotícias é bastante bom, mas
há aspetos de que gosto menos. Por exemplo, há alguns textos que são escritos
ou pelos alunos ou pelos professores que são demasiado extensos. Acho que ao
ler um texto muito longo, num jornal, se perde um pouco do interesse. Não digo
que devam ser curtos, mas sugiro que sejam menos extensos.
(…)
Gosto bastante do facto da capa ser a
cores e o interior ser a preto e branco, porque a primeira página é o mais
importante e nela destacam-se os acontecimentos mais importantes.
(Jessica Oliveira, 8A)
Com a leitura do DiNotícias
paercebemo-nos de imensas atividades que foram realizadas e que não nos
tínhamos apercebido.
(…)
Podemos também participar na construção
do jornal, por exemplo, escrevendo artigos. Sim, porque o jornal é feito por
alunos e por professores o que é algo de bom os alunos poderem também
participar.
(Maria Lopes, 8A)
Na minha maneira de ver, o facto do
jornal ter um tamanho relativamente grande, é algo positivo, pois chama mais a
atenção e torna-se mais engraçado de ler.
(Mafalda Abreu, 8A)
A princesa do futuro
Era uma vez uma princesa que
vivia numa torre, que era tão alta que chegava às nuvens, estava a passear pelo
seu jardim, a colher flores. A princesa tinha cabelos castanhos encaracolados,
vestia um vestido azul comprido até aos pés com uma fita de seda branca à volta
da sua barriga.
Esta princesa chamava-se Jacinta
e não era como uma qualquer princesa. Além de bonita, era teimosa e rebelde.
Sonhava todos os dias com o futuro, pois queria mudar o mundo. De dia, ia para
o jardim apanhar flores, rebolava na relva e olhava para as nuvens; de noite,
olhava para as estrelas e contava-as uma a uma. E era feliz assim.
A Jacinta dava-se muito mal com a
sua irmã, porque esta era muito controladora e, por isso, estava sempre a
discutir.
Num belo dia, a princesa decidiu
sair do seu jardim para ir ver como eram as aldeias do seu reino, uma vez que
nunca tinha saído do seu palácio e isso acontecia, porque a sua irmã estava
sempre a controlá-la para que ela não saísse.
Mas naquele dia conseguiu fugir à
vigilância da sua irmã e logo que saiu dos portões deparou-se com uma máquina
gigante. Ficou curiosa e apressou o passo para descobrir o que era aquilo ali
no meio do caminho.
Trata-se de uma máquina grande e
cheia de botões. Uns azuis, outros amarelos e houve um que lhe chamou
particularmente a atenção: era um botão grande, maior que os outros, e
vermelho. Quase sem pensar a Jacinta levantou o braço e carregou no botão
grande e vermelho. Logo de seguida apareceu uma luz branca e intensa. A
princesa ficou assustada mas isso não lhe “matou” a curiosidade, já que tornou
a levantar a mão para, desta vez, tocar na luz branca e intensa. Deixou de ver
a sua mão. Experimentou pôr a perna também na luz e aconteceu o mesmo. Sentia
essas partes do corpo, mas não as conseguia ver. Então, encheu-se de coragem e
soltou toda para dentro da luz.
Desmaiou.
Passado, não se sabe quanto
tempo, a princesa Jacinta acordou deitada num chão de cimento e perguntou:
- Onde estou?
- Estás em Maralo – respondeu-lhe
uma rapariga de olhos verdes e com roupa do futuro que estava de pé a olhar
para ela. Os cabelos eram loiros, e calçava umas botas compridas até aos
joelhos e por cima trazia um vestido preto. A Jacinta que não conhecia aquele
local nem tão pouco percebeu que roupa aquela rapariga trazia, e, por isso,
perguntou:
- Mas onde é esse local? E porque
estás vestida dessa forma?
- Isto é o futuro. Estamos no ano
de 2015 e eu estou vestida assim porque é o que está em moda.
Jacinta levantou-se e começou a
olhar à volta. Aquele mundo era cinzento. Não havia campos de relva, pois
estavam todos ocupados com edifícios e pontes. Para onde quer que olhasse, só
via o seu reflexo porque as paredes dos prédios eram autênticos espelhos
envidraçados. Não havia carroças, nem carros, nem vestidos compridos…Estava
tudo tão diferente.
Então, de repente, a rapariga dos
olhos verdes e roupa do futuro disse:
- Chamo-me Carlota. E tu?
- Jacinta . - respondeu a
princesa. E logo a seguir a Carlota fez a pergunta que a Jacinta não estava
mesmo nada à espera.
- Jacinta, diz-me, como é que eu
volto para casa? A Jacinta pensava que a menina dos olhos verdes morava naquela
terra, por isso, ficou muito admirada com aquela pergunta. E respondeu fazendo
outra pergunta:
- Então, tu não moras aqui?
- Não, só me lembro de uma luz
brilhante. E estou a ficar assustada porque ainda há cinco minutos, esses
edifícios altos e carroças modernas não existiam.
A Carlota pressentia que algo
estava mal com a Jacinta. Parecia que nunca tinha visto nada. Por seu lado a
Jacinta parecia uma alucinada. Olhava para tudo como se estivesse só a fazer
descobertas muito importantes.
A certa altura do seu percurso,
ambas caminhavam lado a lado, a Carlota deu um berro. Acabara de ver o arco
gigante. Logo a seguir, procurando na máquina, encontrou o botão vermelho.
Depois explicou à Carlota que tinha sido por causa daquela máquina e
principalmente por causa daquele botão que tinha ido parar àquele sítio. A
Carlota garantiu que nunca tinha visto nada como aquilo. Mas mesmo assim,
resolveu começar a pesquisar sobre o que seria aquela coisa monstruosa.
Analisou ao pormenor todos os
botões. E a certa altura encontrou um autocolante que
dizia: Não tocar, equipamento altamente perigoso.
A Carlota pensou, pensou e pensou
até que chegou uma ideia à cabeça.
Aquela máquina era parecidíssima
com uma cujos planos ele tinha ajudado a fazer. Por isso, podia dizer sem medo
de dizer que aquela máquina era uma máquina do tempo. E a Jacinta, meio
confusa, perguntou:
- O quê? Uma máquina do tempo?!
- Uma máquina do tempo é uma
máquina através da qual podes recuar ou avançar no tempo. E eu sei isso porque
só me lembro de ver desenhos animados ou de ler nos livros. Porém nunca tinha
visto uma ao vivo. A nossa tecnologia é avançada, mas não tanto, para construir
uma máquina destas. No teu caso deves ter avançado no tempo e isso quer dizer
que és daqueles tempos dos reis e rainhas, certo?
- Sim, - respondeu a princesa
Jacinta cada vez mais confusa. – Mas agora não existem reis?! – perguntou
incrédula.
Mas a Carlota não lhe respondeu.
Naquele momento estava mais preocupada em conseguir enviar, de novo, a princesa
Jacinta para casa. Por isso, resolveu tentar arranjar a máquina. Com algum
tempo e muita paciência lá conseguiu descobrir o problema que demorou cerca de
dois dias a resolver.´
A Jacinta ficou sem saber a razão pela qual tinha ido
parar àquele local tão estranho cheio de pessoas aparentemente normais, mas
muito diferentes.
Vanessa Ramos (8B)
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